sábado, 31 de outubro de 2009

Bolas!


Tenho de largar o computador e ver se começo a passar a ferro.

Chamem-me pirosa, ou outra coisa pior, mas esta é a verdade: gosto de ver O Mundo de Patty. Sim, é uma série argentina ao estilo Floribela, tem direito a cantorias e tudo, mas gosto de a ver e largo o comando da tv, parando o zapping, sempre que vejo que está a dar. Acho que é engraçada e ternurenta. E na verdade ainda sou uma miúda que prefere ver desenhos animados nas vezes do telejornal.
Já quando é o National Geographic, mudo logo. Não consigo suportar um minuto de programas sobre a vida animal. Desculpem lá bichinhos, mas são coisa que não me despertam a mínima curiosidade.

Pure bliss

E para comemorar o meu maior ordenado de sempre, fruto dos meus dias de trabalho intensivo em Agosto, fomos jantar ao Ramiro. Comi a maior pata de sapateira que alguma vez tinha comido regada com vinho verde. Muito bom para o ácido úrico, dizia o mais-que-tudo, só faltavam os morangos. Não tinham morangos, tinham doce d'avó. Fiquei de barriga cheia e voltei a casa de braço dado ao mais-que-tudo, satisfeita com a vida e a pensar se alguma vez imaginara poder ser tão feliz. Fizemos planos para o futuro pelo caminho, rimos alto sem medo de acordar os vizinhos. E houve beijos, muitos beijos.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009



Este fez-me dar muitos abracinhos ao mais-que-tudo, apreciá-lo mais ainda e agradecer às fadinhas e aos deuses do Olimpo por ter tido a sorte de o encontrar e estar com ele. É que a tónicha do livro chega a pensar em deixar o marido, o marido perfeito que a adora (rico ainda por cima), para dar uma segunda chance ao ex-namorado que a deixou de coração partido anos antes. Burra, burra, burra. Nem que o Gary Barlow me aparecesse pintado de ouro à frente, eu o ia trocar pelo meu mais-que-tudo, quanto mais um ex-namorado ranhoso que me fez chorar. Felizmente no fim lá teve o discernimento de fazer a escolha certa.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Tralha velha

Estive a limpar as gavetas da sala. Tinha de ser. Eu sei que o que lá estava não era da minha conta, mas se não fosse eu a fazê-lo ninguém mais o faria. Era capaz de mudar de casa antes, o que talvez nem fosse mau e me impedisse de ver o que vi. Cartas e cartas da outra, da que antes andou por estas paragens. Fotografias e mais fotografias dela, rolos inteiros. Não li carta nenhuma, nem me pus a ver as fotografias. Sei que isso só me ia fazer mal. No entanto senti ciúmes de um tempo que não foi meu, porque sei que partilharam momentos importantes, e eu não estava cá ainda...
Seja como fôr, enfiei tudo numa caixa. Cartas para um lado, fotografias para outro. Tudo longe e fora do alcance.

domingo, 25 de outubro de 2009

Esquecemos que temos tanto para ver, tanto para conhecer. Tomamos as cidades dessa Europa fora como adquiridas e nem nos damos ao trabalho de as descobrir. Vamos sempre aos mesmos sítios, metemo-nos sempre nas mesmas lojas (que são iguaizinhas às nossas, preços e tudo) e voltamos ao hotel deixando para trás os museus, as exposições, os recantos únicos. Voltei a fazê-lo, em Bruxelas e pela segunda vez. Vi pouco, mas ficam aqui as fotos do passeio curto. Vou fingir que não me enfiei na H&M a comprar coisas que existem cá (excepto uns sapatos lindos que nunca encontrei cá e que infelizmente não havia no meu número) e que não fui almoçar ao Mcdonald's. Shame on me!













quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Sensacionalismo


Gosto de ver revistas cor-de-rosa. São as minhas preferidas. Geralmente não chego a ler os artigos, apenas passo a vista pelas gordas e vejo as fotos ao promenor. Comento as roupitas, abro a boca quando descubro algum casal que considerava improvável, ou simplesmente pergunto "mas quem é esta?". Acho que me distraem, ajudam a passar o tempo nos voos mais longos. Agora, quando ouço a publicidade desta semana da Lux, no rádio, em relação à Fernanda Serrano, fico indignada. Mas qual é o interesse em saber se foi a uma clínica estética para emagrecer? Quantas o fazem? Não as vejo nas revistas, pois não? Porque é que a desgraçada não pode fazer o que quer com o corpo dela em paz? Tanta coisa mais gira para contar! Deixem lá a mulher voltar à silhueta antiga com a ajuda dos avanços médicos! Teve 3 filhos, tem direito! Quando estiver na mesma situação e se tiver dinheiro, farei o mesmo. Sem dúvida!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Não vale a pena irem para as filas intermináveis, fazerem reservas na internet, esperarem poder comprar na candonga, esqueçam lá isso. Para o ano NÃO PODEM ir ao concerto dos U2. Já têm planos para essa data, tá?


vesti um vestido de noiva. E depois dois, e depois três... Sei que é muito cedo, que ainda falta muito tempo para o grande dia, mas passei a vida toda à espera deste momento e só o facto de os experimentar já me deixou "de barriga cheia", com um brilhozinho nos olhos, com vontade de que o tempo passe mais depressa. Tinha de ser, já não aguentava mais a curiosidade. Fui a uma loja, faltam ainda duas ou três.

