quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

FELIZ ANO NOVO!!

Ando numa de bonecada japonesa

Desejo a todos um óptimo ano! Que as passas se portem bem e realizem os desejos conforme descem em direcção ao estômago. Sejam felizes, tenham esperança e tudo correrá pelo melhor.


... a passagem de ano será lá para os lados de Munique.
Desta vez sem o mais-que-tudo, apenas com os colegas e a vontade de regressar o mais depressa possível.
Nunca fui grande fã da passagem de ano. Talvez porque nunca tive ninguém ao meu lado para festejar ou talvez porque sempre me fez lembrar do alguém que não estava ao meu lado e me fizera perder mais um ano da minha vida.
Este ano vou continuar uma não fã da festa, mas apenas porque estou a trabalhar e longe daqueles que gosto. Vou estar lá, no hotel, com uma taça de champagne na mão, com um meio sorriso, a lembrar a noite do ano passado. Eu, sentada no sofá da casa dos meus tios, com os Gato Fedorento na televisão, a trocar mensagens com "ele". Foi a melhor de sempre, o início de um ano novo e o início de tudo.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

FELIZ NATAL!!




Christmas away

Pela primeira vez, em 28 anos de vida, vou passar o Natal longe de casa. É assim, quem me manda meter nas viagens porque é giro e dá para conhecer novos mundos, novas culturas? Vou hoje para Milão, que é uma cidade da moda, e só volto no dia 26. Levo comigo o meu mais-que-tudo, por isso não é tudo mau. Vai ser o nosso primeiro Natal juntos e nestes dias temos andado bastante entusiasmados com a época. Conseguimos não guardar as prendas até ao último dia e as surpresas já foram todas reveladas. Ou quase todas...

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

It just is.

Fui a Londres e reencontrei uma velha amiga dos tempos do colégio. Já não nos víamos há mais de um ano e tínhamos muita conversa para pôr em dia. O trabalho novo dela, o meu trabalho novo. O namorado novo dela, o meu namorado novo... E sabendo eu da sua vida passada e ela da minha, foi tão bom saber-nos bem e felizes. Finalmente com o barco em bom porto. Quando relembrávamos as desventuras do passado e as comparávamos com o presente, foi como se disséssemos em uníssono "tu sabes quando é a sério". Quando encontramos aquela pessoa que nos completa, que parecia estar à nossa espera, que também já teve a sua dose de amores e desamores, sabemos. Encaixa tudo na perfeição. Não há cá jogos de sedução, ou telefonemas não atentendidos para ver quem liga primeiro. Há apenas o desejo de passar todo o tempo possível ao seu lado, e como ela disse, ninguém tem de fingir ser quem não é para se ajustar ao outro.
Se no passado andei enganada, e acreditava que, no fundo no fundo, podia ser que certos paspalhos pudessem gostar de mim, hoje sei que não era nada assim. Não vale a pena enganarmo-nos a nós próprias. Quando é a sério, sabemos. É assim. E começamos a viver nas nuvens para nunca mais descer.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Adivinhem quem me tem aparecido em sonhos nos últimos tempos? Várias vezes, posso dizer. Não, não é o Gary Barlow. Não é o mais-que-tudo, nem nenhum dos tonis do passado. É um peso na consciência, um remorso que não ficou esquecido e que me atormenta nos meus sonhos, que deviam ser descansados e bonitinhos. Lá está, cá se fazem, cá se pagam. Com quem é que ando a sonhar? Com ela, com a namorada daquele com quem andei uma vida inteira a fazer-me de cega e a fingir que não existia outra pessoa na sua vida. Existia, e, agora que ando feliz e contente com o meu mais-que-tudo, imagino o que seria se ele me aprontasse uma parecida. Não ia gostar, ah pois claro que não ia. Penso que nem ia tolerar, que ia fugir dali para fora sem sequer discutir. Mas ela aguentou ao lado dele anos de traição, e ainda estão juntos. Se alguma vez soube de mim ou de outras, não faço ideia. Sempre achei que sim e na minha burrice, parvoíce e idiotíce, fazia daquilo a nossa luta pessoal, o vamos lá ver quem fica com ele. Como me magoava que ele tivesse outra pessoa não me passava pela cabeça que ela também pudesse sair ferida desta história toda. E agora é um tormento sempre que a encontro na rua, fico nervosa, como se lhe devesse dinheiro e não tivesse como pagar. Sonho com esses encontros, com o não saber se devo dizer alguma coisa ou se nem tenho o direito de lhe falar. Talvez um dia aconteça estarmos juntas nalgum evento, com os amigos que temos em comum e isso nos obrigue a esquecer o passado. Talvez um dia lhe peça desculpa, ou talvez não para não a lembrar de momentos infelizes das nossas vidas. O que queria mesmo, neste momento, era paz de espírito, mas talvez ainda não a mereça .

Sonhos

A Segredo Cor-de-Rosa desafiou-me para o seguinte.

-Escrever uma lista com 8 coisas que sonho fazer;
-Convidar 8 parceiros(as) de blogs amigos para responder;
-Comentar no blog de quem nos convidou;
-Comentar no blog dos nossos(as) convidados(as), para que saibam da “convocatória”;
-Mencionar as regras.

Vou cumprir a maior parte das regras, deixo de lado a parte da convocatória. Fica em aberto para quem quiser.

Agora vamos lá ver se consigo encontrar 8 sonhos bonitos para revelar ao mundo.

O primeiro é óbvio, principalmente nesta altura tão bonita da minha vida (ler com uma lágrima no canto do olho): casar e ter filhos. Olha, afinal são dois em um. O ter filhos não implica o casar, mas gostava de ter a festinha e o vestido à princesa. Acho que o meu pai também ia gostar de ver as coisas feitas como-deve-ser.
O terceiro, e por ordem aleatória, sonho poder entrar em qualquer loja e comprar o que quiser sem olhar para a etiqueta e ver o preço.
Quarto, viajar. Viajar por esse mundo fora, praias, montanhas, frio ou calor. Sem pressas, sem o acordar cedo para ir ver museus, simplesmente estar lá e aproveitar a vida do destino.
Quinto, ir a mais um concerto dos Take That. É estúpido, mas quero voltar a repetir a experiência nem que para isso tenha de levar os filhos a tira-colo.
Sexto, gostava de escrever alguma coisa publicável, embora pense que a minha escrita tem vindo a piorar e a vontade de escrever a rarear.
Sétimo, sétimo, sétimo... adorava assistir às gravações de um episódio da Anatomia de Grey. Este é o sonho menos fazível. Quer dizer, talvez este e o das lojas. Mas tenho esperança!
Finalmente o oitavo. Sonho poder ajudar todos aqueles que me são queridos, da forma que for, para que sejam felizes. Que saibam que podem contar comigo, até para carregar móveis!

Procriação

E onde é que me dá mais vontade de ter filhos? Onde é que fico enternecida com eles e quero ter um só para mim? Num parque infantil? Não. Quando pego num bebé de alguma amiga? Não. Quando vou a uma loja de roupa de bebé? Nem mesmo isso. O lugar onde o meu instinto maternal despertou e o alarme de querer ter filhos tocou foi, nem nada mais nem nada menos do que, na urgência do hospital. Foi por ouvi-los chorar por estarem doentinhos, apagadinhos encostados às mães, ou mesmo a correrem pela sala de espera fora a chorar e gritar pelo pai com as forças que lhe restam. Coitadinhos, são tão pequeninos e indefesos que quero um para mim para tomar conta e dar mimos.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Dizem que é amor quando se levanta às 6 da manhã para me ir buscar ao aeroporto. Talvez, mas essa é uma coisa prática. Qualquer um o faria, se estivesse interessado em algo mais do que "na minha alma". O seu amor, sinto-o quando a meio da noite põe a mão na minha testa para ver se tenho febre porque me ouve tossir e fungar e pensa que estou a ficar pior. "Amanhã não sais de casa." Sinto-o quando rimos juntos com as nossas parvoíces, que são muitas, ou simplesmente quando nos calamos e ficamos a olhar um para o outro sem dizer nada. Sim, também me faz tofina com pão com manteiga e leva à cama sempre que durmo na casa dele, mas prefiro o momento em que me tira o cabelo da cara e põe atrás da orelha, ou quando me põe o creme nas pernas porque está com pressa para sair de casa e eu ainda nem me vesti. Adoro quando fala da casa dele como a nossa casa e me mostra as coisas que comprou na Area para que ficasse mais bonita. E quando vamos no carro? Assuntos para falar? Nomes para os nossos filhos. Daniela? Margarida? Estrudes :) Não sei porquê, mas ainda só discutimos nomes de menina. E vê-lo entusiasmado com alguma coisa que lhe comprei quando estava fora? Ou imaginar como fica sempre que recebe um dos postais que lhe envio quando ando pela Europa? Não há melhor. E há dias em que ainda não acredito. Ainda não acredito que possa ter tido tanta sorte.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Cumplicidade

