quinta-feira, 31 de dezembro de 2009




Porque é que sempre que vejo o Dirty Dancing no fim me apetece pôr para trás e ver tudo de novo?

Querido bebé



A tua mamã foi malandra. Atrasou-se com as prendas de Natal para as amigas e só ontem, véspera de fim de ano, é que se dignou a oferecer-nos a melhor de todas. Ficámos muito aborrecidas (felizes), umas coradas até de tão irritadas(contentes), com um esgar (sorriso) na cara que nos obrigava a mostrar os dentes todos. Olha que até houve gritos! O mundo à volta deixou de existir, virámo-nos todas contra (para) ela, com cara de poucos amigos (das melhores amigas). Há fotos que o comprovam! Pede para as ver. Foi uma coisa muito feia (bonita), essa que a tua mãe fez. E ainda por cima pediu segredo, que não mostrássemos essa prenda tão linda a ninguém. Diz que só a podemos usar para o ano.

Mas querido bebé, esta tua tia não aguenta muito tempo sem dizer a ninguém que vens aí. Esta tua tia gosta de partilhar as boas notícias logo que pode, como se com elas passasse um pouco da alegria que sente para quem as ouve. Tive de pedir um requerimento especial para poder contar ao teu "tio torto"e à tua "avó torta", porque sabia que iam ficar contentes por ti e pela tua mamã. E ficaram querido bebé. Já estão à tua espera.

Querido bebé, vens com o ano novo. Trazes-nos esperança. Trazes-nos a sensação que também acontecem coisas boas. Mostras-nos que a vida continua, que estamos mais velhas apesar das tuas tias e a tua mamã se continuarem a encontrar no café para conversar, como se tivessem acabado de sair da escola. Chegou o nosso tempo, a altura em que acontecem as coisas das quais sempre falámos, que sempre planeámos e sonhámos. Casas, casamentos, bebés. A nossa altura, o nosso tempo de sermos gente grande.


Querido bebé, estamos à tua espera. Em pulgas.


quarta-feira, 30 de dezembro de 2009


Começou tudo no lava-loiça porque eu tive a feliz ideia de mudar as duas torneiras do século passado por uma misturadora da Roca que me custou os olhos da cara (quem diria que as torneiras eram tão caras). É claro que uma mudança destas numa cozinha que ainda tem o lava-loiça de pedra era pedir problemas. Ficámos com um cano na mão, a torneira não encaixava bem e depois não conseguíamos pôr as antigas de novo. Resultado: tivemos de chamar um profissional (que não devia ser grande coisa porque o trabalho parece inacabado). Depois foram as lâmpadas. Numa semana devem ter fundido umas 4. Depois foi a banheira. Sempre que tomo banho a casa de banho fica inundada. Temos um cano roto que sai do bidé e a água que escoa da banheira deve sair por lá. Problema ainda por resolver. Ando a lavar o cabelo nos hóteis e na casa da terrinha para evitar andar todos os dias de esfregona na mão, embrulhada na toalha. Agora descobri uma porta de um armário da cozinha pendurada por uma dobradiça. A outra partiu-se. Partiu-se mesmo, o ferro dividido ao meio. Não lhe mexo tão cedo.

QUERO UMA CASA NOVA!!!

O meu Natal

Tenho adiado este texto. Tem andado comigo, com vontade de sair pelos dedos fora de encontro ao teclado, mas tenho estada ocupada o suficiente para o evitar. O meu Natal. O ano passado não estive cá. Fui com o mais-que-tudo para Milão, em trabalho. Logo, olhos que não vêem, coração que não sente. Este ano foi diferente. Tive de me dividir. Provei um bocadinho do doce e tive de deixar a taça a mais de meio. Trabalhei no dia 25 e isso obrigou-me a sair da noite da consoada a meio para voltar à cidade grande. Tive de vir embora quando a festa ia começar, quando iam começar as histórias, as gargalhadas, as confidências que só se fazem em família. Tive de deixar tudo para trás. Pelo caminho deu-me para chorar. Fiquei com a sensação de que estava a perder os melhores momentos, de que estava a perder a minha família e que qualquer dia era uma estranha que só aparecia de vez em quando. Sei que estão sempre lá, mas não é o mesmo se não estiver com eles. E já estamos todos reunidos tão poucas vezes... Enfim, tinha outra família à minha espera quando cheguei. Vinha quase a odiá-los pelo caminho, como se fossem eles a roubar-me de onde estava bem. É claro que me receberam de braços abertos. Tinham pinhões à minha espera. Estava a tia do Algarve presente para eu finalmente conhecer. Estava a pequenina a desembrulhar os presentes e os três irmãos a comentar o evento num canto. Dei um abracinho ao mais-que-tudo e passou tudo. Acabou por não ser mau, claro que não ia ser mau, ninguém me ia tratar de outra forma que não bem, mas para o ano quero ficar onde estava, até ao fim. Com os meus.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009


6 da manhã. O dia a nascer no horizonte. Grande parte das pessoas normais ainda dorme. E eu? Eu estou a comer massa com atum, no ar, algures na costa de África. Com vontade de correr pela cabine do avião fora a gritar para acordar toda a gente. Pois se eu não posso dormir, ninguém deveria poder. Hard life, but someone has got to do it...

Liguei o telemóvel à socapa para tirar esta foto. Se há coisa bonita, esta é uma delas. Pena que a câmara não seja capaz de registar o esplendor.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Conversa telefónica com o mais-que-tudo.

- Já viste o que estás a fazer no dia 11? - pergunta ele.
- Humm, deixa ver... Estou de folga. Porquê? O que é que acontece no dia 11?
- Fazemos 2 anos de namoro.

