quarta-feira, 28 de julho de 2010

Descobri a razão deste meu mal estar nestes últimos dias. Ele bem dizia que eu andava diferente, desinteressada. E eu pensava que era uma depressão que vinha aí, sem saber porquê. Cansaço, talvez, imaginava. Os sintomas estavam todos presentes: irritabilidade, falta de paciência, vontade de chorar por tudo e por nada. Então decidi tratar-me. Ia ao Celeiro comprar umas coisinhas naturais que me animassem. Nem que fosse o bendito do guaraná. Podia correr o risco de começar aos pulos em cima das mesas, mas estaria contente. E então ele perguntou-me o que é que eu tinha comprado. E eu respondi: uns comprimidos para a depressão. E ele disse que estivesse o que estivesse pago, não casava comigo nestas condições. Que isto só podia estar relacionado com o casamento etc e tal. E eu engoli em seco para não desatar a chorar. Chorei à noite, quietinha na cama. E, conversa pela noite fora, descobrimos que o que despoletou isto tudo foi uma frasesinha da minha mãe : Não és a primeira. Passo a explicar: não sou a primeira a ir a um jantar de amigos sozinha, onde só estão casais. E descobri que tenho um trauma, alguma coisa aqui dentro remexeu e deixou-me no estado macambúzio em que me encontrava. Revivi os mil lugares que fui com a minha mãe, para que não fosse sozinha porque o meu pai (uma pessoa muito "especial") não se dignava a acompanhá-la. É claro que comecei a ver-me na mesma situação e quase já só desejava ter um filho para poder levar comigo para todo lado. Depois o gajo foi para o Algarve e fiquei sozinha de novo, depois inventou uma despedida de solteiro e uns anos de um amigo no fim de semana em que chegou e eu fiquei sozinha de novo nos anos do meu tio onde estava a família toda, e depois deu no que deu. Choradeira da boa, com direito a ranho e tudo. Acho que agora já entendeu que tem de andar colado a mim sem reclamar, para ver se a coisa se compõe.
Ah, e o casamento continua de pé. Já temos os convites!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Andamos às avessas. Quis a época veraneia que tivéssemos eventos em cantos opostos e começaram os problemas. Os diz que disse, o ia e não foi, a desilusão, os olhos de carneiro mal morto, as opiniões diferentes, as prioridades diferentes, tudo nos separa. E quis castigá-lo, fazê-lo provar do mesmo veneno. Deixar-me ficar no meu canto mais um dia e deixá-lo entregue a si mesmo. Evitar as perguntas que não quero responder, que não sei responder. Evitar os beijos e abraços que me vão fazer chorar, porque estou cansada. Cansada de andar para trás e para a frente. Sozinha.

domingo, 25 de julho de 2010

Misturas



Só mesmo eu, com o meu gosto variado em música, para conseguir gravar Paulina Rubio e Muse no mesmo cd.

sábado, 24 de julho de 2010

Ontem já andei a choramingar cá por casa. Por mais que tente ser forte e andar em modo automático, chegar a casa e perceber que, pelo quinto dia consecutivo,não está lá ninguém para me dar um abracinho, ninguém dos meus para conversar sobre tudo e nada ou que seja só para sentir a sua presença, custa. E apodera-se sobre mim um estado de inércia, o olhar vazio, uma lágrima ou outra que vai aparecendo e que tento secar antes que caia. As conversas ao telefone perdem a graça, já não fazem sentido, trazem prenúncio de discussão. Ele que se atreva a deixar-me sozinha tanto tempo de novo só para ir de férias. Ele que se atreva!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Atingi o peso que tinha há 5 anos atrás. 5o Kg, era o meu objectivo, sim senhor, embora não ache graça às covas que me apareceram na cara. Já a pança continua cá. Imagino que tenha de fazer uns abdominaizitos para ver se desaparece.

terça-feira, 20 de julho de 2010

30 euros!

É quanto esta mistela me vai custar! Uma pessoa vê os preços em coroas dinamarquesas e nem se apercebe da dinheirama que é. E quem me manda ser fina e pedir um prato tailandês do room service em vez de me contentar com uma saladinha césar que era tão mais saudável e barata? Agora toca de enfiar pela goela abaixo o Phad Thai todo, mesmo que custe e provoque vómitos depois da 4a garfada.

Deprimida

O gajo foi de férias para o Algarve e deixou-me. Tudo bem que estou em Copenhaga e só regresso amanhã. Tudo bem que ainda tenho mais dois dias de trabalho pela frente que me vão deixar fora de casa até à noitinha de sexta-feira. Sim, são as únicas férias que ele tem. Mas bolas, vai chegar feito cigano, preto que nem um marroquino, e eu aqui da cor de burro quando foge, apenas com umas manchas na cara como resultado do total de 4 horas de sol que devo ter apanhado ao todo este ano. Vai estar na praia sozinho rodeado pelas sonsas das inglesas e sei lá mais de quem. Em resposta ao comentário disse-me que já tem idade para ter juízo e que vai casar. Humm, uma pessoa confia, mas isso não quer dizer que goste. Ciúmes e bronzeado à parte, fica a cama. E a cama? Aquela que me espera em casa, vazia. Nunca dormi sozinha naquela cama. Mesmo quando adormeço primeiro procuro-o sempre a meio da noite e só fico descansada quando ouço a televisão da sala e sei que está lá. Estou habituada a dormir sozinha em mil camas pelo mundo fora, mas naquela não. É a nossa cama, pertencemos lá os dois.
Já estou a ver que não chego ao fim da semana sem chorar um bocadinho. Já dizia a música: "Mal acostumado, você me deixou, mal acostumado com o seu amor."