Chegada esta altura do ano, os amigos surgem com as perguntas da praxe. "Onde é que vais passar o Natal? E a passagem de ano?" Ainda não sabe do Natal, se vai estar a trabalhar, se vai com a P para onde ela for ou se fica em casa com a família. Quanto à passagem de ano, não acha grande graça a essa festa (tal como eu). Imagine-se que no ano passado passou a noite toda com o telemóvel na mão a trocar messangens! E eu sei com quem :)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Frankfurt


e não me apetece nada.
Quarto de hotel, cama vazia, televisão com uma língua estranha, e nem quero pensar no frio que deve fazer. Sei que não me devo queixar, mas há dias em que ir para fora custa.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Queria ir para Arraial da Ajuda, para Punta Cana ou Varaderero se fosse preciso. Queria ir para um mini paraíso com ele, fosse onde fosse. Acordar de manhã e comer um daqueles pequenos almoços fartos, com frutas tropicais e todas as porcarias que pudesse encontrar, passar o dia na praia, a rir, a ler livros e ouvir música, a entrar no mar sem sentir um arrepio na espinha mal o meu dedão tocasse na água, a beijar muito e ser muito beijada e quem sabe fazer alguma escapadinha para um sítio remoto onde ninguém estivesse a ver... Queria voltar para o quarto e fazer ronha na cama depois do banho tomado, antes do jantar onde ia beber mais um bocadinho do que o normal para ter que ser carregada para a cama e deixar que abusasse de mim...

Quis o destino, a economia mundial e as compras desenfreadas que andei a fazer nos últimos meses, que não houvesse "tempo" para ir para tão longe. E então? Íamos ficar em casa? Claro que não. Vamos para uma pousada. Vamos para o Gerês!

Fomos, rumo ao frio e às montanhas.


E foi mágico!











sábado, 25 de outubro de 2008

E não é que...

Estou de férias!
Só é pena não poder ir passar uns dias ao sol.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Gostei muito, muito mesmo.

Omitir = Mentir ?


Contei à minha mãe e às minhas amigas, escrevi no blog, mas não lhe contei. Porquê? Não sei bem porquê. Porque achei que não era coisa que lhe interessasse, que se ia aborrecer e ficar calado durante meia hora só porque eu tive a infelicidade de me cruzar com um toni na auto-estrada. Penso que foi essa a razão, não sei se o meu subconsciente tem outra. Não foi por mal, foi burrice, ingenuidade, ou outra coisa qualquer, porque, quando ele me perguntou, andávamos nós pelo Chiado à casal apaixonado e eu comia umas castanhinhas assadas que me sabiam que nem ginjas, se nunca mais tinha falado ou encontrado o fantasma do natal passado, respondi-lhe com a maior naturalidade do mundo “olha, vê lá que o encontrei na auto-estrada”. Ficou aborrecido. “E só mo contas porque te perguntei?” Não, não te quis chatear. Foi mesmo só por isso. Mas segundo ele, o não contar é quase como mentir. Se lhe conto o meu dia todo e omito esta parte específica é por alguma razão. E são nestas coisas sobre as quais se constrói a confiança... He's got a point. Entendo o que diz. Mas não foi por mal, juro que não.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Apaixonei-me por esta música quando deu num episódio da Anatomia de Grey da temporada passada. Anda a tocar por aqui repetidamente. Muito boa.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A1

Ia eu descansadinha pela auto-estrada fora, a pensar na vida, em como o dia estava a ser cinzentão, com toda a chuvada, com os parvecos dos meus colegas de trabalho daquela manhã, e, como se não bastasse, com a notícia da morte de um tio do meu maisquetudo, que o obrigou a ir para o Algarve de repente, sem mim (disse que não valia a pena ir com ele, que fosse para a terrinha descansar). Vinha amuada, com uma lágrima no canto do olho. Queria ter ido com ele e estava a fazer o caminho na direção oposta.
E lá ia eu, a conduzir, quando de repente sinto uma pedra no sapato, que é como quem diz, avistei a minha pedra no sapato num carro à minha frente, e pensei mas como é que raio ainda consegues distinguir o carro dele em plena A1 quando vais a 14okm/h? Não tens mais nada com que ocupar o cérebro sem ser com informação desta que já devia ter sido apagada há meses? É claro que depois, em vez de não querer saber do sucedido, passei uns belos 10 minutos a pensar no será que me viu, será que ainda conhece o meu carro, vai-me telefonar, não vai nada, tá-se a cagar, lembra-se lá que carro é que eu tenho, mas és parva P! não tens que gastar tempo a pensar nele, tens o teu maisquetudo, isto não te interessa nada, olha o telefone está a tocar, e não é que é ele, afinal sempre conhece o meu carro, será normal ficar contente com isso? o ego sofrer um boost pelo simples facto de me ter reconhecido em plena A1? Ao menos isso, quase 10 anos de misérias são quase 10 anos de miséria, que lhe fique alguma coisa na memória. Mal de mim se não ficasse.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Porque vamos sempre onde eu quero. Tenho as vontades todas feitas.
Mesmo que chegue a casa do trabalho e diga que naquela noite vamos onde ele quiser, dá-me a escolher o restaurante. "O que é que te apetece comer?" E eu escolho. Marisco. Começa a pensar onde podemos ir, para, passados 10 minutos, me ouvir mudar de opinião. Quero ir ao indiano. Faz uma cara feia, diz que já estava a pensar no bife e é claro que lhe digo que vamos onde quiser, que não me faz qualquer diferença. Acabamos no indiano. Os planos para depois do jantar, o cinema, ou o copo na Bica, vão todos para as urtigas, porque aqui a menina fica mal disposta com o jantar. Última hipótese, vamos ver televisão, mas nem nisso sou boa. Adormeço passados 3 minutos. "Vá, vamos para a cama." E ainda nem é meia noite. Que rica companhia.

Jantávamos ontem no indiano, quando, de repente, saído do nada, começa a inumerar coisas que quer fazer.
- Quero ir à Islândia.
- Quero comprar um Volvo V50.
- Quero vir morar para Lisboa. Contigo.
:)

sábado, 27 de setembro de 2008

Mal entendido


A nossa primeira crise, digo crise, não discussão, porque não houve gritaria nem troca de insultos. Apenas suspiros resignados, silêncios incómodos, meias palavras e só depois o esclarecimento da conversa mal acabada, comigo a chorar baixinho, enquanto conseguia e o escuro me deixava incógnita, até os soluços se apoderarem de mim e as fungadelas conseguirem ser ouvidas pelos vizinhos do lado. Posso dizer que foi a primeira vez que deixei que me vissem chorar a sério, sem que fossem umas lagrimazinhas a correr pela cara-a-baixo. Isto foi choro com banda sonora, choro a sério com sentimento, lavava a angústia que sentira na hora anterior, o medo que me deixou de olhos abertos sem conseguir dormir até ter aquilo resolvido. Era uma parvoíce, pensava eu, não podia estar a falar a sério, mas então porque é que está deitado a meio metro de mim? Porque é que não fala? Ainda há meia hora estávamos felizes e contentes da vida, como é que isto foi acontecer? O que é que eu disse? Mas será que não percebeu que estava a brincar? E ele, estaria a falar a sério? Não pode. Vá lá, abraça-me. Abraça-me! Um beijinho no ombro, o que quer que seja! E nada. Até que consegui trocar algumas palavras com ele. A muito custo. O diálogo estava todo na minha cabeça, mas não saía. Dessem-me um papel e uma caneta e escreveria tudo o que queria dizer, mas a minha boca estava muda. E depois percebi tudo. E então chorei. Agarrei-me a ele como se me agarrasse à vida e chorei de alívio até ao cansaço extremo. Deixei que me confortasse. Sem dizer nada, no silêncio da noite até adormecer.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Já me esquecia de contar. Fui ver a Colbie ao Coliseu e gostei. Gostei muito. Musiquinha leve, que me acompanhou neste verão.