Oops...

"Mete um bocado de algodão no nariz e vais ver que ficas boa num instante", disse o meu pai, farto de me ouvir fungar e assoar.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Não podia passar um Natal descansado, não? Tinha de ficar ranhosa e com olhos piscos e lacrimosos, de nariz entupido que me obriga a andar de boca aberta para respirar como se fosse uma tontinha, tinha? Era esta a prenda que me estava reserva para a época? Só me faltava ter de faltar ao trabalho e perder os 3 maravilhosos dias extra de férias que me esperam para o ano.

FELIZ NATAL!!


terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Pensava eu que, nas catacumbas da Pizza Hut, estava uma senhora roliça com uma touca na cabeça, corada devido ao calor da cozinha, que passava os dias a tirar fornadas de torradas e a pôr manteiguinha de alho no pãozinho quente. Pensava eu, mas estava enganada. No outro dia fui dar com uma lata de laca de 2 litros em cima do balcão do dito restauranta, que simplesmente dizia "garlic butter spray". Ou seja, em vez de senhora roliça e corada a pôr manteiguinha de alho no pão com uma faquinha, temos um rapazinho borbulhento que tem de ganhar uns trocos com uma lata na mão a sprayzar as fatias como se estivesse a acabar o penteado de uma senhora velhota, daqueles armados que têm de durar a semana toda. The magic is gone.. Isto é pior que saber que o pai natal não existe.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Não bastavam os cabelos brancos, também ganhei um quilo a mais, que se veio juntar aos outros dois malandrecos que já cá andavam por esta barriga e ancas. Não tenho culpa se gosto de batatas fritas, amendoins, bolas de berlim, chocolate, croissants, coca-cola, batidos de morango, crepes, pudim flan...

sábado, 12 de dezembro de 2009

Invasão

Primeiro apareceu um. E eu: XÔ!! Sai já daqui!
Um ano depois apareceu outro. Fi-lo desaparecer mal o descobri.
Agora parece que os vejo em todo o lado. Parecem-me 3 ou 4. Não os consigo apanhar. Não sei bem onde estão. Medidas drásticas são esperadas: ir ao cabeleireiro pintar o cabelo. Estes cabelos brancos estão a deixar-me louca.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Passei a tarde a Takethatear. Fazem parte da minha vida, pronto. Não o nego. São os meus meninos e tenho orgulho neles.


(E ainda levanto os braços e canto, mesmo em frente ao computador.
NEVER!! Forget where you're coming from. NEVER! pretendend that it's all real LA LA LA!)

Sr. Hélder

Gostava do senhor Hélder. Era educado, culto, informado. Tinha sempre uma palavra a dizer, um cumprimento a dar. O senhor Hélder era engraçado, um Humpty Dumpty, redondinho e de suspensórios. Gostava de escrever aos amigos, gostava de dizer olá às meninas. O senhor Hélder gostava de conversar, e, por vezes, com o egoísmo do dia-a-dia, com a pressa de ir a lado nenhum, fingia que não o via para não ter de parar uns minutos e trocarmos um par de palavras. Não ia custar nada, ele era bem-disposto, mas na altura achava que não estava com vontade se ser simpática, ou tinha pressa para ir arranjar as unhas, o que fosse. E o senhor Hélder morreu. De repente, sem aviso prévio. O senhor Hélder, que era o meu amigo dos tempos em que trabalhei num restaurante, desapareceu e eu nem me lembro da última vez que me permiti conversar com ele, ouvi-lo rir, falar das últimas notícias que tinha ouvido sobre o meu trabalho. Desculpe, senhor Hélder. Não sabia que se ia embora tão cedo. Não sabia que não o ia ver mais. Se soubesse teria atravessado a estrada de propósito para ir ao seu encontro, para lhe dar um beijinho de uma menina bonita, como dizia. Desculpe senhor Hélder, eu não sabia...

Mas quem é que se levanta às 8 da manhã num feriado e se põe logo a estender roupa, a pôr outra a lavar e a olhar em volta e chegar à conclusão que a casa já não tem remédio? Eu, pois tá claro. E talvez uma rapariga que eu conheço que já deve ter ido à praça e deve andar de aspirador na mão. Sim, TU!

Confesso que me deitei às 9 da noite e que às 10 e meia já devia estar a dormir. Sair da cama não foi nenhum sacrifício.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Quando se chega a casa depois de trabalhar a manhã toda e lavamos a cara para dormirmos uma bela sesta, que creme devemos pôr? O de dia ou o de noite? É que vamos dormir, por isso devia ser o de noite. Por outro lado ainda é de dia e só vamos dormir duas horinhas, por isso devia ser o de dia. Hummm, estou intrigada.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Uma máquina de secar roupa, coisa simples que me ia deixar a roupa quentinha, macia e praticamente passada a ferro. Ah, e sítio para a pôr.

... e o São Pedro deixar, daqui a menos de um ano andarei a passarinhar por estas bandas, com o vestido mais caro que alguma vez vou vestir (e o mais bonito) e com um sorriso que me vai fazer doer os músculos da cara (mas que nem vou sentir).





