domingo, 27 de janeiro de 2008


Fez-se de vítima. Tem-no feito vezes demais nos últimos tempos para o meu gosto. Deve ser muito burrinho para não perceber que isso me afasta mais dele, que me irrita até às pontas das unhas dos pés. Já não me ligas nenhuma. Já não tens tempo para mim. Já não gostas de mim AHHHHHHH!! Só me apetece bater-lhe. Não foi deste homem que eu sempre gostei. Foi do outro, do estúpido que me tratava mal e deixava nas últimas. Queixa-se, queixa-se, e eu, já sem paciência, dou-lhe um dedinho. Está bem, vamos jantar amanhã. E o que é que ele faz no amanhã? Ora ora. Ou vai de férias com a namorada, ou vai jantar com a namorada, ou qualquer outra coisa com a namorada. E eu odeio, ODEIO que me ponha em segundo lugar, que prefira ficar com a parvaça, com quem está todos os dias, e fazer de menino servente e obediente. Resultado: se volta e meia fazia um sacrifício para o ouvir, nestes dias não tem qualquer resposta destas bandas. Telefone, mande mensagens, faça-se de vítima o quanto quiser, de mim não ouve nem um olá. Idiota! Já era tempo de ter aprendido como é que se fazem as coisas.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Ahhhhhhh!!!!!!!!!



Já não sei o que fazer, vou enlouquecer. Para muitas pessoas isto pode parecer normal, pode ser atitude de menino sério e ajuizado. Mas para mim não é nada normal, é tortura! Falta pouco para começar a puxar os cabelos, para começar a retorcer-me em agonia. Porque carga de água é que ele não me empurra para um canto escuro no cinema e me agarra? Nem que seja à homem das cavernas! Já não quero saber. Desde que o faça. Não sei que história é esta de jantares e idas ao cinema sem outra coisa pelo meio que não seja ver o filme e comer. No meu mundo, retorcido e pouco saudável, estas actividades envolvem sempre algum tipo de amasso, nem que seja um simples dar as mãos, como fazia quando era mais nova. Agora a chegar sempre pura e imaculada a casa não tem graça nenhuma. Faz-me querer gritar. Deve ser este o tipo de homem que o meu pai sempre sonhou para mim. Se ele souber disto elege-o já como o santo salvador da filha pecaminosa. Só que no entretanto dá-me um treco e tenho de ser internada num sanatório mental. Já não sei como me sentar no cinema, já não sei comer com os talheres, se devo fugir do carro enquanto ele ainda está em andamento, ou se ficar mais uns minutos e inventar mais algum tema de conversa. Não sei se rir, se chorar. Se pensar que isto assim é que deve ser, ou se é sinal para desistir enquanto é tempo. Se até me acha graça, ou se só não tem nada melhor para fazer. Que saia logo o beijo maldito para se ver que rumo dar às coisas. Caraças!!! Que caraças!!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Hoje

... não gosto de nenhum.
Já me estão a irritar. Todos!

Vim a gritar isto pelo caminho até casa. Sem razão aparente. E com que grande frase termina. "Para nos lembrar que o amor é uma doença, quando nele julgamos ver a nossa cura"

domingo, 13 de janeiro de 2008

Date


Correu bem. Correu tão bem que ficava no carro mais uma hora a conversar quando parou à minha porta para me deixar. Correu tão bem que era capaz de repetir a dose logo no dia seguinte. Ri muito, ri tanto! Não que tivéssemos passado a noite a contar anedotas, mas porque foi divertido, porque foi engraçado, surpreendentemente agradável. E falámos de tudo um pouco, como ele disse, como se fosse uma entrevista. Pratos favoritos, música favorita, filmes favoritos, família, trabalho, experiências passadas. Não houve momentos de silêncio incómodo, se não falávamos, sorríamos com alguma parvoíce. E gostei. No geral gostei. Ele não é perfeito. Já lhe marquei todos os defeitos (e espero não encontrar mais nenhum), mas isso eu também não o sou. Se ele acha que tem sempre razão, eu acho que sou eu quem manda.
Agora começa a dança. Quem liga primeiro, se alguém liga de todo, se valerá a pena. Não tenho treino nestas coisas, sou novata. Espero que ele tome as rédeas da situação. Se não, é mais um que fica pelo caminho dos “e se”.
Ah! E não houve beijos. É pena. Ou talvez não.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Recompensas