É HOJE!



É HOJE, É HOJE, É HOJE, É HOJE!!

Estreia da 5a temporada.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Falamos todos os dias. Ele telefona, eu telefono. Muitas vezes sem ter nada para dizer, só para o ouvir, para saber que está lá do outro lado. E quando o telefone toca, espero que seja ele, mesmo que tenhamos falado há dois minutos atrás. Quando recebo uma mensagem, desejo que seja dele, para depois sentir aquela desilusão que faz fazer beicinho, ao perceber que é da vodafone a dizer que já posso consultar a factura do mês passado, ou coisa do género. Odeio!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Dirty Dancing


E, se falássemos em filmes que nunca se esquecem, eu diria sem pensar duas vezes “o Dirty Dancing!”, como se tivesse acabado de acertar na pergunta do jackpot do Quem quer ser milionário.
Lembro-me exactamente do dia em que o vi pela primeira vez, na Lotação Esgotada do Canal 1 numa sexta-feira à noite. No dia seguinte não se falava noutra coisa. Até queria aprender a dançar, coisa para a qual nunca tive grande queda. O Patrick Swayze passou para o topo da minha lista de rapazes giros e a canção Time of my life era a mais ouvida lá em casa. Até ao enjoo.
Não me canso do filme. Tenho a banda sonora, que acabei por comprar, no carro. E volta e meia, por alguma razão transcendental, tenho a mesma conversa com a minha prima Marta. Falo do filme, ela diz que nunca o viu e eu digo “Eu não acredito que nunca viste o Dança Comigo!” Assim, sem tirar nem pôr.
Prima! Ao menos vê estas cenas. Mais tarde ou mais cedo prendo-te ao sofá para o veres por completo.

Time of my Life

Cry To Me

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

... morria feliz.
Era o que me apetecia dizer ontem à noite, antes de adormecer nos braços do mais-que-tudo. Já lá vai mais de meio ano e continuamos felizes e contentes, sem discussões de grande importância, a adormecer agarradinhos, a tentar passar o tempo que temos livre na companhia um do outro, sem prejudicar a família e os amigos com a nossa ausência.
E corre tudo bem. A família anda contente, os amigos parecem bem. O trabalho cansa, mas não dá nenhum problema. E sempre que chego, sei que ele está à minha espera e tenho vontade de correr e de lhe saltar para cima. Pena é a farda e todo o comportamento a ela aderente.
Diria isto ontem, antes de adormecer, não fosse o medo que tenho da tragédia, do mal que espreita à porta. Estou feliz sim, mas não quero males por estas bandas. Quero aproveitar o momento enquanto dura, e esperar que dure muito tempo.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008







Quando estou sozinha, birrenta, mimenta.

A Tatauga está em Lisboa, foi adoptada há uns meses. Sempre que o príncipe se levanta de madrugada para ir trabalhar e me deixa a dormir (a dormir, pois, porque 4 da manhã é um pouco cedo demais para me levantar e lhe preparar o pequeno almoço), deixa-a no seu lugar. Não o substitui, mas ajuda e ao menos tenho outra coisa a que me agarrar.

A Moo já é minha companheira há uns anos. Foi confidente em bons e maus momentos. Sofreu nas mãos de um parvalhão que, sempre que entrava no meu quarto, a escondia em cima do guarda-roupa e a chamava vaca idiota. Estúpido! Sofreu, mas continua lá no seu posto de guardiã, à espera que eu lhe diga algo como "Ó Moo, gosto tanto dele... Vá, vamos lá dormir."

No outro dia juntaram-se, tipo concelho médico, e debateram entre as duas a minha insanidade. O momento foi registado para a posterioridade, antes da partida da Tatauga para Lisboa.

Esta mensagem é dedicada à Nani, que se apaixonou pela Tatauga na sua última visita cá a casa.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Não tenho vergonha de o dizer: às vezes dá-me para a pirosice. Ouço um Marco Paulo, uma Wanessa Camargo, e vejo uma novela mexicana. Infelizmente, já lá vai o tempo em que a TVI passava a tarde toda de sábado a transmitir este grande tipo de programas. A minha mãe era grande admiradora, e eu, apesar da dobragem em brasileiro, também ia achando graça. Agora desta telenovela era mesmo fã. Passava no canal 1 depois do almoço e eu não levantava o cu da cadeira enquanto não acabasse. Lembro-me de gravar o genério e decorar a música que cantarolava durante o dia. Queria ser a Cristina, achava graça ao Vitor Manuel. Ficou no meu imaginário, é o meu conto de fadas dos tempos modernos.

segunda-feira, 7 de julho de 2008




Dia de anos com os amigos do coração, com a família presente e uma sangria de morangos de chorar por mais. Muito bom. Muito bom mesmo.

sábado, 5 de julho de 2008

Rumo ao sul



Fugimos nas folgas para o Algarve. Não vou dizer o local exacto porque, ao que parece, é secreto para os seus habitantes, que não o querem ver cheio de turistas e lisboetas de nariz empinado a reclamar por tudo e por nada.
A praia estava quase deserta. O mar parecia vir dos lados das Caraíbas. E não havia bolas de berlim, nem águas fresquinhas, ou criancinhas a berrar por perto. Era eu e ele, e um nudista a uns metros de distância. Não pedia mais nada, ou talvez mais alguns dias para lá ficar, porque dois são muito pouco. Se estou feliz? perguntava-me a minha mãe. Muito.

sexta-feira, 27 de junho de 2008


A razão? Não queria que fosse embora, olhem que coisa. Queria que ficasse com ele, que passasse o dia seguinte inteirinho com ele. E eu ficava, é claro que ficava. O problema é que a única oportunidade que tenho para ir ver a família e os amigos à santa terrinha, que fica a perto de 90km de Lisboa, é nos meus dias de folga. É normal que queira ir, não? É normal que o deixe por dois dias para ir ver a minha mãe, depois de ter estado com ele quase todos os dias da semana, não? Por mim até o trazia atrelado a mim sempre que viesse, mas ele também tem a vida dele e não me parece que queira passar sempre o seu tempo livre com os meus pais por perto. E então no que é que isto deu? Em comentários rancorosos, em beliscões mentais que me magoaram e fizeram chorar. Tudo bem que queira ficar comigo dia e noite, não há coisa que me deixe mais feliz, mas também tem de saber que há outras pessoas na minha vida.
O pior disto tudo é que no finzinho acabo por me sentir culpada, por duvidar de mim mesma, e isso não pode ser.

quinta-feira, 26 de junho de 2008


Conversava o meu mais-que-tudo com a minha colega de casa sobre a costa alentejana. Estávamos a planear uma escapadela para lá e, como ela é daquelas bandas, ele pedia-lhe algumas dicas. Saiu-se com um costumava ir passar férias para tal sítio com a minha ex-namorada porque os pais dela eram de lá. E eu comecei a aquecer por dentro. Aquilo era coisa que eu não queria saber. Não queria, nem quero saber onde andou feliz e contente com a outra-que-não-era-eu. A minha colega de casa ficou intrigada. Ai é daí? Então devo conhecer. Como é que se chama? Onde é que estudou? Tem uma irmã, não tem? Bem me parecia, a irmã dela foi namorada do meu irmão. E eu, ali sentada a ouvi-los falarem da parvaça, a querer mandá-los calar porque não queria saber coisas dela, e muito menos perceber que ele queria que fossemos passar uns dias para as mesmas bandas por onde os dois andaram. Ia tendo um treco.

domingo, 22 de junho de 2008

Deixem-me vos dizer que ouvi o album desta senhora e...
não gostei.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Que é feito?