Amanhã já é dia de acordar antes do sol raiar e voltar ao "pica-boi". Esta vida de preguiça andava a saber tão bem. Euromilhões!!! Onde andas tu??

domingo, 29 de novembro de 2009

Seremos responsáveis pelos nossos sonhos? Por aqueles proibidos? Nos quais fizemos tudo o que não devíamos? Aqueles que nos iam estragar a vida toda, caso fossem verdade, mas que em sonhos até soube bem? Seremos responsáveis pelo nosso inconsciente? Por aquilo que não fizemos, mas que acabámos por viver, mesmo que enquanto dormíamos? Seremos culpados de o ter sonhado, porque aquilo afinal até era um desejo reprimido que se manifestou assim?
Ou devemos ficar contentes por tê-los? Por vivermos vidas secretas através deles? Por "pecarmos" sem ninguém saber?
Não sei não. Para mim os sonhos são perigosos. Trazem à tona coisas adormecidas, que estavam esquecidas e que voltam a misturar-se com a vida verdadeira. E com eles vêm os e se's...

sábado, 28 de novembro de 2009

Nneka - Heartbeat

Curtam só o som!

E depois de um par de meses de pesquisa, de visitas, de fazer perguntas aqui e ali, de pedir a opinião aos amigos, a quem já andou metido nestas coisas, eis que a quinta onde a festarola se irá realizar está praticamente decidida. É bonita, a comida parece ser boa e tem a salinha que eu queria para poder fugir ao bailarico (é que esta noiva não dança). Falta empurrar o mais-que-tudo até lá para que veja com os seus próprios olhos, e dar a dinheirama do sinal pois tá claro. Tinha de haver dinheiro envolvido. Ai Tahiti, Tahiti...

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Hoje vou começar a fazer contas a sério.
- 1,80 euros por bolo;
(e não é que o meu teclado não tem o simbolo do euro? e qd o comprei já havia euros à fartazana - mas não no meu bolso obviamente ou não estava com esta conversa dos preços das coisas)
- 1,70 por convite;
Ora, um bolo por casa? Um por cada duas pessoas?
E os convites? Os filhos que têm mais de 20 anos e moram com os pais merecem um convite à parte, ou basta o nome no envelope? E depois, será que sabem que podem levar acompanhante?
Dúvidas. Tantas dúvidas. Tenho de ir ler o manual.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Se a Julie (sim, do Julie & Julia) cozinhava todos os dias, o que fazia com os restos? Será que comiam tudo até ao fim? Faria porções à conta? Ou mandava o que sobrava para o lixo? É que sobra sempre que faço alguma coisa, nem que seja arroz. Guardo no frigorífico e semanas mais tarde descubro o tesouro escondido atrás dos iogurtes e leites com chocolate. É claro que, depois de quase vomitar duas ou três vezes só por ter aberto a tampa, acaba no lixo. Quando é sopa nem me atrevo a tocar na caixa porque sei que vou começar logo a tossir e a chorar. Tem de lá ir o mais-que-tudo, que começa a ficar um bocadinho farto e já avisou que haverão consequências caso a cena se repita. E não é que aquilo fique por lá um mês ou coisa assim e apareçam bolores, ou pior, larvas, mas tenho um sério problema com comida fria, estragada, ou restos: não suporto, fico logo com vómitos. Prefiro mil vezes o cocó na fralda dos bebés.

Note to myself

Nunca mais falar ao telefone ou mexer no computador enquanto estou a cozinhar. Nunca mais!

O bolinho de ontem? Chamuscadito... Só porque estive a falar com uma gaja que vinha do Montijo sobre quintas e orçamentos, o tema que me tem feito cair mais cabelos nos últimos tempos. Sim, a culpa é toda tua...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

The Stepford wife

Fiz o almoço (strogonoff de vaca - e ficou bastante bom, posso dizer). Passei a ferro. Troquei os lençóis. Cosi uma baínha. E agora vou procurar uma receita de um bolo que só leve 4 ovos, que é o que tenho em casa e com esta chuva não me atrevo a sair para o supermercado. (Lembrei-me agora que não vi a validade dos ditos. Espera.... Bolas! Dizem até dia 21, mas pus dentro de uma taça de água e nenhum boiou, por isso sigo para a frente com o plano do bolo.) Também estou a cozer umas maçãs para fazer uma papinha daquelas de bebé, que me está a apetecer. O mais-que-tudo saiu para a escola. Lá fora já é de noite e a tv foi abaixo com a chuva. Fiquei com United States of Tara. É muito boa.

terça-feira, 24 de novembro de 2009


Como é que, de um livro tão giro, sai um filme tão chato? Nem o consegui ver com atenção. Tudo bem que a Meryl Streep tenha encarnado a verdadeira Julia Child, mas aquela voz e forma de falar?! Credo! Irrita a cada sílaba que diga. Podiam ter ignorado essa característica da senhora. E prolonga-se e prolonga-se... e não acontece nada. Devia ter ignorado o filme e ter-me contentado com o livro.



Já agora, ao que parece, ler o livro cria a mesma sensação de curiosidade em todos. Descobri este post no infinito dos blogs. Pensamos todos no mesmo.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Não fazia ideia que a Blair andava a investir a sério na música. Vejam só o que a miúda é capaz.


Ai filha! É que nem um ensaio é desculpa para esta fatiota (incluindo a meia branca dentro do sapatinho pick-a-boo).

Socorro! A minha pinta voltou! E não me digam que é falta de higiene oral. Já experimentaram o Listerine verde? Mata tudo! E com um agradável sabor a naftalina!

