domingo, 29 de novembro de 2009

Seremos responsáveis pelos nossos sonhos? Por aqueles proibidos? Nos quais fizemos tudo o que não devíamos? Aqueles que nos iam estragar a vida toda, caso fossem verdade, mas que em sonhos até soube bem? Seremos responsáveis pelo nosso inconsciente? Por aquilo que não fizemos, mas que acabámos por viver, mesmo que enquanto dormíamos? Seremos culpados de o ter sonhado, porque aquilo afinal até era um desejo reprimido que se manifestou assim?
Ou devemos ficar contentes por tê-los? Por vivermos vidas secretas através deles? Por "pecarmos" sem ninguém saber?
Não sei não. Para mim os sonhos são perigosos. Trazem à tona coisas adormecidas, que estavam esquecidas e que voltam a misturar-se com a vida verdadeira. E com eles vêm os e se's...

sábado, 28 de novembro de 2009

Nneka - Heartbeat

Curtam só o som!

E depois de um par de meses de pesquisa, de visitas, de fazer perguntas aqui e ali, de pedir a opinião aos amigos, a quem já andou metido nestas coisas, eis que a quinta onde a festarola se irá realizar está praticamente decidida. É bonita, a comida parece ser boa e tem a salinha que eu queria para poder fugir ao bailarico (é que esta noiva não dança). Falta empurrar o mais-que-tudo até lá para que veja com os seus próprios olhos, e dar a dinheirama do sinal pois tá claro. Tinha de haver dinheiro envolvido. Ai Tahiti, Tahiti...

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Hoje vou começar a fazer contas a sério.
- 1,80 euros por bolo;
(e não é que o meu teclado não tem o simbolo do euro? e qd o comprei já havia euros à fartazana - mas não no meu bolso obviamente ou não estava com esta conversa dos preços das coisas)
- 1,70 por convite;
Ora, um bolo por casa? Um por cada duas pessoas?
E os convites? Os filhos que têm mais de 20 anos e moram com os pais merecem um convite à parte, ou basta o nome no envelope? E depois, será que sabem que podem levar acompanhante?
Dúvidas. Tantas dúvidas. Tenho de ir ler o manual.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Se a Julie (sim, do Julie & Julia) cozinhava todos os dias, o que fazia com os restos? Será que comiam tudo até ao fim? Faria porções à conta? Ou mandava o que sobrava para o lixo? É que sobra sempre que faço alguma coisa, nem que seja arroz. Guardo no frigorífico e semanas mais tarde descubro o tesouro escondido atrás dos iogurtes e leites com chocolate. É claro que, depois de quase vomitar duas ou três vezes só por ter aberto a tampa, acaba no lixo. Quando é sopa nem me atrevo a tocar na caixa porque sei que vou começar logo a tossir e a chorar. Tem de lá ir o mais-que-tudo, que começa a ficar um bocadinho farto e já avisou que haverão consequências caso a cena se repita. E não é que aquilo fique por lá um mês ou coisa assim e apareçam bolores, ou pior, larvas, mas tenho um sério problema com comida fria, estragada, ou restos: não suporto, fico logo com vómitos. Prefiro mil vezes o cocó na fralda dos bebés.

Note to myself

Nunca mais falar ao telefone ou mexer no computador enquanto estou a cozinhar. Nunca mais!

O bolinho de ontem? Chamuscadito... Só porque estive a falar com uma gaja que vinha do Montijo sobre quintas e orçamentos, o tema que me tem feito cair mais cabelos nos últimos tempos. Sim, a culpa é toda tua...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

The Stepford wife

Fiz o almoço (strogonoff de vaca - e ficou bastante bom, posso dizer). Passei a ferro. Troquei os lençóis. Cosi uma baínha. E agora vou procurar uma receita de um bolo que só leve 4 ovos, que é o que tenho em casa e com esta chuva não me atrevo a sair para o supermercado. (Lembrei-me agora que não vi a validade dos ditos. Espera.... Bolas! Dizem até dia 21, mas pus dentro de uma taça de água e nenhum boiou, por isso sigo para a frente com o plano do bolo.) Também estou a cozer umas maçãs para fazer uma papinha daquelas de bebé, que me está a apetecer. O mais-que-tudo saiu para a escola. Lá fora já é de noite e a tv foi abaixo com a chuva. Fiquei com United States of Tara. É muito boa.