Está tudo bem no reino da P. Tudo tão bem que o meu subconsciente me começou a pregar partidas. Comecei ora a sonhar com um regressado dos mortos, ora a ter pesadelos com o outro. A razão pela qual sonhava com um era fácil de explicar. Aparece-me à frente pelo menos uma vez por semana, e até fazemos updates da vida um do outro com regularidade. Agora os pesadelos com o outro já me estavam a deixar maluca. É porque não o vês há muito tempo, nem sequer ouves falar dele, disse a mim própria. Deve ser normal quando se deixa de falar com uma pessoa de repente durante meses. E então o que é que eu fiz? Telefonei-lhe. Meio nervosa, com medo que aquilo desse para o torto. Mas até correu bem. A conversa foi a de sempre. E até nem tive de ouvir o tenho muitas saudades tuas do costume. Só que depois veio a mensagem da asneira. Sonhos comigo trá lá lá. Este não muda nunca.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Moleza

Acordei perto das 5 da manhã num hotel do Porto. Fui a Paris e vim, e ainda segui para Lisboa. Cheguei às 14, com um calor de morte, cheia de vontade de ir para a praia, mas sem companhia ou vontade de enfrentar a maralha de gente que se acumula num feriado. Passei no aeroporto para dar um beijinho rápido ao mais-que-tudo. Uma coisa leve, porque a farda não permite grandes demonstrações de afecto, nada de abraços nem beijos demorados, deliciosos, enebriantes. Regresso a casa. Computador, email, blog. Ainda nem almocei. Tenho a sala para limpar e a preguiça no corpo para combater. Vou só ali sentar-me no sofá um bocadinho a ver televisão e logo, logo retomo a vida. Se conseguir levantar o rabo.

terça-feira, 10 de junho de 2008

À família,
Aos amigos,
Aos colegas,
Aos leitores deste blog,
Tenho andado ausente, é verdade. Tenho aparecido pouco e escrito pouco. Esqueço-me das coisas combinadas, das datas importantes. Chego atrasada a tudo o que é sítio. Marco e desmarco jantares, cafés. Perdi a facilidade com que escrevia. Perdi todo o tempo livre que tinha. Não respondo às mensagens no momento, não telefono de volta logo que ligo o telefone. Ando aérea, não sei o que se passa no mundo, não sei o que se passa na tv. Não sei o que se passa ao meu lado. Ando feliz, e penso que isso justifica a minha falta de tudo. Ando feliz, a alimentar-me de felicidade e o resto ficou em segundo plano. Mesmo assim tento dar o meu ar de graça de vez em quando, descer à terra por momentos. Custa, mas vou aparecendo.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Marcas

O rapaz sofre de dermografismo. Já ouviram falar disto? É um distúrbio de pele em que esta incha quando é picada, arranhada ou mesmo só apertada. Acho graça. Acho graça porque volta e meia escrevo o meu nome nas costas dele, como quem marca o caderno na escola para ninguém tirar, e ele fica lá. Em letras grandes e gordas, na pele inchada e vermelha e ele nem sente nada. É meu, está marcado.


Credo, até parece que estou a falar de gado!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Coisas do hi5


Hoje mudei o meu estado do hi5. De solteiro para comprometido. Olhem que bonito! Como isto já anda. Depois aproveitei para cuscar um bocadinho nos amigos dos amigos e fui dar com a malvada ex-namorada do meu mais-que-tudo. E não é que até a achei parecida comigo?! Que caraças! Desta é que eu não estava á espera. Parvalhona! Eu sou mais gira, é claro, diz-me cá o meu ego engrandecido por estes meses de pure bliss, mas aborrece-me saber que há semelhanças, que lhe posso lembrar da outra. Isso é que não!! Eu sou mais eu! Não pode haver comparações.
Para a próxima estou quieta e resisto à curiosidade de querer saber o que não devo.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Viajante no tempo

E já que estamos numa de voltar atrás, e esta? Lembro-me de ficar colada à televisão depois do almoço e ter uma paixoneta pelo Dr. Sam Beckett. Era capaz de a ver de novo.

A vida continua

Volta e meia lembro-me desta série. Não tinham saudades?

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Game over


Acabou-se a história dos jogos por estas bandas. Nem tinha percebido com a naturalidade com que se desenvolveram os acontecimentos dos últimos meses. Saídas + cinema + jantares + beijos e abraços + vício recíproco = relalção mais estável que alguma vez tive. Só no outro dia, à conversa com uma amiga, é que percebi que não tinha tido nada de telefonemas não atendidos, mensagens por responder ou desaparecimentos do mapa por tempo indeterminado sem aviso prévio. Eu, que aprendi tanta coisa ao longo dos anos com as relações malfadadas que tive, como quando atender o telefone ou telefonar, o que se deve ou não ignorar, quando beijar ou bater, e agora nem tive de pôr nada em prática. Não tive de andar atrás nem fugi de ninguém, porque desde o primeiro dia que nos entendemos, que sincronizámos os nossos relógios, que procurámos continuar na vida um do outro. Uma vez por semana, duas vezes por semana, todos os dias da semana e se possível a todas as horas do dia. Assim é que deve ser. Nada daqueles encontros fugidos de 15 em 15 dias, ou brincadeiras idiotas a que achava graça e das quais agora nem quero lembrar. Nem lembro para dizer a verdade. Era a outra P. Não era eu. Agora sou mesmo a lamechas, a foleira, a que pôs os óculos cor-de-rosa da Floribela e vê fadinhas e florzinhas em tudo o que é sítio. A que achava normal que não lhe telefonassem durante dias ou fingissem que não a conheciam na rua desapareceu. Desapareceu e não deixou rancores nem mazelas. Ainda bem.

Língua nova

Aprendi a falar bebé-ês. Eu, P, a bruta, fria e insensível que nem dá beijos à mãe por mais que goste dela. Sem que dê por ela apanho-me a dizer tatauga, doem-me os pezinhos, fiz um dói-dói, que xaudades tinha, não quelo isso e sei lá que mais pois o meu cérebro apressa-se a apagar estas coisas de tão estranhas que lhe parecem. Saem-me assim, sem dar por ela, com naturalidade. E se quiser dizer a mesma coisa em linguagem adulta parece fingido, pensado, não soa bem.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Rasto


Eu sei que esta conversa já deve enjoar, mas para mim isto são só coisas novas que me deixam as pernas feitas gelatina (que até tremem com a celulite e os 3 quilos que tenho a mais graças à vida de restaurante que tenho levado) e sorrisos idiotas que me fazem parecer uma tontinha que não sabe em que planeta vive. A melosice do momento é a mesa-de-cabeceira. A do quarto dele. Primeiro apareceu lá uma fotografia minha, ali perdida no meio de chaves, cartões da empresa e do despertador. Depois juntou-se-lhe o postal que lhe enviei quando fez anos, numa tentativa vã de o compensar pela minha ausência. Está lá, com envelope e tudo. Hoje, quando calçava as meias, descobri mais uma pista, uma das conchas que apanhámos na Ilha de Tavira. Roubou uma do conjunto que eu trouxe para casa. E AINDA, se abrir a gaveta descubro dois chocolates para me saciar as vontades de meia-noite. Que maravilha!

domingo, 20 de abril de 2008

Já tocou!

Estava eu a ver revistas cor-de-rosa no meu belo quarto de hotel com vista para o aeroporto de Orly, quando reconheço uma música vinda de um canal manhoso da televisão francesa. Qual o meu espanto quando me apanho a cantá-la como se ainda ontem a tivesse ouvido. Isto de séries que se vêem na adolescência é como andar de bicicleta. Nunca se esquecem.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Arrependimento


Ele chateia-se quando me pede alguma coisa e eu não cumpro. Na maior parte das vezes tem razão. Na maior parte das vezes não faço o que me pede porque penso que ainda devo ter algum controlo sobre a minha vida, que não posso respirá-lo e alimentar-me dele. Como no dia em que fez anos e eu não pedi uma troca de escala para poder passar a noite com ele, e fui dormir a Paris, com a infeliz ideia de que assim é que devia ser, que não se pode ter tudo o que se quer, que a noite anterior e a manhã até depois do almoço eram tempo suficiente para celebrarmos o data juntos. Só não me lembrei da agonia que ia sentir quando me vi sozinha num quarto de hotel, a morrer um bocadinho por não estar com ele quando lhe cantassem os parabéns e fizessem um brinde com o vinho que lhe comprei. Morri um bocadinho com remorsos. Como morri ontem quando o deixei em Lisboa, a pedir-me pela vigésima vez que não fosse embora para a terrinha porque o tempo estava muito mau para eu fazer uma hora de viagem. E tu és louca a conduzir, e não vais ter cuidado, e já viste como chove? É melhor ires só amanhã. Não! Vou hoje. Disse que ia hoje e vou hoje! Nem que caia o céu. Por mais que queira ficar tenho de ir. Tem de ser. Fui, e o mundo caiu-me em cima em forma de chuva e quase tive de parar o carro em plena A1 porque não conseguia ver a estrada. A lembrar-me que podia estar aninhada com ele no sofá a beber um copo de vinho e a rir com um episódio do Californication. Burra! Burra! Burra!

