sábado, 27 de setembro de 2008

Mal entendido


A nossa primeira crise, digo crise, não discussão, porque não houve gritaria nem troca de insultos. Apenas suspiros resignados, silêncios incómodos, meias palavras e só depois o esclarecimento da conversa mal acabada, comigo a chorar baixinho, enquanto conseguia e o escuro me deixava incógnita, até os soluços se apoderarem de mim e as fungadelas conseguirem ser ouvidas pelos vizinhos do lado. Posso dizer que foi a primeira vez que deixei que me vissem chorar a sério, sem que fossem umas lagrimazinhas a correr pela cara-a-baixo. Isto foi choro com banda sonora, choro a sério com sentimento, lavava a angústia que sentira na hora anterior, o medo que me deixou de olhos abertos sem conseguir dormir até ter aquilo resolvido. Era uma parvoíce, pensava eu, não podia estar a falar a sério, mas então porque é que está deitado a meio metro de mim? Porque é que não fala? Ainda há meia hora estávamos felizes e contentes da vida, como é que isto foi acontecer? O que é que eu disse? Mas será que não percebeu que estava a brincar? E ele, estaria a falar a sério? Não pode. Vá lá, abraça-me. Abraça-me! Um beijinho no ombro, o que quer que seja! E nada. Até que consegui trocar algumas palavras com ele. A muito custo. O diálogo estava todo na minha cabeça, mas não saía. Dessem-me um papel e uma caneta e escreveria tudo o que queria dizer, mas a minha boca estava muda. E depois percebi tudo. E então chorei. Agarrei-me a ele como se me agarrasse à vida e chorei de alívio até ao cansaço extremo. Deixei que me confortasse. Sem dizer nada, no silêncio da noite até adormecer.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Já me esquecia de contar. Fui ver a Colbie ao Coliseu e gostei. Gostei muito. Musiquinha leve, que me acompanhou neste verão.

É HOJE!



É HOJE, É HOJE, É HOJE, É HOJE!!

Estreia da 5a temporada.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Falamos todos os dias. Ele telefona, eu telefono. Muitas vezes sem ter nada para dizer, só para o ouvir, para saber que está lá do outro lado. E quando o telefone toca, espero que seja ele, mesmo que tenhamos falado há dois minutos atrás. Quando recebo uma mensagem, desejo que seja dele, para depois sentir aquela desilusão que faz fazer beicinho, ao perceber que é da vodafone a dizer que já posso consultar a factura do mês passado, ou coisa do género. Odeio!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Dirty Dancing


E, se falássemos em filmes que nunca se esquecem, eu diria sem pensar duas vezes “o Dirty Dancing!”, como se tivesse acabado de acertar na pergunta do jackpot do Quem quer ser milionário.
Lembro-me exactamente do dia em que o vi pela primeira vez, na Lotação Esgotada do Canal 1 numa sexta-feira à noite. No dia seguinte não se falava noutra coisa. Até queria aprender a dançar, coisa para a qual nunca tive grande queda. O Patrick Swayze passou para o topo da minha lista de rapazes giros e a canção Time of my life era a mais ouvida lá em casa. Até ao enjoo.
Não me canso do filme. Tenho a banda sonora, que acabei por comprar, no carro. E volta e meia, por alguma razão transcendental, tenho a mesma conversa com a minha prima Marta. Falo do filme, ela diz que nunca o viu e eu digo “Eu não acredito que nunca viste o Dança Comigo!” Assim, sem tirar nem pôr.
Prima! Ao menos vê estas cenas. Mais tarde ou mais cedo prendo-te ao sofá para o veres por completo.

Time of my Life

Cry To Me

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