terça-feira, 24 de novembro de 2009


Como é que, de um livro tão giro, sai um filme tão chato? Nem o consegui ver com atenção. Tudo bem que a Meryl Streep tenha encarnado a verdadeira Julia Child, mas aquela voz e forma de falar?! Credo! Irrita a cada sílaba que diga. Podiam ter ignorado essa característica da senhora. E prolonga-se e prolonga-se... e não acontece nada. Devia ter ignorado o filme e ter-me contentado com o livro.



Já agora, ao que parece, ler o livro cria a mesma sensação de curiosidade em todos. Descobri este post no infinito dos blogs. Pensamos todos no mesmo.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Não fazia ideia que a Blair andava a investir a sério na música. Vejam só o que a miúda é capaz.


Ai filha! É que nem um ensaio é desculpa para esta fatiota (incluindo a meia branca dentro do sapatinho pick-a-boo).

Socorro! A minha pinta voltou! E não me digam que é falta de higiene oral. Já experimentaram o Listerine verde? Mata tudo! E com um agradável sabor a naftalina!

Desde pequena que sonho com vestidos de noiva. Cheguei a guardar um vestido das minhas barbies como protótipo do que seria o meu quando fosse grande. Agora já sou grande, já posso vestir vestidos de noiva. O problema é que o vestido não vem só. Traz quinta, convidados, igreja, decoração, convites, lembranças, e sei lá que mais, cosidos em cada pedrinha que tenha de enfeite. Ontem, depois de ter ouvido pela centésima vez o meu pai a dizer-me que não devo casar, que nem sequer devo ter filhos, porque só estou a estragar a minha vida e a acabar com a minha liberdade, depois de ter recebido o orçamento para a quinta que fui ver e perceber que a festinha me ia custar perto de 25 000 euros, quis desistir de tudo. Quis fugir com o mais-que-tudo para um sítio quente e fazer uma coisa só nossa. Com o meu vestido de noiva (seja ele qual for). O Tahiti não me pareceu nada mau.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Estou de férias. Estou de férias e parece que tenho uma mola no rabo que desperta às 9 da manhã e me faz levantar da cama em vez de ficar a dormir até ao meio dia. Fico aborrecida, tento ficar mais um bocadinho na ronha, mas parece que já tão tenho posição.
Enfim, hoje até foi bom ter acordado cedo porque estava um sol fenomenal, que me pôs logo a lavar roupa para ver se seca ainda hoje. (É de manhã que o meu eu doméstico fica mais activo.) Depois sentei-me na varanda a bebericar tofina e a ler mais um bocadinho do Julie e Julia. Este é mesmo o livro certo a ler para quem quer ficar inspirado na cozinha. Ontem encontrei o Mastering The Art of French Cooking, da Julia Child na FNAC, o tal livro de receitas que a Julie se propôs a seguir num ano, e quase que o comprei. Estava em inglês, o que por vezes dificulta na elaboração de receitas já que as medidas são diferentes e os termos muito técnicos, por isso voltei a pô-lo na prateleira. (Por mais fluente que seja o meu inglês, há coisas que não sei o que querem dizer e andar com um dicionário atrás na cozinha não me parece o indicado.) Tenho os livros da vaqueiro da minha mãe, que me parecem ser o suficiente se por acaso me der um ataque semelhante.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Aquilo sobre o que falava ontem.

Grey Gardens


Vi este filme há pouco tempo. Impressionou-me por ser baseado em factos reais, por ter havido alguém que viveu em tão más condições, alguém que um dia teve tudo e ficou sem nada. Sobrou-lhes a boa disposição e a pose. Posso ter a casa toda podre e não ter dinheiro nem para comer, mas deixa-me cá pôr batom para receber convidados. E a amizade entre mãe e filha - linda.