Ontem fui ao cinema com um ressuscitado dos mortos. Promessas perigosas. (Muito bom M, como tinhas dito. A cena da pila ao léu é que era desnecessária.) Fomos à sessão das 23.30, e eu concordei mesmo a ter de acordar hoje às 7 da manhã para começar o curso novo. Concordei porque ia com o meu discurso preparado do "Olha lá, isto de ser só quando tu queres não tem gracinha nenhuma. Vamos lá ver se mudamos os hábitos!" Mas o discurso morreu-me nos lábios. Não quis saber dele para nada porque, na verdade, quando entrou no carro, vi-o como amigo e não como gajo com quem ando. Até fiquei sem conversa, encabulada. Não estava preparada para a falta de amassos ou de química. Não sabia o que dizer, do que falar. Quase parecíamos dois estranhos que se estavam a encontrar pela primeira vez. Era normal que assim fosse. As nossas últimas conversas não tinham sido muito amigáveis, (tirando um encontro clandestino às escuras nas escadas do prédio, muito interessante, confesso, mas isso não conta porque eu já tinha ingerido uma quantidade considerável de vinho tinto e fui apanhada desprevenida). Ele sabia que se tinha portado mal, que tinha estado desaparecido mais tempo do que devia. Não estava a abusar da sorte, estava a preparar o terreno. E então lá veio a recompensa. A frasesinha mágica que me iria fazer sentir muito importante, que me iria fazer sentir a rainha da cocada preta, isto se tivesse tido efeito. A minha mãe perguntou por ti no Natal e disse "Gosto muito da P." Deve ter perguntado, deve. Tadinha da senhora. Os milhões de mulheres que é obrigada a conhecer.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Passarinho novo


Gostei tanto desta mensagem que tenho de a partilhar com o mundo. O cenário é uma troca de sms para perceber qual o melhor dia para o date a sério. Sai-se ele com isto:

Resumindo, concluindo e baralhando, a decisão é: 1 Passar 4 horas contigo a dormir em pé depois de um dia de formação em que acordaste cedíssimo. Ou, 2 – Ir buscar-te ao fim da tarde e ter-te até às tantas da manhã porque quando chegaste do curso bebeste 7 bicas para te aguentares e mais para mais sabes que se chegares tardíssimo não faz mal porque podes dormir até tarde no outro dia porque os o fim de semana na terrinha foi prós tomates. É isto?
Gostei da parte do ter-te até às tantas da manhã.


Já agora, imagino que não ache grande graça se souber que ando a publicar as mensagens que me manda num blog. Mas não resisto. É mais forte do que eu. Sou miúda outra vez. Tenho de contar tudo.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Andy Garcia


Adoro este homem.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008


Diz a tradição que se devem vestir cuecas azuis na noite da mudança de ano, que se deve ter uma notinha guardada no bolso e comer 12 passas à meia noite. Diz a tradição que deve ser uma grande festa, que a forma como passamos a meia noite será um prelúdio para o ano que aí vem. Abre-se champagne, lançam-se foguetes, beijam-se os apaixonados, abraçam-se os amigos. Mas eu não gosto da passagem de ano e até me propus a trabalhar nestes dias, mas uma constipação valente impediu-me de cumprir as minhas funções. Resignei-me. Fui obrigada a partilhar o momento com a família contrariamente à minha ideia de ficar sossegada em casa enrolada num cobertor a ver filmes e séries na tv cabo até adormecer. É que a passagem de ano lembra-me sempre que estou a ficar mais velha, que foi outro ano perdido sem grandes eventos a recordar. Talvez ainda tenha de aprender que tenho de olhar para a frente e não para trás, que o destino ainda me reserva grandes coisas e que tenho de dar as boas vindas ao ano novo, porque nunca se sabe se o dia em que ganho o euromilhões virá já no mês seguinte. Moving on, o que eu queria dizer era, que das tradições, só comi as passas. Até bebi um copinho de champagne, mas pouco porque estou a tomar comprimidos. Nada de cuecas azuis, nem de festejos. Sossego no sofá com família à volta, ou o que restou dela já que metade correu para a rua para ver os foguetes e gritar de alegria para o mundo. Mas estava contente, de sorriso aparvalhado, de louca que está a fazer mais uma asneira e ainda se ri. Sim, a chanfradice desceu em mim e já andei no engate mais uma vez. A vítima? Um quase ex-colega de trabalho. Diz ele que cafés bebe no aeroporto, mas que comigo ia ao cinema, jantar e depois beber um copo, necessariamente por esta ordem. Olhem que bonito! Eu que lhe ligasse. Ligas? Já marquei o dia e tudo!!

Num cantinho também rejubilei quando recebi uma mensagem de um idiota. Bom ano miúda. Ao menos lembrou-se de mim.

FELIZ ANO NOVO!!



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