sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Bolachinhas


As minhas primas são deveras prendadas. Têm paciência, são meticulosas e dadas ao perfeccionismo nos trabalhos manuais.
Neste Natal surpreenderam-nos com este saquinho de bolachas totalmente feito por elas. Dava pena de estragar de tão bonitas. Mas eram deliciosas e foram-se. Pode ser que haja mais para o ano.



Ontem deliciei-me com este filme.






Felizmente há dias de trabalho em que a única coisa que tem de se fazer é acordar às 4 da manhã. Custa, pois custa. Mas depois temos à nossa disposição esta maravilha da natureza, de graça e na primeira fila, e compensa.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sister Wives



Ando fascinada com este programa que passa no TLC. Retrata o dia a dia de uma família polígama. Um homem com 4 esposas.
Faz-me espécie. Por exemplo, neste momento a primeira mulher está a pôr-lhe o laço para ele se ir casar com a quarta esposa. Quem é que no seu perfeito juízo faz isto? Eu ficava chateada, dividir por 4 não é o mesmo que dividir por 3. E só consigo olhar para ele e pensar "tem mesmo cara de ordinário".
Continuo a ver para tentar entender, mas não consigo.

E onde é que ele vai buscar dinheiro para sustentar aquela gente toda?

Amanhã é dia de regressar ao trabalho.
Adeus dias de inércia. Adeus pantufas nos pés.
Vou aproveitar o último dia de ronha sem pôr os pés na rua, no sofá, enrolada na manta a beber cházinho com bolachas.


Só tirei o pijama, porque nunca se sabe se a sogra se vai lembrar de vir cá tocar à porta e parece mal atender toda desgrenhada às 5 da tarde.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011


sábado, 24 de dezembro de 2011

Ai esta cabeça!

Comprei postais para enviar aos amigos mais distantes. Comprei postais para enviar, porque estou de férias e teria tempo para os escrever e até para esperar na fila dos correios. Esqueci-me deles numa gaveta lá de casa, o tempo foi passando, chegou o Natal e eles lá continuam. Vou guardá-los para o ano. Pode ser que tenham melhor sorte.

FELIZ NATAL!!


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O Natal este ano

Não fiz árvore de Natal. Foi substituída pela caixa do frigorífico, que temos de guardar durante 15 dias depois da entrega (que julgo até já terem passado). A casa é pequena e não há espaço para mais. 
O único sinal de Natal por estas bandas é mesmo o monte de presentes junto à porta. Tirando isso, nem um pai natalzinho de chocolate ou um bolo rei para contar a história. Espírito também não há. O homem lembrou-se de se  chatear com a mãe e não me parece que façam as pazes tão cedo. Anda sensível, coitadinho. Grita por tudo e por nada. Logo lhe passa. E eu, de férias. A arrastar-me de um lado para o outro, com tanta coisa que podia estar a fazer, mas que não me apetece. Entreguei-me à preguiça e ao dolce fare niente. E assim vou ficar até ao dia em que terei de me arrastar de novo para o trabalho.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011



Os meus dois cantores favoritos juntos. Nem sei que diga. É muita emoção junta!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Lana Del Rey


Apanhei esta música na Antena 3 no outro dia e ficou-me na cabeça. Segundo consta, a Lana é a nova coqueluche do mundo da música alternativa. Entendo porquê. A languidez na sonoridade da voz dela quase que se cola ao nosso ouvido, leva-nos para outros tempos, desperta o nosso lado sombrio e rebelde.
Podia também dizer que a miúda, que só tem 25 anos, parece janada e com voz de velha, mas isso era só para dizer mal. Ela é gira que se farta e, ao que parece, vai gerar um culto. O álbum sai em Janeiro.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A crise e o Natal

Ah, e tal, este ano só há prendas para os miúdos e para os afilhados. Ah e tal, mas fomos a Londres e comprámos umas t-shirts para os manos, oops. Agora temos de comprar para todos. Ah e tal e o paizinho querido ficou tão triste quando rompeu a lacostezinha de malha que pensámos logo em comprar-lhe outra. E quanto é que custa? Nem vou dizer que tenho vergonha. Mais valia ter ido à feira que fazia o mesmo efeito. Ah, e a mãe? A mãe também merece. Tem o telemóvel avariado? Venha daí um novo! Ai, mas a crise? A crise está aí. Continua como antes, mas pelo menos sei que vamos fazer umas quantas pessoas felizes. 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011