Desde pequena que sonho com vestidos de noiva. Cheguei a guardar um vestido das minhas barbies como protótipo do que seria o meu quando fosse grande. Agora já sou grande, já posso vestir vestidos de noiva. O problema é que o vestido não vem só. Traz quinta, convidados, igreja, decoração, convites, lembranças, e sei lá que mais, cosidos em cada pedrinha que tenha de enfeite. Ontem, depois de ter ouvido pela centésima vez o meu pai a dizer-me que não devo casar, que nem sequer devo ter filhos, porque só estou a estragar a minha vida e a acabar com a minha liberdade, depois de ter recebido o orçamento para a quinta que fui ver e perceber que a festinha me ia custar perto de 25 000 euros, quis desistir de tudo. Quis fugir com o mais-que-tudo para um sítio quente e fazer uma coisa só nossa. Com o meu vestido de noiva (seja ele qual for). O Tahiti não me pareceu nada mau.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Estou de férias. Estou de férias e parece que tenho uma mola no rabo que desperta às 9 da manhã e me faz levantar da cama em vez de ficar a dormir até ao meio dia. Fico aborrecida, tento ficar mais um bocadinho na ronha, mas parece que já tão tenho posição.
Enfim, hoje até foi bom ter acordado cedo porque estava um sol fenomenal, que me pôs logo a lavar roupa para ver se seca ainda hoje. (É de manhã que o meu eu doméstico fica mais activo.) Depois sentei-me na varanda a bebericar tofina e a ler mais um bocadinho do Julie e Julia. Este é mesmo o livro certo a ler para quem quer ficar inspirado na cozinha. Ontem encontrei o Mastering The Art of French Cooking, da Julia Child na FNAC, o tal livro de receitas que a Julie se propôs a seguir num ano, e quase que o comprei. Estava em inglês, o que por vezes dificulta na elaboração de receitas já que as medidas são diferentes e os termos muito técnicos, por isso voltei a pô-lo na prateleira. (Por mais fluente que seja o meu inglês, há coisas que não sei o que querem dizer e andar com um dicionário atrás na cozinha não me parece o indicado.) Tenho os livros da vaqueiro da minha mãe, que me parecem ser o suficiente se por acaso me der um ataque semelhante.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Aquilo sobre o que falava ontem.

Grey Gardens


Vi este filme há pouco tempo. Impressionou-me por ser baseado em factos reais, por ter havido alguém que viveu em tão más condições, alguém que um dia teve tudo e ficou sem nada. Sobrou-lhes a boa disposição e a pose. Posso ter a casa toda podre e não ter dinheiro nem para comer, mas deixa-me cá pôr batom para receber convidados. E a amizade entre mãe e filha - linda.

Resumo da noite

A sopa estava óptima, o arroz ficou soltinho e o frango (fiz frango em vez de peru) estava mais ou menos. Apaguei as luzes todas cá de casa e acendi só velas. Ambiente romântico? Nada disso, só queria que não se visse o queimado. Faz de conta que era caramelizado. E na verdade até estava bom. Comemos tudo, acompanhado por um vinho branco fresquinho e ao som de Chico Buarque. Muito bom.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Bolas, queimei o fricassé. Bolas, bolas!!

Video Phone

Acabei de ver o video novo da Beyonce com participação da Lady Gaga. Está explicada a carrada de adereços e maquilagem que a Gaga usa. A menina não é lá muito bonita.
Deixem-me cá ir ver como é que está o fricassé. Acho que vou fazer um gin tónico.

Não tenho balança e a receita dizia 200gr de batatas. Toca a segurar um pacote de manteiga numa mão e duas batatas noutra. Pareceu-me equilibrado.

O livro que estou a ler inspirou-me. Hoje vou fazer o jantar!!
Vichyssoise e fricassé de peru com tomilho.
Parecem-me receitas fáceis e como o mais-que-tudo só sai às 22h, ainda tenho tempo para ir comprar frango assado para o caso da coisa correr mal.
Vai, vai que ainda começo a fazer as receitas todas do livro do pantugruel (excepto as tripas, as línguas e os rins - blhaac).

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Gosto tanto deste rapaz. Voz de veludo.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009










(Muito obrigada R. Muito giros!)


Já lá vão quase dois anos desde que acabou tudo. Dois anos de vida saudável e feliz. Dois anos de confiança nas coisas boas que o destino pode trazer. Bastou uma frase e toda a minha existência mudou. "Já tens o meu número. Se quiseres podes ligar." (Duas frases na verdade.) E ele ligou. Nunca mais fui a mesma. Imagino que as pessoas que me conhecem há mais tempo conseguem ver a diferença.
Talvez pensem "dois anos desde que acabou tudo ou dois anos desde que começou tudo?" Pois. Neste caso, dois anos desde que acabou tudo, porque faz-me confusão ter passado tanto tempo e eu ainda pensar nele, ainda olhar automaticamente para a matrícula dos carros que passam para ver se é ele, para ver se é aquela assombração do passado. Faz-me confusão em sentir ainda curiosidade em saber como é a casa em que vive depois de o meu irmão me ter dito que esteve lá a jantar. Não que ainda goste dele ou coisa do género. Sei que não. Tenho a certeza que é pessoa que não ia querer de volta nem que pintada de ouro. Mas está entranhada na minha vida, nos meus hábitos, e às vezes quase que bato em mim mesma porque continuar a fazer coisas que fazia há dois anos atrás. Não é de propósito. É inconsciente. Sei que com o tempo vou deixar de as fazer, mas bolas! Já passaram dois anos, não era suposto já ter esquecido as letras da matrícula?? Ao menos não sei o número do telemóvel de cor!