sábado, 17 de julho de 2010

Que bonitinho

Estava eu na Fnac a ver os livrinhos novos, (e a tentar não mexer muito os pés que me estavam a doer horrores porque tive a triste ideia de ir de saltos altos para o centro comercial só para o estilo), quando ouvi um menino a ler a capa do Crepúsculo: Saga Twilight - Ó mãe, o que é isto? Saga? Resposta da senhora: Não sei explicar. Mas o que é que quer dizer? Ó filho, agora não sei dizer. What? E estão numa livraria, que tal irem espreitar num dicionário? Está-me a parecer que a sede de compras da senhora foi mais importante que a sede de conhecimento do filho.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Enrique Iglesias

Então o rapaz tirou a pinta e eu nem dei por ela?

Antes


Depois



E envelheceres? Que tal?

terça-feira, 13 de julho de 2010

entre passar o dia a trocar fraldas ou a sacudir tapetes, escolhia mil vezes trocar fraldas. Odeio sacudir tapetes! Aquele pó todo a voar e às vezes a vir para a cara, e por mais que se sacuda parece haver sempre pó a sair. Eita tarefinha ingrata!

Flashpoint


Adoro.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Não podemos ter tudo cor-de-rosa. Tem de haver um ou outro contratempo. Tem de haver uma ou outra asneira. E então aparece o prenúncio da tempestade. Chove, chove, chove e faz querer seguir directamente para a casa onde nos sentimos mais seguros, fugir daquela sobre a qual parece pairar a nuvem mais negra de todas. Mas respiramos fundo e seguimos em frente, para o meio do furacão. Afinal de contas, mesmo que custe chegar e seja preciso coragem para enfrentar o que poderá dali sair, é onde que pertencemos e temos a certeza que o vento acabará por mandar aquele tempo feio de lá para fora.

(Leia-se nas entrelinhas: palavras meio ditas, sair sozinha, chorar, chorar, mágoa, voltar a casa, respirar fundo no elevador e entrar.)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Em Amesterdão













quarta-feira, 7 de julho de 2010

Eu tenho.
O papel é do AKI e diz que não é da melhor qualidade, mas eu adoro.

Ontem, quando apaguei as velas, nem me lembrei de pedir um desejo. Tinha tudo ali. Podia rebentar de alegria.

terça-feira, 6 de julho de 2010


Dormi mal, acordei mal disposta, com um peso na barriga, aquele que me acompanha sempre que estou nervosa ou ansiosa. Arrastei-me para fora da cama com a intenção de voltar logo, logo. Voltaram as obras no prédio e apetece-me matar alguém. Pareço estar à beira de um ataque de nervos. E tudo porque faço 30 anos? Talvez. Ou talvez seja porque ontem vi o projecto dos convites de casamento pela primeira vez, com os nossos nomes, o mapinha para a festa e tenha percebido que o que até aqui tinha sido um plano, ia mesmo acontecer. Ou talvez seja do calor e da alergia que tenho nas mãos que me faz querer arrancá-las para acabar com o comichão. O que é certo é que eles estão cá. Trouxeram com eles os cabelos brancos, as manchas na pele e os quilos que demoram séculos a desaparecer. Diz que são os melhores, que nos fazem mulheres a sério, em pleno, seguras, maduras. Ainda vou ter de perceber isso, será um work in progress. Agora vou ali enroscar-me nos lençóis e adiar o dia mais um bocadinho.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Andava com um sabor esquisito na boca há uma semana. A água sabia-me mal como se estivesse choca. Podia ser dos dentes, mas tinha feito uma limpeza há pouco tempo e fazia fio dental regularmente, por isso não fazia muito sentido. Até gorgolejei com listerine, que é horroroso e deixa-me sempre com lágrimas nos olhos de tão forte que é. Raspei a língua para ver se saía alguma coisa estranha, e nada. O sabor continuava lá. Começava a pensar que era melhor ir ao médico. Vai, vai que tinha uma coisa grave e não sabia. E hoje, de novo embrenhada na minha higiene oral decidi ir mais longe. Fui com a escova de dentes mais atrás, como se fosse provocar o vómito, e no que é que isto deu? Comecei logo a tossir. E com a tosse vieram umas pedras esquisitas que deviam estar alojadas nas profundidades da garganta. Duas. What the hell?
Já fiz o teste da água. Sabe ao de sempre - a nada.

sábado, 3 de julho de 2010

Tenho mesmo pena de não ter ido. Raios'ta'parta!

Então a Regina Spektor veio a Portugal, tocar bem pertinho da minha casa e ninguém me disse nada?!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

E com esta história de estar quase a fazer 30 anos, nem me apercebi como tempo tinha passado depressa. Faltam 3 meses! Faltam 3 meses para o grande dia!

;;