sábado, 12 de abril de 2008

Sem reposta


A pergunta do momento é: "Estás apaixonada?" Não sei como responder. Um simples sim não me parece suficiente. Um não também não é a resposta correcta. Posso estar apaixonada, sim. Talvez seja essa a definição para o rol de emoções que têm passado por mim nos últimos dias. Talvez seja por isso que coro quando mo perguntam ou finjo indiferença para não parecer uma tontinha de olhos brilhantes. Chegámos ao momento em que vou guardar o que sinto para mim. São só coisas boas e devem ficar entre os dois. O que eu sei escrever melhor são as chatices.

terça-feira, 8 de abril de 2008


Deixo uma fotografia, habilidosamente tirada pelo homem, no dia em que fomos à Ilha de Tavira. Escusado será dizer que eu estava em terras algarvias graças ao meu trabalho, e que ele, gentilmente, fez uns quantos tantos qilometros para se juntar a mim e andarmos por lá a passear. Pena ser só um dia. Caraças pó trabalho e para o ter de acordar cedo!

quinta-feira, 27 de março de 2008


E lá fui eu. De convite na mão, com o homem e a M, dar asas ao conhecimento musical. Pareceu-me bem. Tanto a Rita Redshoes, como os rapazes suecos. Até deu para bater o pézinho e perceber que estou a ficar velha, quando metade da sala, ou mais, tem 10 anos a menos que eu.

terça-feira, 25 de março de 2008

Ai ai ai...

Que já me estou a chatear!
A miss ex-namorada anda a ver se leva na cara. Assim, mesmo à bruta. É que custa muito metê-lo na cama cedo, para ver se ainda dorme alguma coisa quando tem de se levantar às 4 da manhã para ir trabalhar, e a parva lembra-se de começar a mandar mensagens, umas a seguir às outras. E eu ainda lhe digo para responder às primeiras! Não quero ninguém aborrecido. Mas é ele próprio que se cansa e diz que se continuar a dar-lhe conversa aquilo não vai parar. Ah pois não pára, não! Porque a senhora, quando se vê sem resposta, toca a telefonar. À uma da manhã! Telefona e deixa mensagem no voice mail. E depois telefona outra vez e mais uma mensagem. Até que eu expludo e sugiro "e se desligasses o telefone". Queria problemas? Cá estão os problemas. Onde é que está o orgulho desta mulher? Rastejar atrás de um homem? Nunca na vida. Joga a última cartada, diz ele. Nos últimos dias: mensagens a dizer que o ama, emails a dizer que quer ter filhos dele, e sei lá que mais. Ai que me vou a ela! Ah, pois vou!

segunda-feira, 24 de março de 2008

Assim não

Quem me conhece há anos e sabe desta paixão recém descoberta vai dizendo "que bom", "tu mereces", "já era tempo", "até parece mentira". Parece de tal forma mentira que até eu duvido. Duvido. Não parece real. É bom demais. É certo demais. Tem de haver alguma coisa errada. Faltam os amuos, as discussões mudas. Não que sinta falta dessas coisas, mas pelo menos sabia que tinha os pés assentes na terra, não andava por aí a flutuar em algodão doce. É que com os problemas tinha vontade de sair de casa, ir jantar com as amigas e dizer o quão parvo ele era, ir às compras, ver roupa que eu gosto e não a que ele possa gostar, ouvia música rancorosa e gritava a plenos pulmões no meio do trânsito. Era eu outra vez, não a idiota de sorriso colado à cara, que já nem sabe escrever porque sai sempre a mesma história, que já não tem conversa excepto ele fez isto ou aquilo, que desaparece do mundo para se acasular com ele todo o tempo possível, até ao limite e deixa os amigos de lado, o cinema, as compras, as saídas à noite, os livros, o blog. Fica tudo em segundo plano. E não pode ser. Não pode ser!!

sexta-feira, 14 de março de 2008

Paris é lindo!




Mesmo com chuva, com frio e com obras.

E só vi de passagem!

quarta-feira, 12 de março de 2008

A malta da aviação anda a delirar com a Pam. Ela é que sabe o que é trabalhar na cabine!

sábado, 8 de março de 2008

Responsável

Ser adulto e responsável tem destas coisas:
Há que trabalhar.
Há que acordar cedo e ter de saltar de uma cama quentinha onde estava aconchegada nuns braços jeitosinhos.
Ter de tomar banho e fardar a correr porque me deixei ficar mais uns minutos a ser paparicada com festinhas nas costas (que eu adoro! humm).
Enfrentar o trânsito da hora de ponta porque tinha dormido na casa dele, que fica muito mais longe do aeroporto do que a minha.
Perguntar-lhe mil vezes "achas que vamos conseguir?" porque já me estava a ver chegar atrasada ao meu segundo dia de trabalho. (Chegámos a horas.)
Uma despedida rápida, na tentativa vã de fingir que não vai custar nada ir e estar 3 dias longe.
Segue-se o ter de ir para Madrid com estranhos.
Passear pela cidade com um colega que acabei de conhecer.
Passar por um grupo de jazz que toca na rua a troco de moedas e sair-me um oh, seguido por um silêncio porque afinal ele não esta ali ao meu lado para dizer se são bons ou maus.
Ir a uma loja de sabonetes feitos à mão e querer tê-lo lá porque aquilo é tão original e tão giro, que ele tinha de ver.
Passar por alguém que usa o mesmo perfume e querer segui-lo pela cidade fora com o nariz no ar.
Depois chegar ao hotel estourada. Mandar-lhe uma mensagem a dizer que Madrid não tem graça sem ele e ficar com o coração apertado, quase à beira das lágrimas, quando me responde "A minha cama é que não tem graça sem ti. O meu sofá é grande demais só para mim", etc., etc..
Ser responsável é engolir a vontade de ficar em Lisboa logo no dia seguinte, e seguir para mais uma noite fora. A contar as horas que faltam para chegar.


É oficial. Devo estar apaixonada.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Diálogos

A ex-namorada lembra-se de dar o seu ar de graca.


- Está muito mal. Aquela cabeca nao está nada bem. Ficou sozinha em Madrid desde que acabou com o namorado e nao conhece ninguém.
Sim, sim, coitadinha.
- Nao tive coragem para lhe dizer que estava contigo.
O QUE??
- Sim, sim, fizeste bem. Nao vá ela atirar-se para a linha do comboio.


- A Maria chega no sábado. Vou buscá-la ao comboio e vamos tomar o pequeno almoco.
O QUE??
- Tive de lhe dizer que estava com outra pessoa porque me perguntou se podia dormir comigo.
O QUE??? Isso nao devia estar já esclarecido?


- Vens dormir cá a casa hoje?
- Vou, mas amanha vou de estadia e só chego no sábado. Quem é que me vai buscar ao aeroporto? Nao tens o pequeno almoco?
- Pois...
- Deixa. Vou de taxi para casa.
- É que queria despachar isto, deixar o assunto arrumado com ela.
- Fazes muito bem.


- Afinal no sábado vou estar mais ocupado do que pensava. Vai nascer a minha sobrinha.
- Ah! Entao podes ir buscar-me ao aeroporto!
- Posso. E depois vais comigo ao hospital.
O QUE??? CONHECER A FAMÍLIA?? TODOS DE UMA VEZ?? SOCORRO!!!


Mensagem escrita sem c's com cedilha, nem til, nem acentos circunflexos, porque estou na Alemanha, e os tonis aqui só tem tremas e outras coisas parvas que nao fazem falta nenhuma num teclado.

sábado, 1 de março de 2008

"O que me apetecia mesmo era pegar em ti, meter-te no bolso
e desaparecer durante 1 mês para a costa italiana. Capice?"