Tinha 14/15 anos, achava que era uma mulher feita. Ainda usava fato de banho. E a baía de S. Martinho do Porto ficou amarelada de um dia para o outro. Era onde estava a passar férias com a minha prima Marta e com a minha amiga Susana. As Marés Vivas davam na televisão e os salva vidas eram os novos sex-symbols, objectos da nossa adoração. Às 17h em ponto saía da praia para ir ver A Minha Amiga Lycia, uns desenhos animados que eu adorava. Não me lembro se gostar de alguém naquele verão, mas lembro-me de andar alerta, à caça de rapazes giros. Tinha o cd dos Ace of Base e não tínhamos mais nada para ouvir. Foram estas músicas até à exaustão. Descobrimos os primeiros sinais da doença da minha avó naquele verão e não os soubemos associar ao mal que vinha aí. Foi um verão feliz, ficou na caixa das memórias da adolescência.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pintei as unhas de azul escuro.
É que é uma cor vedada às assistentes de bordo lá do sítio onde eu trabalho.
A seguir vem o verde escuro nacarado.
Depois volto ao trabalho e tenho de voltar aos vermelhozinhos e variações, e naturaizinhos sem graça.
É duro, uma pessoa não pode expressar a sua criatividade.

Fui dar um girinho ao Colombo pouco depois do almoço e como só tinha comido uma sopinha em casa pensei "deixa-me cá armar em fina e ir comer uma empada do Avillez já que a Inês Menezes disse na Sábado que eram boas, tirando a de camarão." Fina pois, porque por uma mera empada (tudo bem que faz o tamanho de duas normais) e uma limonada paguei a módica quantia de 6,90€. Xiça que doeu! Quase 1400$00! É que tirando a massa leve e saborosa, o recheio não era por aí além (comi a de frango thai, que de thai me parece que só tivesse o nome).


Enfim, segui caminho, desci as escadinhas e deparei-me com a Merry Cupcakes e pensei "P, andas há tanto tempo a salivar por um bom bolo red velvet, e que tal uns cupcakezitos da mistura?" Lá fui eu toda lampeira. Pedi 2. 5€. Podiam ser mais baratos, que 500 paus por um bolo ainda me parece um bocado exagerado, mas isto sou eu que ainda vivo à antiga. Ah e tal, mas são bonitinhos e tem enfeites de Natal e eu ia matar o desejo mal chegasse a casa com uma boa chávena de chá. E eis que, já em casa, aparece o meu irmão e vê os bolinhos. E eu "tá quieto, que só podes provar um bocadinho". E ele prova. E ele cospe. "Que horror, isto está estragado", diz. E eu pensei, não está nada estragado, ele é que não gosta do creme de queijo. Deixa-me cá provar. E foi o horror, a tragédia, a desilusão. Vou começar pelo menos mau: a massa. Pois a massa não estava má, para massa de chocolate de pastelaria industrializada. E a cobertura? Ai a cobertura! Se amanhã me doer a barriga já sei porque foi. Nunca nada me soube tanto a ranço como aquela cobertura. Não estivesse já eu tão longe, ia lá dar-lhes a provar do seu remédio. E não me digam que era do queijo, que eu sei bem o que é uma boa cobertura de queijo, ou não fosse eu uma pessoa muito viajada. Agora, jazem ali na mesa 2,5€ de cupcake que ninguém quer comer, mas se tem pena deitar fora porque até é bonitinho e custou tanto dinheiro.


Ai que maravilha!

Começam hoje as minhas férias de Natal! Vão ser 17 dias cheinhos de não fazer nada. Já tenho um livro  novo para ler e um pacotinho de bolachas para beber com o chá.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sputnik, Meu Amor

Ando com o Sputnik atrás há que tempos. A culpa não é do livro, é minha. Há alturas em que só me apetece ler, outras em que mal pego no livro (seja ele qual for), só vejo televisão e revistas cor de rosa, no entanto isso não me impede de o carregar para todo o lado não vá dar-se o caso de me apetecer ler repentinamente. Hoje foi um desses dias. Mau tempo em Lisboa e uma carrada de tempo em espera para aterrar em Lisboa. Peguei nele e nunca mais o larguei até chegar ao fim. Está lido. Lê-se bem. Gosto da parte em que a Sumire perde a inspiração para escrever quando se apaixona (não nos acontece a todos?). Gosto da parte dos eus que se perdem com os vários acontecimentos que a vida nos oferece.
Venha o próximo.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

