terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Para as primas

Confesso. Confesso e peço desculpa por isso. Tenho sido egoísta. Não só com vocês, mas com o mundo em geral. Enfiei-me num casulo onde julgo ser feliz e deixei todos aqueles que me são queridos do lado de fora. Faltei às festas de anos, às idas para os copos, aos lanches de domingo e não tenho nenhuma desculpa razoável para o ter feito. Simplesmente fiquei nos braços do mais-que-tudo, a fazer nenhum, no engonhanço. É que, apesar de já estar com ele há um ano, isto de amar e ser amada ainda me parece novidade, sonho, coisa que só acontece nos filmes. Então ando a aproveitar o máximo que posso, a tratar de ser feliz. Mas sei que a minha vida não é só o que faço com ele. Há a família, existem os amigos e tenho de arranjar tempo para eles. Tenho de conseguir fazer o que prometi, aparecer mais. Vamos para os copos, vamos rir com as histórias do costume. Vamos combinar a máscara do Carnaval. Marcar já mesa no Manelvina. Juro que apareço. Já tenho saudades vossas primolas!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Keys to heaven




Não tenho escrito muito, é verdade. Mas tenho novidades.


Quando fiquei sem desculpas, ou elas deixaram de fazer sentido, concordei. Queres mesmo que eu vá viver contigo? Está bem, eu vou. Já não interessava que não tivesse lugar à porta para estacionar o carro, ou que tivesse de acordar uma hora mais cedo para ir para o trabalho e não apanhar trânsito. Já nem me fazia diferença viver porta a porta com a mãe dele. Gosto da senhora, não havia de me incomodar. O que queria era tê-lo por perto, andar pendurada ao seu pescoço sempre que fosse possível. Então no Natal, no frio de Milão, deu-me o melhor presente de todos: as chaves de sua casa. (Também me deu um notebook HP lindinho e fofinho, mas gostei mais das chaves e do porta-chaves que escolheu.)


O passo seguinte seria dizer à minha colega de casa, informá-la da minha decisão, pedir o divórcio depois de 4 anos a vivermos juntas. Andei agoniada, nervosa, quase que fugia dela. O mais-que-tudo perguntava "então? já lhe disseste?", e eu com desculpas, "não, estava a dormir" ou "hoje não parecia muito bem disposta". Até ao dia em que disse, nervosa e com medo da sua reacção. Correu bem, felizmente. Já devia estar à espera e nem ficou aborrecida. Acaba por ser um passo em frente para as duas.



E agora? O que falta?

Pôr a casa dele em ordem. Arranjar espaço no armário para a minha roupa, comprar um camiserio para as camisolas. Tirar os discos e os cds da cozinha para que se possa cozinhar em condições, tirar os talheres e os pratos que nunca foram usados dos plásticos e comprar comidinha dentro do prazo de validade (encontrei massas e bolachas que expiravam em 2005). Pôr muita coisa para o lixo (revistas antigas que foram ficando, caixas de sapatos vazias e cartas da ex que por lá encontrei dentro de um saco - que vontadinha tinha de as ler). Casa de rapaz solteiro é dose! É um work in progress. Sempre que arrumamos um cantinho parece que ganhámos uma batalha e paramos uns minutos a olhar para a nossa obra, como se fosse uma obra de arte arrumar o armário das mercearias e dos tupperwares.

Ah, falta também arejá-la, tem um cheiro a tabaco entranhado graças ao seu mau hábito de fumar em tudo o que é canto. Andamos a tentar mudar isso, com muitos gritos "VARANDA! JÁ!"


Mais um mês ou dois e estou lá. Já ando de olho no ginásio ao lado. Pode ser que me inscreva.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Family Guy


Ele adora. Delira! Ri à gargalhada. Pára o que estiver a fazer sempre que descobre que está a dar na tv. E eu, que achava que eram uns desenhos animado parvos, começo a achar graça...

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