Porquê?? Mas porquê?? Alguém consegue encontrar uma razão lógica para explicar o facto de, em algumas lojas, não ser permitido tirar fotografias durante as sessões de experimenta vestidos de noiva. Não me digam que é com medo que copiem os modelos. Não estão estes mais do que fotografados e expostos por essa internet fora?? E se quiser decidir em casa de qual gosto mais, tenho de ir ver como fica nas modelos em vez de ver como ficou em mim? Não! Vou à loja de novo, fazê-las desarrumar o vestido mais uma vez e vir embora sem comprar nada. Pode ser que aprendam. Gente idiota.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Dia do magusto


Hummm, castanhas e água pé...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

FêCêPê

O senhor Pinto da Costa não tem maneiras, a mãezinha não o educou com esmero e o dinheiro que ganhou também não lhe trouxe brio algum. Quando pega num jornal e a revista do suplemento cai ao chão por acidente não se baixa para a apanhar, espera que algum escravo passe e a apanhe. Pergunto-me se fará o mesmo em casa.
Já os meninos do plantel parecem crianças da escolinha privada, todos fardadinhos, vestidos de igual com fatinhos feitos à medida que lhes assentam que nem uma luva. (E sim, é verdade que há lá um ou dois que eu era capaz de levar para casa para dar banhinho e pôr na caminha, não fosse já eu uma mulher de respeito.) Quando um pede um copo de água, pedem todos como se estivessemos a atravessar o deserto. Não eram capaz de esperar 10 minutos para o início do serviço da refeição. Ai que têm tanto mimo!! E estão tão mal habituados!


E quando o Cristian Rodriguez brinca e nos pergunta se escrevemos o número de telefone no recibo das vendas o que fazemos? Coramos e rimos enquanto respondemos um não prolongado. Se fossem outros tempos que já lá vão... Sim, porque quando era uma jovem inconsequente tive o número do Iankauskas. Não tive foi coragem para ir avante com a conversa do engate e a minha vida como maria chuteira ficou por aí.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Cenário: Eu, na casa de banho, sentadinha na sanita "doing my thing".
Pensamento idiota: Imagine-se lá se o prédio ruísse agora. Ia ser encontrada num belo estado, ia.
Explicação: Obras no rés do chão lá do prédio que, para além de me acordarem todos os dias logo pela matina, conseguem fazer as paredes e o chão estremecerem com cada martelada demolidora.

domingo, 1 de novembro de 2009

Que porcaria!

Há dois dias que sentia uma coisa esquisita na garganta. Parecia que tinha engolido um cabelo e comesse ou bebesse o que fosse, não passava. Cheguei a enfiar os dedos pela garganta abaixo na esperança de conseguir mexer ou empurar o que quer que fosse que me incomodava. Resultado: tosse de cão ou vómitos que me deixavam com lágrimas nos olhos. Então hoje decidi olhar para o problema de frente. Abri a boca em frente ao espelho e quase que vi a cor das cuecas que vestia. Dei com o problema num clique. Uma coisa feiosa, semelhante a uma afta ou a uma borbulha nojenta da adolescência. Mexi-lhe com um cotonete e nada. Espetei um dedo pela garganta abaixo e parecia rijo. E aí o meu lado hipocondríaco veio ao de cima e comecei a imaginar que era uma coisa muito má, que ia crescer durante a noite e ia acabar por morrer sufocada. A esta altura do campeonato já estava no Funchal e então, sem outro remédio para curar a minha insanidade mental temporária, pus-me a caminho das urgências do hospital. Triagem, depois sala de espera durante uma hora, e então eis que soa o meu nome nas colunas.
Consulta:
Médica (ou enfermeira, nova por sinal, ao estilo de Anatomia de Grey):
- Então, dói-lhe a garganta?
Eu:
- Não.
Médica/enfermeira:
- Então porque é que veio às urgências?
Eu (já a sentir-me uma idiota por estar ali e a tentar manter a compostura):
- Porque me incomoda. (Chamem-me mariquinhas, o que quiserem, já não aguentava a sensação de "cabelo na garganta". Estava a enlouquecer.)
Médica/enfermeira:
- Ok, vamos ver isso. Abra a boca. Ah, estou a ver. Marisol!! Podes vir aqui um instante.
Comecei a pensar o pior. Ai, deuses do Olimpo que até é preciso uma segunda opinião. Será um quisto maligno?
Apareceu outra rapariga do género Anatomia de Grey para espreitar para a minha boca:
- Sim, estou a ver. Dá-me lá a espátula. Essa não, gosto mais da outra. Pronto, assim. Já está. Era porcaria.
Eu, indignada, enojada:
- O quê? Porcaria? - (Na minha boquinha? Nheca!)
Médica/enfermeira 1:
- Sim, comida. Agora já não sente o incómodo, pois não?
- Não... Sinto a espátula e o sabor a madeira...
- Está tratado. Adeus e obrigada.
O quê? Só isto? Sem internamento? Sem exames? Rebentaram-me a coisa esquisita como se fosse uma borbulha e mandam-me embora? E estive aqui à espera durante uma hora a arriscar-me de apanhar uma coisa pior para me rebentarem a cena como se fosse uma borbulha? Sem sequer levar uma anestesiazinha? Nem sequer betadine?? Se soubesse tinha rebentado em casa! Poupava os 5 euros do táxi.

sábado, 31 de outubro de 2009

Bolas!


Tenho de largar o computador e ver se começo a passar a ferro.

Chamem-me pirosa, ou outra coisa pior, mas esta é a verdade: gosto de ver O Mundo de Patty. Sim, é uma série argentina ao estilo Floribela, tem direito a cantorias e tudo, mas gosto de a ver e largo o comando da tv, parando o zapping, sempre que vejo que está a dar. Acho que é engraçada e ternurenta. E na verdade ainda sou uma miúda que prefere ver desenhos animados nas vezes do telejornal.
Já quando é o National Geographic, mudo logo. Não consigo suportar um minuto de programas sobre a vida animal. Desculpem lá bichinhos, mas são coisa que não me despertam a mínima curiosidade.

