sábado, 28 de fevereiro de 2009


Passei a tarde de ontem feita fada do lar. Fui ao supermercado, pus a máquina a lavar os tapetes e eu própria lavei tudo o que havia de loiça nesta casa, incluindo panelas. Limpei os armários, arrumei os copos, as canecas (descobri que haviam 12 iguais, daquelas que ninguém usa porque a medida fica entre o ainda-tenho-meia-sandes-para comer-e-já-não-tenho-café e o é-grande-demais-para-fazer-um-café-expresso. Segundo consta, estavam em promoção, logo, compra quantas puderes mesmo que não uses metade), os pratos, as taças... Estava morta quando acabei de lavar o chão.

Hoje é dia de limpar a casa de banho. O homem foi trabalhar de madrugada e eu fiquei na cama. Levantei-me ao meio dia, dei uma volta pela cozinha, torrei uns scones e fiz uma tofina. Logo iria dar atenção à casa de banho. Agora, deixa cá ver o que está a dar na televisão. O extreme makeover! Olha que bom! Dez minutos depois já estou a chorar. Os pais são surdos e têm dois filhos, o mais velho toma conta de todos e o mais novo, para além de cego é autista. Digam o que disserem, que é exploração, que é um apelo ao sensasionalismo, que quase se compara aos programas da TVI, gosto deste programa e vejo sempre que o apanho. Escolhem as pessoas que ajudam a dedo e às vezes vê-se cada pardieiro, que não se imagina como conseguem lá morar. Há muita miséria por aí e é bom ver que há quem ajude, mesmo que com um olho nas audiências.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Time to grow up

Entrei de férias. Veio o carnaval. Foi o carnaval. Continuo de férias. Debaixo das asas da mãe, mas com vontade de ir para longe, para aquela que passa a ser a minha nova casa. Começa agora o dilema do onde devo estar. Em casa, com a mãe, que só me vê nas folgas e durante algumas horas, e que é quem tem sentido mais a minha ausência? Ou em casa, com o mais-que tudo, a construir um lar, a ver o que ainda nos falta na cozinha, a esperar que chegue do trabalho para o receber com pulinhos de alegria pela casa fora? Talvez esteja na hora de cortar o cordão umbilical. Talvez ainda deva aproveitar o tempo que me resta como filha, antes de me tornar numa "esposa". Ou então dividir bem o tempo que tenho entre os dois e aproveitar o bom dos dois mundos. Mas assim, parece que deixo sempre um a perder...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

IKEA

Fomos lá há coisa de uma semana, talvez mais. Passeio bonito, à casal romântico, ver camiseiros ou cómodas para guardar a roupinha da menina. Encontrámos um movelzito apropriado e toca de fazer a compra. Até tinha desconto do cartão família, que maravilha.
Caixas eram duas, cada uma mais pesada que a outra, mas conseguimos enfiá-las no carro. Para as tirar? Demorou um bocadinho. Uma num dia, a outra passados dois ou três. O pobre mais-que-tudo quase que dava um mau jeito às costas, já que eu estava fora, em Barcelona segundo lembro e ele carregou o monstro sozinho. Nessa noite tentou montar as peças, e, azar dos azares, duas partidas. Conversa com o Ikea resulta no "tem que devolver tudo para fazermos a devolução".
Chego de Barcelona, embrulhámos tudo nas caixas de novo, enroladas em fita cola castanha. Carregar de volta ao carro, conduzir para Alfragide, tirar do carro, levar às devoluções e está tratado. Temos um crédito para fazer uma nova compra. Sabe onde está o móvel, ou precisa que lhe diga qual é o corredor? Não, sabemos bem. Entrar pelo armazem? Só podem estar a brincar. Temos de dar a volta pela exposição, descer para as utilidades e corrê-las todas de novo. Depois móvel no carrinho, móvel na caixa. Tá pago, vamos embora. Carregar o carro, chegar a casa, descarregar o carro e começar de novo a montagem. Desta vez a quatro mãos. Correu bem, fazemos uma boa equipa e como ele disse "se alguma vez precisarmos de dinheiro, vamos montar móveis para viver".
Já arrumei a roupa que andava lá por casa espalhada. Já tenho uma gaveta para as calças, outra para as camisolas grossas e outra para as t-shirts. Uma maravilha. E tudo feito com amor.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Eles andam aí

E num dia tão bonito como este, venho por cá demonstrar o ódio que sinto por esses espertinhos da estrada (taxistas incuídos). Fico revoltada, reviram-se-me as entranhas, toda eu sou nervos e maus pensamentos em relação a tais pessoas. Aquelas que, em vez de esperar pacientemente na bicha do trânsito como todos nós, meros mortais, se acham maiores, mais importantes, os reis da macacada preta, e ultrapassam todos para depois se meterem mais à frente atravessando o risco contínuo, impondo-se sobre os outros desgraçados que já estão no pára-arranca há 10 minutos. Devem achar que são muito espertos e que o resto é burro por não o fazer também. Afinal somos um ser com livre arbitrio. Rogo-lhes pragas e digo baixinho "o que é deles, está guardado..."

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