Vou voar


Finalmente!! Dois meses depois, dois meses de regresso às aulas, de horário das 9 às 5, de exigências, de raspanetes, de lavagem ao cérebro, dois meses depois, estou finalmente largada. Vou começar de novo, conhecer novas pessoas, novos mundos, novas culturas. Espero que o arranque não seja difícil, que o carro não custe a pegar, e que comece logo a zarpar por essas cabines fora. Viva!!!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Quem diria?

Hoje o meu horóscopo dizia: "Dia favorável em termos de afectividade. Proteja-se e deixe-se proteger. Não se atemorize. Nem sempre é a cabeça que tem de dirigir o barco." Será? Parece ser o que me têm dito. Vou enfiar-me numa cama que não é minha e deixar que me mimem e protejam para confirmar.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A minha mãe

deve pensar: Que rica filha que eu fui arranjar! Ainda não conhece o rapaz há um mês e já dorme na casa dele! Mas onde é que eu errei na educação dela? Não a pus eu num colégio de freiras? E eu até acho que sou moderna, mas assim tanto não.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Fantasma


Não queria voltar a falar nele, não queria dar-lhe qualquer importância, mas a verdade é que nos últimos dias me tem assombrado. Preferia que desaparecesse de vez, que esquecesse que existo. Não ia ficar triste, nem sentir a auto-estima em baixo por ter desistido de mim tão rápido. Ia ficar aliviada, isso é que ia. É que sempre que ele dá o seu ar de graça, com uma mensagem, ou telefonema, é como se passasse uma nuvem negra por mim. Nunca me arrependi de nada do que fiz, nem do que vivi. Foi tudo experiência de vida. No entanto, neste momento, se olhar para os últimos 9 anos da minha vida, não consigo lembrar-me de uma única coisa boa, não consigo dizer que valeu a pena por este ou aquele momento. Só me lembro dos traumas com que fiquei, do quanto alterada ficou a minha visão e opinião sobre relações entre homens e mulheres, do cepticismo que ligo à fidelidade. Não acredito em nada de bom e puro vindo dos homens, a desconfiança anda sempre por aqui. E a culpa é dele. E minha, porque deixei que o fizesse.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Ele é que sabe


Li o livro Killing me softly, de Nicci French, há já uns anos (do qual foi feita uma versão de cinema ranhosa, sem jeitinho nenhum), e hoje veio-me à memória a história de amor doentio dos personagens quando, às 3 da tarde, me apanhei na cama a ouvir música, a conversar, a rir, a sofrer uns amassos, a beijar e a ser beijada, sem ter comido nada, nem almoço, nem pequeno almoço. Nem sequer uma bolachinha! E levantar da cama - só para ir à casa de banho. Não tivesse eu uns compromissos e ficava lá até ao desmaio, até já não ter forças para levantar um dedinho para lhe puxar uns pelinhos da barba pela 3ª vez, para o ouvir resmungar e dizer que aquilo é razão para bater a sério em alguém, a ver se se calava com a história do socialismo e da revolução russa. Vamos levantar? Não, só mais um bocadinho. Chama-me lá mimada e egoísta mais uma vez para me fingir de amuada.
E quando finalmente nos levantámos, quando nos despedimos, pensei que estava doente, que vivia uma história como a do livro, porque por mim, ficava pendurada ao pescoço dele o dia inteiro. Não me lembro de alguma vez o ter pensado em relação a alguém. Se calhar até é normal nestas histórias, mas para mim é novidade. Tal como é novidade ouvi-lo chamar-me amor e deixar, não gritar logo um não me chames isso como sempre fiz, porque toda a vida pensei que se devia ganhar o direito para alguém mo chamar, fosse quem fosse. Coisa nova também é acreditar quando diz que nunca me vai fazer mal, porque sabe o quanto estou danificada e o quanto custa confiar. Sabe que está a apanhar os cacos, vai tendo paciência quando deixo as frases a meio, porque me arrependo do que ia dizer com medo do que possa pensar, e avisa que aquilo tem de acabar um dia, que mais tarde ou mais cedo vou ter de dizer o que penso. Acho que faz bem em ameaçar, em forçar-me a construir opiniões com pés e cabeça, é terapêutico. Melhor do que ir ao psicólogo! Vai custar um bocado, mas lá chegarei.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Onde fomos?


Fez-me um teste na última vez que saímos juntos. E eu quase chumbei. Ooops. Queria que dissesse onde fomos nos nossos primeiros encontros, com detalhes. Agora é que me lixaste! Lembro-me do primeiro, mas os outros foram todos enfiados no mesmo saco ao acaso. Não sei em que dia fizemos o quê. Mas ele lembrava-se se tudo. E saiu-se com um “pensava que as gajas apontavam estas coisas no diário”, quase magoado. Se calhar até apontam. Eu é que não. Não me lembrei, não dei importância. Se calhar devia ter dado... Enfim, para que não me esqueça ficam aqui registados os primeiros 3 dates. Jantar no italiano e Chapitô, depois cinema, “Cassandra's dream” no Monumental e ida ao Royal, depois cinema com a M, “Jogos de Poder”, no El Corte Inglês com ida ao supermercado para comprar Martini e pasta de dentes. Depois disto está meio confuso. "Expiação", indiano, restaurante chinês manhoso, FNAC do Chiado, Enoteca, filme na casa dele, The darjeeling limited, Alecrim às Flores, Mercearia, Japa e não sei que mais. Foi um mês preenchido.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Dói-dói



Estou farta de estar doente. Se não estou constipada, tenho febre e gripe. Passa a febre, vem a otite. Depois da otite, uma aula de piscina mais puxada depois de anos e anos sem mexer um músculo no que se refere a exercício físico, e parece que tenho um pulmão furado. Até dói respirar. Não aguento mais. Vou abaixo. Estou na últimas. A boa disposição que consegui ter até agoa acabou de fugir para terras longínquas. Chegou a rabugice, o desespero, o não quero ver ninguém. Odeio isto. Odeio! Quero a minha saúde de volta!!!

sábado, 9 de fevereiro de 2008


Eu? Aquela que andava pelo supermercado do El Corte Inglês, de mão dada a um rapaz que carregava o cesto e procurava os ingredientes para o jantar daquela noite? Eu? Aquela que, quando paravam junto à prateleira dos vinagres, encostava a cabeça no ombro dele e esperava que dissesse que já faltava pouco para irmos para casa? Eu, essa? A que mal chegou a casa se foi enfiar na cama porque já não se aguentava nas pernas de tão doente e o deixou andar por lá a cozinhar e a tomar conta dela a noite toda, sem medo que a visse naquele estado deplorável, febril, despenteada, olheirenta, entupida, a tossir as tripas para fora de 5 em 5 minutos, com sangue a escorrer pelo nariz, a quase vomitar o jantar que ele fez, a tocar trombone cada vez que se assoava ou tentava respirar pelo nariz? Essa não sou eu, não. É a outra. A que aparece de vez em quando e até acha que aquilo está muito bem e muito certo, como deve ser. É isto que merece. É a doente, que não podia estar sem atenção durante mais de cinco minutos. É a que gosta de o ter por perto porque até dá jeito, porque ele até faz o que ela pede, porque até a faz rir e lhe faz festinhas no cabelo até adormecer. É a que lhe pede para faltar ao trabalho na hora em que tem de se levantar para ir embora. É diferente da que acorda no dia seguinte com uma mensagem dele, a pedir que não vá passar o fim de semana fora, que fique com ele, e pensa “ai a minha vida! Isto assim não pode ser. Tenho de ter tempo para mim caramba.” Diferente da que começa a sentir-se sufocada, pouco à vontade. Da que quer fugir e não sabe para onde. Da que não o merece, que só lhe vai trazer dissabores, discussões mudas. A P que eu sou anda perdida pelo meio. Sem rumo, a ver o que o destino lhe trás, sem levantar ondas, escondida atrás dos óculos de sol e de coisas para fazer. Anda a adaptar-se à novidade.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Jantar num dia, cinema no outro. Vamos beber um chá no dia seguinte. Vem visitar-me quando estou doente e telefona primeiro para perguntar se preciso que me leve alguma coisa para jantar. No dia seguinte volta para me levar a jantar e conta os dias para me ver de novo. Se se atrasa 5 minutos, avisa com meia hora de antecedência. Paramos na rua, à espera que o semáforo mude de cor para atravessarmos e abraça-me. E eu penso eu, P, alguma vez andei abraçada a alguém na rua, em pleno Saldanha? Se entramos no elevador, dá-me passagem prioritária. É cavalheiro, ajuda o senhor que carrega os barris de cerveja pela escada acima. Leva-me a sítios giros e diferentes, e não à tasca da esquina para comer iscas. Mostra-me coisas novas, conta-me histórias, conta-me as suas histórias, o tiro no pescoço, o amor em Itália, a sobrinha que vai nascer. Está sempre por perto. E eu não estou nada habituada a estas coisas, a esta bondade toda, a este estar comigo só porque gosta de estar comigo. Dizem-me que é assim que deve ser. Que é isto o gostar de alguém. Que é isto que mereço depois de tanta história malvada. Mas eu não sei. Ainda não estou convencida. É andar e ver.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Carnaval 2008