Pure bliss

E para comemorar o meu maior ordenado de sempre, fruto dos meus dias de trabalho intensivo em Agosto, fomos jantar ao Ramiro. Comi a maior pata de sapateira que alguma vez tinha comido regada com vinho verde. Muito bom para o ácido úrico, dizia o mais-que-tudo, só faltavam os morangos. Não tinham morangos, tinham doce d'avó. Fiquei de barriga cheia e voltei a casa de braço dado ao mais-que-tudo, satisfeita com a vida e a pensar se alguma vez imaginara poder ser tão feliz. Fizemos planos para o futuro pelo caminho, rimos alto sem medo de acordar os vizinhos. E houve beijos, muitos beijos.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009



Este fez-me dar muitos abracinhos ao mais-que-tudo, apreciá-lo mais ainda e agradecer às fadinhas e aos deuses do Olimpo por ter tido a sorte de o encontrar e estar com ele. É que a tónicha do livro chega a pensar em deixar o marido, o marido perfeito que a adora (rico ainda por cima), para dar uma segunda chance ao ex-namorado que a deixou de coração partido anos antes. Burra, burra, burra. Nem que o Gary Barlow me aparecesse pintado de ouro à frente, eu o ia trocar pelo meu mais-que-tudo, quanto mais um ex-namorado ranhoso que me fez chorar. Felizmente no fim lá teve o discernimento de fazer a escolha certa.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Tralha velha

Estive a limpar as gavetas da sala. Tinha de ser. Eu sei que o que lá estava não era da minha conta, mas se não fosse eu a fazê-lo ninguém mais o faria. Era capaz de mudar de casa antes, o que talvez nem fosse mau e me impedisse de ver o que vi. Cartas e cartas da outra, da que antes andou por estas paragens. Fotografias e mais fotografias dela, rolos inteiros. Não li carta nenhuma, nem me pus a ver as fotografias. Sei que isso só me ia fazer mal. No entanto senti ciúmes de um tempo que não foi meu, porque sei que partilharam momentos importantes, e eu não estava cá ainda...
Seja como fôr, enfiei tudo numa caixa. Cartas para um lado, fotografias para outro. Tudo longe e fora do alcance.

domingo, 25 de outubro de 2009

Esquecemos que temos tanto para ver, tanto para conhecer. Tomamos as cidades dessa Europa fora como adquiridas e nem nos damos ao trabalho de as descobrir. Vamos sempre aos mesmos sítios, metemo-nos sempre nas mesmas lojas (que são iguaizinhas às nossas, preços e tudo) e voltamos ao hotel deixando para trás os museus, as exposições, os recantos únicos. Voltei a fazê-lo, em Bruxelas e pela segunda vez. Vi pouco, mas ficam aqui as fotos do passeio curto. Vou fingir que não me enfiei na H&M a comprar coisas que existem cá (excepto uns sapatos lindos que nunca encontrei cá e que infelizmente não havia no meu número) e que não fui almoçar ao Mcdonald's. Shame on me!













quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Sensacionalismo


Gosto de ver revistas cor-de-rosa. São as minhas preferidas. Geralmente não chego a ler os artigos, apenas passo a vista pelas gordas e vejo as fotos ao promenor. Comento as roupitas, abro a boca quando descubro algum casal que considerava improvável, ou simplesmente pergunto "mas quem é esta?". Acho que me distraem, ajudam a passar o tempo nos voos mais longos. Agora, quando ouço a publicidade desta semana da Lux, no rádio, em relação à Fernanda Serrano, fico indignada. Mas qual é o interesse em saber se foi a uma clínica estética para emagrecer? Quantas o fazem? Não as vejo nas revistas, pois não? Porque é que a desgraçada não pode fazer o que quer com o corpo dela em paz? Tanta coisa mais gira para contar! Deixem lá a mulher voltar à silhueta antiga com a ajuda dos avanços médicos! Teve 3 filhos, tem direito! Quando estiver na mesma situação e se tiver dinheiro, farei o mesmo. Sem dúvida!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Não vale a pena irem para as filas intermináveis, fazerem reservas na internet, esperarem poder comprar na candonga, esqueçam lá isso. Para o ano NÃO PODEM ir ao concerto dos U2. Já têm planos para essa data, tá?


vesti um vestido de noiva. E depois dois, e depois três... Sei que é muito cedo, que ainda falta muito tempo para o grande dia, mas passei a vida toda à espera deste momento e só o facto de os experimentar já me deixou "de barriga cheia", com um brilhozinho nos olhos, com vontade de que o tempo passe mais depressa. Tinha de ser, já não aguentava mais a curiosidade. Fui a uma loja, faltam ainda duas ou três.

domingo, 18 de outubro de 2009

Veneza: 15ºC
Oslo: 7ºC
Amsterdão: 10ºC
Frankfurt: 8ºC
Na Europa já é Inverno. Já o senti na pele e no pingo no nariz.

