quarta-feira, 30 de abril de 2008

Rasto


Eu sei que esta conversa já deve enjoar, mas para mim isto são só coisas novas que me deixam as pernas feitas gelatina (que até tremem com a celulite e os 3 quilos que tenho a mais graças à vida de restaurante que tenho levado) e sorrisos idiotas que me fazem parecer uma tontinha que não sabe em que planeta vive. A melosice do momento é a mesa-de-cabeceira. A do quarto dele. Primeiro apareceu lá uma fotografia minha, ali perdida no meio de chaves, cartões da empresa e do despertador. Depois juntou-se-lhe o postal que lhe enviei quando fez anos, numa tentativa vã de o compensar pela minha ausência. Está lá, com envelope e tudo. Hoje, quando calçava as meias, descobri mais uma pista, uma das conchas que apanhámos na Ilha de Tavira. Roubou uma do conjunto que eu trouxe para casa. E AINDA, se abrir a gaveta descubro dois chocolates para me saciar as vontades de meia-noite. Que maravilha!

domingo, 20 de abril de 2008

Já tocou!

Estava eu a ver revistas cor-de-rosa no meu belo quarto de hotel com vista para o aeroporto de Orly, quando reconheço uma música vinda de um canal manhoso da televisão francesa. Qual o meu espanto quando me apanho a cantá-la como se ainda ontem a tivesse ouvido. Isto de séries que se vêem na adolescência é como andar de bicicleta. Nunca se esquecem.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Arrependimento


Ele chateia-se quando me pede alguma coisa e eu não cumpro. Na maior parte das vezes tem razão. Na maior parte das vezes não faço o que me pede porque penso que ainda devo ter algum controlo sobre a minha vida, que não posso respirá-lo e alimentar-me dele. Como no dia em que fez anos e eu não pedi uma troca de escala para poder passar a noite com ele, e fui dormir a Paris, com a infeliz ideia de que assim é que devia ser, que não se pode ter tudo o que se quer, que a noite anterior e a manhã até depois do almoço eram tempo suficiente para celebrarmos o data juntos. Só não me lembrei da agonia que ia sentir quando me vi sozinha num quarto de hotel, a morrer um bocadinho por não estar com ele quando lhe cantassem os parabéns e fizessem um brinde com o vinho que lhe comprei. Morri um bocadinho com remorsos. Como morri ontem quando o deixei em Lisboa, a pedir-me pela vigésima vez que não fosse embora para a terrinha porque o tempo estava muito mau para eu fazer uma hora de viagem. E tu és louca a conduzir, e não vais ter cuidado, e já viste como chove? É melhor ires só amanhã. Não! Vou hoje. Disse que ia hoje e vou hoje! Nem que caia o céu. Por mais que queira ficar tenho de ir. Tem de ser. Fui, e o mundo caiu-me em cima em forma de chuva e quase tive de parar o carro em plena A1 porque não conseguia ver a estrada. A lembrar-me que podia estar aninhada com ele no sofá a beber um copo de vinho e a rir com um episódio do Californication. Burra! Burra! Burra!

sábado, 12 de abril de 2008

Sem reposta


A pergunta do momento é: "Estás apaixonada?" Não sei como responder. Um simples sim não me parece suficiente. Um não também não é a resposta correcta. Posso estar apaixonada, sim. Talvez seja essa a definição para o rol de emoções que têm passado por mim nos últimos dias. Talvez seja por isso que coro quando mo perguntam ou finjo indiferença para não parecer uma tontinha de olhos brilhantes. Chegámos ao momento em que vou guardar o que sinto para mim. São só coisas boas e devem ficar entre os dois. O que eu sei escrever melhor são as chatices.

terça-feira, 8 de abril de 2008


Deixo uma fotografia, habilidosamente tirada pelo homem, no dia em que fomos à Ilha de Tavira. Escusado será dizer que eu estava em terras algarvias graças ao meu trabalho, e que ele, gentilmente, fez uns quantos tantos qilometros para se juntar a mim e andarmos por lá a passear. Pena ser só um dia. Caraças pó trabalho e para o ter de acordar cedo!

;;