Este foi dos bons! Divertido à séria, sem grandes complicações. O meu karma maldito por lá andou, escondidinho atrás das cabeleiras, guardado como uma ovelha com um canito sempre por perto (ou canita). Mas isso não interessa nada. Aborreceu-me um pouco, pela falta de civismo e boa educação, que diz que devemos sempre cumprimentar quem conhecemos. No entanto lá mais para a frente na noite e duas vodkas já ingeridas, entre outras coisas que já não lembro, fiquei mais eu. Encostei-me e observei como se sobrevoasse por ali, por entre as máscaras e cabelos armados (não sei qual era a bebida, mas devia ser mesmo boa). E achei graça. Graça para mim, triste para eles. Não sei que história vivem aqueles dois, mas é muito mau ela ter de andar a dançar agarrada a tudo quanto é homem que lhe pegava, enquanto o seu dono e senhor “córtia”com os amigos sem lhe prestar a devida assistência. Quando era mais nova fazia isto para chamar a atenção de alguém, mas na altura tinha 19 anos. Com mais de 30 parece-me infeliz e desesperado. Enfim, pode ser que ela até goste mesmo de dançar. Ainda assim, mais triste me parece que na hora de irem para casa, (na hora em que, se fosse eu com um namorado, lhe saltava para a espinha e até fazíamos uma coisa gira com o estado embriagado em que estávamos), ele tenha fugido para algum canto para me telefonar 20 vezes e mandado 30 mensagens, e a tenha deixado perdida, sem ovelha para guardar. Isso é triste e é coisa que não quero viver nunca na vida. Este caso está arrumado. Sem história bonita para contar aos netos.
Moving on, fui mascarada de noiva cadáver, mas a minha caracterizarão não demorou a desaparecer. Lá para o meio da noite já era uma gaja enrolada em tule branco com um copo na mão. Já o noivo não apareceu e até fez falta para me carregar ao colo na hora de ir para o carro. Não sei porquê, mas só conseguia andar com passinhos de gueixa. Isto para não falar nas cãimbras ao início da noite. A prima esteve no seu melhor, juntamente com a Claudette, na hora de defender aqui a pobre noiva perdida. Valeram também os telemóveis na hora de ir à casa de banho sem luz. Muito bom! Para não esquecer.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Vanessa


Há coisas que nos deixam no chão, desorientadas, incrédulas, em choque, de boca aberta, em negação, de lágrimas nos olhos e coração apertado. A vida deixa de ser cor-de-rosa. Passa a ser negra, horrorosa, injusta. A minha querida Vanessa, irmã de uma amiga minha do colégio, que sempre me recebeu com um sorriso, que me acompanhou em grandes momentos da minha vida, daqueles que nunca vou esquecer. Foi-lhe diagnosticado um cancro no cérebro e lhe dada a pior notícia que se pode ouvir na vida. Tinha dois meses de vida. A notícia só chegou até mim hoje, quando os dois meses já tinham passado. Esta era a sua última semana. Não posso estar com ela porque mora em Manchester. Não posso estar com a Belinda, a minha querida amiga Belinda, porque está em Manchester. Fico por cá, no meu canto, a chorar de incredulidade, sem saber o que pensar, sem saber o que dizer.


Estava a ser um parto difícil, ah pois estava.

Resumo da semana.
Comecei com um voo na companhia nova, como trainee. Correu muito bem, tirando a porcaria dos sapatos, que conseguem ser piores do que os da minha farda antiga, e me deram cabo dos pés.
Na terça-feira, houve teste e tive 100%. Melhor ainda: à noite houve jantar com o menino novo. Fomos ao Chiado, depois a um restaurante chinês a sério (Horroroso, detestei a comida. O meu rico chau-min que é tão bom ao pé daqueles pudins esquisitos e texturas manhosas. Vou matar quem me disse que era muito bom). Fugimos de lá logo que pudemos e voltámos ao Chiado para um chá. Conversa pela noite fora, sempre muito animada. Voltei a casa desesperada. Pura e imaculada. Sem um amassinho para contar a história.
Na quarta-feira, voltámos a jantar. Ele escolheu o restaurante. Mas antes passámos pelas Amoreiras e por um café para um aperitivo antes do jantar. Já no restaurante, foi dia de contar as histórias dos fantasmas passados. Odiei ouvi-lo falar das outras mulheres que passaram pela sua vida. Estúpidas! Eu posso contar-lhe a minha vida para desculpar o meu comportamento estranho. Mas ele não! Toca a apagar essas memórias! Voltei a chegar a casa mais desesperada, ainda pura e imaculada.
Na quinta-feira foi dia de descanso. Uma coisa estranha na verdade. A presença dele já parece uma constante. Enviei-lhe um sms a dizer que me faltava alguma coisa. Nem digo o que respondeu, mas posso dizer que me deixou corada e com o estômago apertadinho.
Ontem enviou-me uma mensagem a dizer que eu nem me atrevesse a ir para a santa terrinha. Não senhor, farei tudo o que me mandar. Voltámos a encontrarmo-nos à noite quando saiu do trabalho. Fomos comer alguma coisa e fechámos o restaurante. E agora, para onde vamos? Passear. Carro parado ao pé da praia e mais conversa. Muitos risos. E agora? São 4 da manhã, não tenho sono nenhum. Filme na minha casa? Ora aí está uma rica ideia! Muito bem. Já lá devíamos estar. A ver o filme, braço por cima dos ombros. A imagem na televisão desfocou e toda eu pensava “Ai mãe do céu, que é hoje. É hoje!” Aconcheguei-me mais. Adormeci. Acordei e o filme acabou dois minutos depois. E agora? Cabeças encostadas, conversa da treta sobre o filme, e ... tcharam! Lá apareceu o primeiro beijo! Muito custoso, devo dizer. E depois? Mais beijos. E está na hora de ir embora. 6 e meia da manhã. Estavam à minha espera em casa às 7, com muita pena minha. O caminho para casa foi feito em silêncio, o que foi uma novidade entre nós. Segiu-se a despedida à porta da minha casa, que começou por ser estranha. Já estava com as chaves de casa na mão e a ver que me ia deixar ir embora só com um bom fim de semana nos ouvidos. Perguntei “só isso?” e saiu-me um “vá. Agarra-me outra vez”. E foi a desgraça. Tive de fugir para me manter pura e imaculada. Com muita pena minha, mas tinha de ser.

domingo, 27 de janeiro de 2008


Fez-se de vítima. Tem-no feito vezes demais nos últimos tempos para o meu gosto. Deve ser muito burrinho para não perceber que isso me afasta mais dele, que me irrita até às pontas das unhas dos pés. Já não me ligas nenhuma. Já não tens tempo para mim. Já não gostas de mim AHHHHHHH!! Só me apetece bater-lhe. Não foi deste homem que eu sempre gostei. Foi do outro, do estúpido que me tratava mal e deixava nas últimas. Queixa-se, queixa-se, e eu, já sem paciência, dou-lhe um dedinho. Está bem, vamos jantar amanhã. E o que é que ele faz no amanhã? Ora ora. Ou vai de férias com a namorada, ou vai jantar com a namorada, ou qualquer outra coisa com a namorada. E eu odeio, ODEIO que me ponha em segundo lugar, que prefira ficar com a parvaça, com quem está todos os dias, e fazer de menino servente e obediente. Resultado: se volta e meia fazia um sacrifício para o ouvir, nestes dias não tem qualquer resposta destas bandas. Telefone, mande mensagens, faça-se de vítima o quanto quiser, de mim não ouve nem um olá. Idiota! Já era tempo de ter aprendido como é que se fazem as coisas.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Ahhhhhhh!!!!!!!!!