sábado, 10 de outubro de 2009

Não fiz grande coisa. Vim para casa de mamãe, deixei-me ficar. Fui almoçar com as amigas, fui jantar com as amigas, fui ao café com as amigas. Fui entregar encomendas do pai a Leiria. Fui entregar encomendas do pai a Alverca. Cortei o cabelo. Fiz puzzle com a mãe. Fiz puzzle todas as noites com a mãe. Vi o último episódio da telenovela. Vi o primeiro episódio da telenovela nova. Tive a visita do mais-que-tudo. Dormi agarradinha ao mais-que-tudo. O mais-que-tudo foi conversar com o meu pai e pedir-lhe a minha mão. Fui ver quintas e salões com o mais-que-tudo. Tive um dia muito complicado cá em casa e chorei nos braços do mais-que-tudo. Fui ver quintas e salões com a mãe. Fiz contas à vida. Faltei ao aniversário da sogra com preguiça de sair mais cedo da casa da mãe e voltar à vida de sempre. Recebi um elogio do trabalho. Descobri que estou com anemia. Fiz mais puzzle (3000 peças, entretanto tá acabado). Comi frango assado. Comi pão quente com manteiga. Jantei pão com manteiga e tofina. Amanhã regresso a casa, à minha casa.
Terça-feira volto ao trabalho e espera-me uma das piores semanas que já tive ou possa ter. Por enquanto vou deixar-me ficar e deixar-me ser filha, como criança, sem sequer despir o pijama até às 3 da tarde.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Desencorajada

O meu pai diz-me para não me casar sempre que me vê. É porque vou estragar a minha vida, é porque se estou bem, porquê mudar, é porque vou gastar muito dinheiro e agora não o temos. Ontem, nos 15 minutos que estivemos juntos, a caminho de casa, fez-me uma lavagem ao cérebro de tal forma que cheguei a casa com vontade de cancelar tudo (cancelar o plano, porque ainda não está nada oficialmente marcado). Cheguei a pegar na minha lista de convidados e começar a ver quem podia cortar. Mas não posso cortar ninguém, são todos família e amigos! Depois falei com o mais-que-tudo, desanimada, e ele, à sua maneira conseguiu restituir-me o sonho. "Nós conseguimos, só temos de nos sentar à mesa e elaborar um bom plano." O meu querido mais-que-tudo, que até pensou que o que eu não queria era casar com ele porque tinha mudado de ideias. A culpa não é dele, é do dinheiro! Raios partam o dinheiro, porque se tivesse muito já vos dizia como é que era!

Porky's

Conseguem reconhecê-la?

Fica aqui uma das cenas. Qual American Pie, qual quê? Este é um clássico!!


Vi este filme no colégio interno quando tinha 11/12 anos. As freiras davam-nos bonbons de vez em quando ao alugar filmes para vermos antes de ir dormir. A que alugou este não devia estar boa da cabeça porque encontrei-o classificado como filme de horror (e talvez tenha sido essa a razão para não ter saído da minha memória até hoje). Deve ter sido a mesma que alugou o Porky's, e que depois só nos deixou ver os primeiros minutos até se aperceber da verdadeira natureza do filme. "Ai o malandro do senhor do clube de vídeo que me disse que isto era uma comédia!" Comédia era, mas não para os olhos e mentes de pré-adolescentes. Continuando, encontrei este filme agora e vou revê-lo com olhos de adulta, para perceber se as imagens que se mantêm tão vívidas na minha memória (como a das bolachas envenenadas e o final com a morte da mãe em vestido de noiva) são verdadeiras, ou fabricadas pelo subconsciente para que nunca me esquecesse do filme.

sábado, 3 de outubro de 2009

Luca


O nosso restaurante fechou. Fomos lá no nosso primeiro encontro, depois para comemorar o primeiro ano que passámos juntos e no aniversário do mais-que-tudo. Quis o destino que nos sentássemos na mesma mesa em duas das vezes. Para quem o conhece sabe que é preciso muita coincidência para isso acontecer, já que mesas são coisas que por lá não faltam. Ficámos sem o nosso sítio, sem onde voltar para recordar a nossa primeira conversa, para me lembrar das asneiras que disse, que o fizeram rir por alguma razão desconhecida e que o deixaram com vontade de me ver de novo.

Tinha os melhores mojitos que alguma vez bebi.

O dia seguinte


Neste dia, daqui a um ano, vou acordar com bolhas nos pés, dores nas pernas, o cabelo cheio de laca e vontade de poder ficar na cama mais um bocadinho. Vou acordar com um anel novo no dedo e com o "meu marido". Vou juntar as nossas mãos enquanto ele ainda dorme para ver que bem que ficam juntas com as alianças iguais. Vou estar feliz como nunca, contente por ter corrido tudo bem e pronta para o que vier.

