quinta-feira, 22 de maio de 2008

Viajante no tempo

E já que estamos numa de voltar atrás, e esta? Lembro-me de ficar colada à televisão depois do almoço e ter uma paixoneta pelo Dr. Sam Beckett. Era capaz de a ver de novo.

A vida continua

Volta e meia lembro-me desta série. Não tinham saudades?

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Game over


Acabou-se a história dos jogos por estas bandas. Nem tinha percebido com a naturalidade com que se desenvolveram os acontecimentos dos últimos meses. Saídas + cinema + jantares + beijos e abraços + vício recíproco = relalção mais estável que alguma vez tive. Só no outro dia, à conversa com uma amiga, é que percebi que não tinha tido nada de telefonemas não atendidos, mensagens por responder ou desaparecimentos do mapa por tempo indeterminado sem aviso prévio. Eu, que aprendi tanta coisa ao longo dos anos com as relações malfadadas que tive, como quando atender o telefone ou telefonar, o que se deve ou não ignorar, quando beijar ou bater, e agora nem tive de pôr nada em prática. Não tive de andar atrás nem fugi de ninguém, porque desde o primeiro dia que nos entendemos, que sincronizámos os nossos relógios, que procurámos continuar na vida um do outro. Uma vez por semana, duas vezes por semana, todos os dias da semana e se possível a todas as horas do dia. Assim é que deve ser. Nada daqueles encontros fugidos de 15 em 15 dias, ou brincadeiras idiotas a que achava graça e das quais agora nem quero lembrar. Nem lembro para dizer a verdade. Era a outra P. Não era eu. Agora sou mesmo a lamechas, a foleira, a que pôs os óculos cor-de-rosa da Floribela e vê fadinhas e florzinhas em tudo o que é sítio. A que achava normal que não lhe telefonassem durante dias ou fingissem que não a conheciam na rua desapareceu. Desapareceu e não deixou rancores nem mazelas. Ainda bem.

Língua nova

Aprendi a falar bebé-ês. Eu, P, a bruta, fria e insensível que nem dá beijos à mãe por mais que goste dela. Sem que dê por ela apanho-me a dizer tatauga, doem-me os pezinhos, fiz um dói-dói, que xaudades tinha, não quelo isso e sei lá que mais pois o meu cérebro apressa-se a apagar estas coisas de tão estranhas que lhe parecem. Saem-me assim, sem dar por ela, com naturalidade. E se quiser dizer a mesma coisa em linguagem adulta parece fingido, pensado, não soa bem.

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