Já não sei o que fazer, vou enlouquecer. Para muitas pessoas isto pode parecer normal, pode ser atitude de menino sério e ajuizado. Mas para mim não é nada normal, é tortura! Falta pouco para começar a puxar os cabelos, para começar a retorcer-me em agonia. Porque carga de água é que ele não me empurra para um canto escuro no cinema e me agarra? Nem que seja à homem das cavernas! Já não quero saber. Desde que o faça. Não sei que história é esta de jantares e idas ao cinema sem outra coisa pelo meio que não seja ver o filme e comer. No meu mundo, retorcido e pouco saudável, estas actividades envolvem sempre algum tipo de amasso, nem que seja um simples dar as mãos, como fazia quando era mais nova. Agora a chegar sempre pura e imaculada a casa não tem graça nenhuma. Faz-me querer gritar. Deve ser este o tipo de homem que o meu pai sempre sonhou para mim. Se ele souber disto elege-o já como o santo salvador da filha pecaminosa. Só que no entretanto dá-me um treco e tenho de ser internada num sanatório mental. Já não sei como me sentar no cinema, já não sei comer com os talheres, se devo fugir do carro enquanto ele ainda está em andamento, ou se ficar mais uns minutos e inventar mais algum tema de conversa. Não sei se rir, se chorar. Se pensar que isto assim é que deve ser, ou se é sinal para desistir enquanto é tempo. Se até me acha graça, ou se só não tem nada melhor para fazer. Que saia logo o beijo maldito para se ver que rumo dar às coisas. Caraças!!! Que caraças!!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Hoje

... não gosto de nenhum.
Já me estão a irritar. Todos!

Vim a gritar isto pelo caminho até casa. Sem razão aparente. E com que grande frase termina. "Para nos lembrar que o amor é uma doença, quando nele julgamos ver a nossa cura"

domingo, 13 de janeiro de 2008

Date


Correu bem. Correu tão bem que ficava no carro mais uma hora a conversar quando parou à minha porta para me deixar. Correu tão bem que era capaz de repetir a dose logo no dia seguinte. Ri muito, ri tanto! Não que tivéssemos passado a noite a contar anedotas, mas porque foi divertido, porque foi engraçado, surpreendentemente agradável. E falámos de tudo um pouco, como ele disse, como se fosse uma entrevista. Pratos favoritos, música favorita, filmes favoritos, família, trabalho, experiências passadas. Não houve momentos de silêncio incómodo, se não falávamos, sorríamos com alguma parvoíce. E gostei. No geral gostei. Ele não é perfeito. Já lhe marquei todos os defeitos (e espero não encontrar mais nenhum), mas isso eu também não o sou. Se ele acha que tem sempre razão, eu acho que sou eu quem manda.
Agora começa a dança. Quem liga primeiro, se alguém liga de todo, se valerá a pena. Não tenho treino nestas coisas, sou novata. Espero que ele tome as rédeas da situação. Se não, é mais um que fica pelo caminho dos “e se”.
Ah! E não houve beijos. É pena. Ou talvez não.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Recompensas

Ontem fui ao cinema com um ressuscitado dos mortos. Promessas perigosas. (Muito bom M, como tinhas dito. A cena da pila ao léu é que era desnecessária.) Fomos à sessão das 23.30, e eu concordei mesmo a ter de acordar hoje às 7 da manhã para começar o curso novo. Concordei porque ia com o meu discurso preparado do "Olha lá, isto de ser só quando tu queres não tem gracinha nenhuma. Vamos lá ver se mudamos os hábitos!" Mas o discurso morreu-me nos lábios. Não quis saber dele para nada porque, na verdade, quando entrou no carro, vi-o como amigo e não como gajo com quem ando. Até fiquei sem conversa, encabulada. Não estava preparada para a falta de amassos ou de química. Não sabia o que dizer, do que falar. Quase parecíamos dois estranhos que se estavam a encontrar pela primeira vez. Era normal que assim fosse. As nossas últimas conversas não tinham sido muito amigáveis, (tirando um encontro clandestino às escuras nas escadas do prédio, muito interessante, confesso, mas isso não conta porque eu já tinha ingerido uma quantidade considerável de vinho tinto e fui apanhada desprevenida). Ele sabia que se tinha portado mal, que tinha estado desaparecido mais tempo do que devia. Não estava a abusar da sorte, estava a preparar o terreno. E então lá veio a recompensa. A frasesinha mágica que me iria fazer sentir muito importante, que me iria fazer sentir a rainha da cocada preta, isto se tivesse tido efeito. A minha mãe perguntou por ti no Natal e disse "Gosto muito da P." Deve ter perguntado, deve. Tadinha da senhora. Os milhões de mulheres que é obrigada a conhecer.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Passarinho novo


Gostei tanto desta mensagem que tenho de a partilhar com o mundo. O cenário é uma troca de sms para perceber qual o melhor dia para o date a sério. Sai-se ele com isto:

Resumindo, concluindo e baralhando, a decisão é: 1 Passar 4 horas contigo a dormir em pé depois de um dia de formação em que acordaste cedíssimo. Ou, 2 – Ir buscar-te ao fim da tarde e ter-te até às tantas da manhã porque quando chegaste do curso bebeste 7 bicas para te aguentares e mais para mais sabes que se chegares tardíssimo não faz mal porque podes dormir até tarde no outro dia porque os o fim de semana na terrinha foi prós tomates. É isto?
Gostei da parte do ter-te até às tantas da manhã.


Já agora, imagino que não ache grande graça se souber que ando a publicar as mensagens que me manda num blog. Mas não resisto. É mais forte do que eu. Sou miúda outra vez. Tenho de contar tudo.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Andy Garcia


Adoro este homem.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008


Diz a tradição que se devem vestir cuecas azuis na noite da mudança de ano, que se deve ter uma notinha guardada no bolso e comer 12 passas à meia noite. Diz a tradição que deve ser uma grande festa, que a forma como passamos a meia noite será um prelúdio para o ano que aí vem. Abre-se champagne, lançam-se foguetes, beijam-se os apaixonados, abraçam-se os amigos. Mas eu não gosto da passagem de ano e até me propus a trabalhar nestes dias, mas uma constipação valente impediu-me de cumprir as minhas funções. Resignei-me. Fui obrigada a partilhar o momento com a família contrariamente à minha ideia de ficar sossegada em casa enrolada num cobertor a ver filmes e séries na tv cabo até adormecer. É que a passagem de ano lembra-me sempre que estou a ficar mais velha, que foi outro ano perdido sem grandes eventos a recordar. Talvez ainda tenha de aprender que tenho de olhar para a frente e não para trás, que o destino ainda me reserva grandes coisas e que tenho de dar as boas vindas ao ano novo, porque nunca se sabe se o dia em que ganho o euromilhões virá já no mês seguinte. Moving on, o que eu queria dizer era, que das tradições, só comi as passas. Até bebi um copinho de champagne, mas pouco porque estou a tomar comprimidos. Nada de cuecas azuis, nem de festejos. Sossego no sofá com família à volta, ou o que restou dela já que metade correu para a rua para ver os foguetes e gritar de alegria para o mundo. Mas estava contente, de sorriso aparvalhado, de louca que está a fazer mais uma asneira e ainda se ri. Sim, a chanfradice desceu em mim e já andei no engate mais uma vez. A vítima? Um quase ex-colega de trabalho. Diz ele que cafés bebe no aeroporto, mas que comigo ia ao cinema, jantar e depois beber um copo, necessariamente por esta ordem. Olhem que bonito! Eu que lhe ligasse. Ligas? Já marquei o dia e tudo!!

Num cantinho também rejubilei quando recebi uma mensagem de um idiota. Bom ano miúda. Ao menos lembrou-se de mim.

FELIZ ANO NOVO!!



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