É claro que são só planos, o destino traz coisas que não esperamos (e eu acredito no destino), mas espero que o caminho até lá seja calmo, sem buracos. Se cair num, que saiba sair dele, porque para o ano quero acordar neste dia feliz como nunca, com uma aliança no dedo e o maridão ao meu lado.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Hoje em dia, quando olho para trás e recordo o meu passado, ainda meio recente, não sinto orgulho nenhum. Na altura vivia o dia a dia, achava que fazia tudo parte de um processo em que ia aprender muito, que era um meio para atingir um fim e que, mais cedo ou mais tarde, o meu tempo chegaria. Ia ser feliz, tinha a certeza. Não estava enganada. Sou feliz, mais do que podia imaginar poder ser. No entanto, olhando para trás, para o entretanto que foi a minha vida, o entretanto em que "vamos cá aproveitar a vida enquanto o príncipe não aparece", percebo agora que fiz tudo ao contrário. Fiz tudo o que jurei que nunca deixaria que me fizessem. Deixei que abusassem de mim, deixei-me ser a outra, aquela mulher que todas detestam, porque é a má da fita, a que está a comer da panela de outra. Nunca me impus, nunca tomei rédea da situação, e, para me livrar de tudo, apenas deixei que morresse, que caísse na rotina e se gastasse até nem sobrar a vontade de o encontrar na rua. E enganei-me durante este tempo todo, inventava desculpas para o facto de não estar comigo, para o facto de preferir ficar com a namorada do que comigo. Na minha cabeça éramos certos um para o outro, só nos tínhamos cruzado na altura errada. Eu era muito nova, muito verde, por isso é que me trocava por outras. A verdade era que não gostava de mim o suficiente, esta é a verdade. Sei-o. Sei-o e do alto da minha experiência, digo a quem quiser ouvir: Quem gosta tem sempre tempo para a pessoa amada. Quem gosta responde sempre às mensagens, aos telefonemas. Quem gosta liga só para saber como a outra pessoa está, sem segundas intenções. Quem gosta faz quilómetros só para irem jantar juntos, para estarem uma hora que seja juntos. Quem gosta assume, mostra a todos que estão juntos, de mãos dadas, abraçados, beijos na escada rolante e no meio da rua. Quem gosta vai buscar a casa a pessoa amada, à porta da frente, não se combinam encontros no parque de estacionamento de tal sítio onde se sabe que ninguém os reconhecerá. Quem gosta não vai embora depois do sexo, dorme junto, até de manhã, dorme agarradinho e vai dando um beijinho ou outro durante a noite. Quem gosta procura, não precisa ser procurado, está lá disponível para nós, com o nosso nome no topo da lista de prioridades. Acabam-se os jogos. Ele não gostava de mim. Ponto. Felizmente há quem goste.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Esta é a musica do momento. Gosto do ritmo, da batida, deixa-me bem disposta, com o nariz empinado e uma sensação de confiança em mim própria. Faz-me bater o pezinho,abanar os ombros e balançar a cabeça, coisa rara em mim. Ouço uma e outra vez, até à exaustão.

domingo, 27 de setembro de 2009


Há dias em que chego a casa e apago. Não a dormir, mas sentada no sofá, desligada, apática, com o olhar vazio. Não quero ver televisão, não quero sair, não tenho nada para dizer. Fico ali parada simplesmente, sem emoções, sem vontade nenhuma. E ele, ali ao meu lado, pergunta "estás triste?". Não estou triste, não estou nada. Estou deslocada, é só.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Muito bom

Acabei de ver este video na Oprah e fez-me rir à gargalhada. Reparem bem no jeitinho que estes moços têm para a dança. E o bem que o Justin Timberlake fica com este modelito.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Agora que já saí do médico é que me sinto doente. Tive de vir fazer tempo para o Vasco da Gama e, em vez de andar metida nas compras, sentei-me no sofá e sinto-me perdida de sono. A Red Oak à minha frente e eu sem forcinhas para lá entrar e perceber pela milésima vez que é tudo a puxar para o carote. Deve ser efeito secundário da vacina que me espetaram no braço. Já agora, alguém me sabe dizer porque é que aqui a língua que ouço menos é o português? De onde é que saiu esta estrangeirada a falar esquisito?

Será que?

Sei em que vida ando, sei o que faço e tomo as devidas precauções, mas sempre que me perguntam se estou grávida antes de um raio x, ou antes de uma vacina, respondo sempre que não com um piozinho e ainda fico a pensar no mal que estou a fazer à hipotética criança.

domingo, 20 de setembro de 2009

Metida na cozinha

Hoje foi dia de fazer sopa pela primeira vez e uma receita nova de um bolo. A sopa ficou óptima, o bolo nem por isso, mas come-se.

...nenhum canal de televisão ter passado ainda o Dirty Dancing. A SIC lá se lembrou de fazer hoje a homenagem ao nosso Patrick Swayze.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

  • Ontem comprei duas revistas de noivas, que me custaram os olhos da cara, e percebi que, se tirarar a publicidade aos vestidos, têm 8 páginas de conteúdo.
  • Comprei uma agenda e já comecei a fazer a lista de convidados. (Também comprei 2 cadernos, post-its e canetas às cores, mas isso foi porque fiquei com a febre do regresso às aulas a ver aquelas coisas novas todas, e tive de comprar umas coisitas para mim mesmo que não me vá sentar numa sala de aulas tão cedo.)
  • Encontrei uma coisa muito gira para se fazer, que vai ser segredo porque não quero que ninguém copie, mas ainda tenho de descobrir quanto me vai custar.
  • Já sei a massa do bolo que vou querer no meu casamento. Já tenho a receita. Só falta encontrar a pastelaria que o faça. A decoração vai ser outra conversa.

Só ontem à noite tive oportunidade de ver parte da cerimónia. Foi preciso pouco para ficar com a boca aberta de incredulidade. Não foram as idiotices ditas pelo Russel Brand, nem os fatos mirabulantes ou a actuação da Lady Gaga, foi mesmo a parvoíce do Kanye West. Que ideia foi aquela de subir ao palco quando a tadita da Taylor Swift estava a agradecer o primeiro video music award? Da sua vida?! Tudo bem que a Beyoncé tem mesmo um dos melhores videos de sempre, mas a outra coitadinha merecia o seu tempo de glória e ficou ali especada sem saber o que dizer. Não merecia. Ainda bem que lá mais para a frente a Beyoncé remediou a situação e chamou a miúda ao palco. "É pá, amigas, pá. Não tenho nada a ver com aquele louco!"

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Mais Moscovo






















Sim, porque, apesar de tudo, fiz o meu papel de turista. E posso dizer que é das cidades mais limpas onde já andei. Bebem muito, mas não pôem lixo no chão. Nem cigarros. Parabéns.

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