Resumo da noite

A sopa estava óptima, o arroz ficou soltinho e o frango (fiz frango em vez de peru) estava mais ou menos. Apaguei as luzes todas cá de casa e acendi só velas. Ambiente romântico? Nada disso, só queria que não se visse o queimado. Faz de conta que era caramelizado. E na verdade até estava bom. Comemos tudo, acompanhado por um vinho branco fresquinho e ao som de Chico Buarque. Muito bom.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Bolas, queimei o fricassé. Bolas, bolas!!

Video Phone

Acabei de ver o video novo da Beyonce com participação da Lady Gaga. Está explicada a carrada de adereços e maquilagem que a Gaga usa. A menina não é lá muito bonita.
Deixem-me cá ir ver como é que está o fricassé. Acho que vou fazer um gin tónico.

Não tenho balança e a receita dizia 200gr de batatas. Toca a segurar um pacote de manteiga numa mão e duas batatas noutra. Pareceu-me equilibrado.

O livro que estou a ler inspirou-me. Hoje vou fazer o jantar!!
Vichyssoise e fricassé de peru com tomilho.
Parecem-me receitas fáceis e como o mais-que-tudo só sai às 22h, ainda tenho tempo para ir comprar frango assado para o caso da coisa correr mal.
Vai, vai que ainda começo a fazer as receitas todas do livro do pantugruel (excepto as tripas, as línguas e os rins - blhaac).

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Gosto tanto deste rapaz. Voz de veludo.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009










(Muito obrigada R. Muito giros!)


Já lá vão quase dois anos desde que acabou tudo. Dois anos de vida saudável e feliz. Dois anos de confiança nas coisas boas que o destino pode trazer. Bastou uma frase e toda a minha existência mudou. "Já tens o meu número. Se quiseres podes ligar." (Duas frases na verdade.) E ele ligou. Nunca mais fui a mesma. Imagino que as pessoas que me conhecem há mais tempo conseguem ver a diferença.
Talvez pensem "dois anos desde que acabou tudo ou dois anos desde que começou tudo?" Pois. Neste caso, dois anos desde que acabou tudo, porque faz-me confusão ter passado tanto tempo e eu ainda pensar nele, ainda olhar automaticamente para a matrícula dos carros que passam para ver se é ele, para ver se é aquela assombração do passado. Faz-me confusão em sentir ainda curiosidade em saber como é a casa em que vive depois de o meu irmão me ter dito que esteve lá a jantar. Não que ainda goste dele ou coisa do género. Sei que não. Tenho a certeza que é pessoa que não ia querer de volta nem que pintada de ouro. Mas está entranhada na minha vida, nos meus hábitos, e às vezes quase que bato em mim mesma porque continuar a fazer coisas que fazia há dois anos atrás. Não é de propósito. É inconsciente. Sei que com o tempo vou deixar de as fazer, mas bolas! Já passaram dois anos, não era suposto já ter esquecido as letras da matrícula?? Ao menos não sei o número do telemóvel de cor!

Porquê?? Mas porquê?? Alguém consegue encontrar uma razão lógica para explicar o facto de, em algumas lojas, não ser permitido tirar fotografias durante as sessões de experimenta vestidos de noiva. Não me digam que é com medo que copiem os modelos. Não estão estes mais do que fotografados e expostos por essa internet fora?? E se quiser decidir em casa de qual gosto mais, tenho de ir ver como fica nas modelos em vez de ver como ficou em mim? Não! Vou à loja de novo, fazê-las desarrumar o vestido mais uma vez e vir embora sem comprar nada. Pode ser que aprendam. Gente idiota.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Dia do magusto


Hummm, castanhas e água pé...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

FêCêPê

O senhor Pinto da Costa não tem maneiras, a mãezinha não o educou com esmero e o dinheiro que ganhou também não lhe trouxe brio algum. Quando pega num jornal e a revista do suplemento cai ao chão por acidente não se baixa para a apanhar, espera que algum escravo passe e a apanhe. Pergunto-me se fará o mesmo em casa.
Já os meninos do plantel parecem crianças da escolinha privada, todos fardadinhos, vestidos de igual com fatinhos feitos à medida que lhes assentam que nem uma luva. (E sim, é verdade que há lá um ou dois que eu era capaz de levar para casa para dar banhinho e pôr na caminha, não fosse já eu uma mulher de respeito.) Quando um pede um copo de água, pedem todos como se estivessemos a atravessar o deserto. Não eram capaz de esperar 10 minutos para o início do serviço da refeição. Ai que têm tanto mimo!! E estão tão mal habituados!