domingo, 18 de outubro de 2009

Veneza: 15ºC
Oslo: 7ºC
Amsterdão: 10ºC
Frankfurt: 8ºC
Na Europa já é Inverno. Já o senti na pele e no pingo no nariz.

sábado, 10 de outubro de 2009

Não fiz grande coisa. Vim para casa de mamãe, deixei-me ficar. Fui almoçar com as amigas, fui jantar com as amigas, fui ao café com as amigas. Fui entregar encomendas do pai a Leiria. Fui entregar encomendas do pai a Alverca. Cortei o cabelo. Fiz puzzle com a mãe. Fiz puzzle todas as noites com a mãe. Vi o último episódio da telenovela. Vi o primeiro episódio da telenovela nova. Tive a visita do mais-que-tudo. Dormi agarradinha ao mais-que-tudo. O mais-que-tudo foi conversar com o meu pai e pedir-lhe a minha mão. Fui ver quintas e salões com o mais-que-tudo. Tive um dia muito complicado cá em casa e chorei nos braços do mais-que-tudo. Fui ver quintas e salões com a mãe. Fiz contas à vida. Faltei ao aniversário da sogra com preguiça de sair mais cedo da casa da mãe e voltar à vida de sempre. Recebi um elogio do trabalho. Descobri que estou com anemia. Fiz mais puzzle (3000 peças, entretanto tá acabado). Comi frango assado. Comi pão quente com manteiga. Jantei pão com manteiga e tofina. Amanhã regresso a casa, à minha casa.
Terça-feira volto ao trabalho e espera-me uma das piores semanas que já tive ou possa ter. Por enquanto vou deixar-me ficar e deixar-me ser filha, como criança, sem sequer despir o pijama até às 3 da tarde.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Desencorajada

O meu pai diz-me para não me casar sempre que me vê. É porque vou estragar a minha vida, é porque se estou bem, porquê mudar, é porque vou gastar muito dinheiro e agora não o temos. Ontem, nos 15 minutos que estivemos juntos, a caminho de casa, fez-me uma lavagem ao cérebro de tal forma que cheguei a casa com vontade de cancelar tudo (cancelar o plano, porque ainda não está nada oficialmente marcado). Cheguei a pegar na minha lista de convidados e começar a ver quem podia cortar. Mas não posso cortar ninguém, são todos família e amigos! Depois falei com o mais-que-tudo, desanimada, e ele, à sua maneira conseguiu restituir-me o sonho. "Nós conseguimos, só temos de nos sentar à mesa e elaborar um bom plano." O meu querido mais-que-tudo, que até pensou que o que eu não queria era casar com ele porque tinha mudado de ideias. A culpa não é dele, é do dinheiro! Raios partam o dinheiro, porque se tivesse muito já vos dizia como é que era!

Porky's

Conseguem reconhecê-la?

Fica aqui uma das cenas. Qual American Pie, qual quê? Este é um clássico!!


Vi este filme no colégio interno quando tinha 11/12 anos. As freiras davam-nos bonbons de vez em quando ao alugar filmes para vermos antes de ir dormir. A que alugou este não devia estar boa da cabeça porque encontrei-o classificado como filme de horror (e talvez tenha sido essa a razão para não ter saído da minha memória até hoje). Deve ter sido a mesma que alugou o Porky's, e que depois só nos deixou ver os primeiros minutos até se aperceber da verdadeira natureza do filme. "Ai o malandro do senhor do clube de vídeo que me disse que isto era uma comédia!" Comédia era, mas não para os olhos e mentes de pré-adolescentes. Continuando, encontrei este filme agora e vou revê-lo com olhos de adulta, para perceber se as imagens que se mantêm tão vívidas na minha memória (como a das bolachas envenenadas e o final com a morte da mãe em vestido de noiva) são verdadeiras, ou fabricadas pelo subconsciente para que nunca me esquecesse do filme.

sábado, 3 de outubro de 2009

Luca


O nosso restaurante fechou. Fomos lá no nosso primeiro encontro, depois para comemorar o primeiro ano que passámos juntos e no aniversário do mais-que-tudo. Quis o destino que nos sentássemos na mesma mesa em duas das vezes. Para quem o conhece sabe que é preciso muita coincidência para isso acontecer, já que mesas são coisas que por lá não faltam. Ficámos sem o nosso sítio, sem onde voltar para recordar a nossa primeira conversa, para me lembrar das asneiras que disse, que o fizeram rir por alguma razão desconhecida e que o deixaram com vontade de me ver de novo.

Tinha os melhores mojitos que alguma vez bebi.

O dia seguinte


Neste dia, daqui a um ano, vou acordar com bolhas nos pés, dores nas pernas, o cabelo cheio de laca e vontade de poder ficar na cama mais um bocadinho. Vou acordar com um anel novo no dedo e com o "meu marido". Vou juntar as nossas mãos enquanto ele ainda dorme para ver que bem que ficam juntas com as alianças iguais. Vou estar feliz como nunca, contente por ter corrido tudo bem e pronta para o que vier.

É claro que são só planos, o destino traz coisas que não esperamos (e eu acredito no destino), mas espero que o caminho até lá seja calmo, sem buracos. Se cair num, que saiba sair dele, porque para o ano quero acordar neste dia feliz como nunca, com uma aliança no dedo e o maridão ao meu lado.

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