E quando o Cristian Rodriguez brinca e nos pergunta se escrevemos o número de telefone no recibo das vendas o que fazemos? Coramos e rimos enquanto respondemos um não prolongado. Se fossem outros tempos que já lá vão... Sim, porque quando era uma jovem inconsequente tive o número do Iankauskas. Não tive foi coragem para ir avante com a conversa do engate e a minha vida como maria chuteira ficou por aí.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Cenário: Eu, na casa de banho, sentadinha na sanita "doing my thing".
Pensamento idiota: Imagine-se lá se o prédio ruísse agora. Ia ser encontrada num belo estado, ia.
Explicação: Obras no rés do chão lá do prédio que, para além de me acordarem todos os dias logo pela matina, conseguem fazer as paredes e o chão estremecerem com cada martelada demolidora.

domingo, 1 de novembro de 2009

Que porcaria!

Há dois dias que sentia uma coisa esquisita na garganta. Parecia que tinha engolido um cabelo e comesse ou bebesse o que fosse, não passava. Cheguei a enfiar os dedos pela garganta abaixo na esperança de conseguir mexer ou empurar o que quer que fosse que me incomodava. Resultado: tosse de cão ou vómitos que me deixavam com lágrimas nos olhos. Então hoje decidi olhar para o problema de frente. Abri a boca em frente ao espelho e quase que vi a cor das cuecas que vestia. Dei com o problema num clique. Uma coisa feiosa, semelhante a uma afta ou a uma borbulha nojenta da adolescência. Mexi-lhe com um cotonete e nada. Espetei um dedo pela garganta abaixo e parecia rijo. E aí o meu lado hipocondríaco veio ao de cima e comecei a imaginar que era uma coisa muito má, que ia crescer durante a noite e ia acabar por morrer sufocada. A esta altura do campeonato já estava no Funchal e então, sem outro remédio para curar a minha insanidade mental temporária, pus-me a caminho das urgências do hospital. Triagem, depois sala de espera durante uma hora, e então eis que soa o meu nome nas colunas.
Consulta:
Médica (ou enfermeira, nova por sinal, ao estilo de Anatomia de Grey):
- Então, dói-lhe a garganta?
Eu:
- Não.
Médica/enfermeira:
- Então porque é que veio às urgências?
Eu (já a sentir-me uma idiota por estar ali e a tentar manter a compostura):
- Porque me incomoda. (Chamem-me mariquinhas, o que quiserem, já não aguentava a sensação de "cabelo na garganta". Estava a enlouquecer.)
Médica/enfermeira:
- Ok, vamos ver isso. Abra a boca. Ah, estou a ver. Marisol!! Podes vir aqui um instante.
Comecei a pensar o pior. Ai, deuses do Olimpo que até é preciso uma segunda opinião. Será um quisto maligno?
Apareceu outra rapariga do género Anatomia de Grey para espreitar para a minha boca:
- Sim, estou a ver. Dá-me lá a espátula. Essa não, gosto mais da outra. Pronto, assim. Já está. Era porcaria.
Eu, indignada, enojada:
- O quê? Porcaria? - (Na minha boquinha? Nheca!)
Médica/enfermeira 1:
- Sim, comida. Agora já não sente o incómodo, pois não?
- Não... Sinto a espátula e o sabor a madeira...
- Está tratado. Adeus e obrigada.
O quê? Só isto? Sem internamento? Sem exames? Rebentaram-me a coisa esquisita como se fosse uma borbulha e mandam-me embora? E estive aqui à espera durante uma hora a arriscar-me de apanhar uma coisa pior para me rebentarem a cena como se fosse uma borbulha? Sem sequer levar uma anestesiazinha? Nem sequer betadine?? Se soubesse tinha rebentado em casa! Poupava os 5 euros do táxi.

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