E sai isto:


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A falta de cabides nas casas de banho públicas das senhoras, especialmente nos centros comerciais.
Mas o que é que querem que as damas façam às malas de mão e aos sacos das compras? Que os ponhamos no chão cheio de xixi e sabe-se lá mais o quê? Que seguremos tudo com os dentes enquanto fazemos o malabarismo de tentar acertar com o xixi no buraco sem tocar/sentar na sanita?

domingo, 4 de dezembro de 2011

É que de vez em quando dá para levar o marido atrás. Desta vez fomos a Londres "fazer compras de Natal". Passámos praticamente a tarde inteira em Oxford Street e não comprámos nem uma coisinha para nós, só para os outros. Almoçámos, partilhámos um waffle num banco de rua, tomámos um chá das 5. Vimos as montras em New Bond Street e Bond Street e sonhámos um dia ganhar o euromilhões para lá ir fazer umas compras. Entrámos na loja da moda, a Abercrombie & Fitch, e pareceu-nos estar num bar. Tudo escuro e a música mais alta do que nas Bershkas e Stradivarius do nosso país e mocinhos a passarinhar por lá só para mostrar a roupa que tinham vestida. Até comprava uma pecinha ou duas, não fosse o preço disparatado para roupas tão básicas. Mais uma que fica para o euromilhões. Comprava umas coisinhas na Primark, isso é que comprava, não fossem os milhares de pessoas que lá andavam, a fila gigante na caixa e a falta de tamanhos pequenos. Voltámos ao hotel agarradinhos e soube-me a mel tê-lo comigo o dia inteiro. É para repetir.



quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Hoje chega o frigorífico novo!!

sábado, 26 de novembro de 2011

A pirosada que vejo, que é como quem diz diários do vampiro e anatomia de grey, só volta em Janeiro. Diz que estão em pausa à conta dos feriados e tal. Resta-me a gossip girl e ainda mais do mesmo, que é como quem diz Ringer e Revenge. Duas séries que comecei a ver à coisa de uma semana e até se vêem bem, vá. O marido quer que comece a ver a Homeland. Diz que é boa. Mais um dia ou dois e fico sem pirosada e dedico-me a essa.






terça-feira, 22 de novembro de 2011

The Help



Dos melhores filmes que vi nos últimos tempos.


A minha mãe sempre me ensinou a ver toda a gente como igual, mesmo que trabalhassem para nós. Todos têm uma vida e um trabalho para fazer e há que o respeitar. É certo que o filme retrata mais a questão do racismo, mas não consegui evitar lembrar-me de todas aquelas pessoas que tratam mal quem os está a servir, simplesmente porque se consideram superiores. Quantos milhões de pessoas são arrogantes ao ponto de sentarem num restaurante e assumirem que têm um escravo à sua disposição. Ninguém é obrigado a ser simpático e a sorrir para toda a gente, mas a boa educação exige o "por favor" e o "obrigado". Todos os trabalhos têm regras e essas regras têm de ser obedecidas e respeitadas. Se a cozinha fecha às onze, fecha às onze, os desgraçados dos cozinheiros estão lá desde manhã, também merecem descanso. Se é proibido ter o telemóvel ligado, é para ter o telemóvel desligado. Se se tem de tirar os sapatos no raio x, tem de se tirar os sapatos no raio x. Ninguém se pode considerar mais esperto que os outros, que cada um sabe do seu trabalho. Mil coisinhas que vejo acontecer todos os dias e acho desrespeitosas. Não foi assim que fui educada, e choca-me ver episódios destes todos os dias. Quase que me envergonha, quando é um colega ou um amigo que comete estas atrocidades. Enfim, podia escrever tanto sobre este assunto, mas o essencial é "se queres ser respeitado, respeita". Tudo o que se dá, recebe-se em troca.

Já sabem esta?


O refrão fica na cabeça o dia inteiro, é pior que praga. Já aprendi a coreografia e tudo.

São oito e meia da manhã e estou a meter-me na cama. O dia de trabalho está feito.

terça-feira, 15 de novembro de 2011




Bom.

sábado, 12 de novembro de 2011



Cá fica umas das cenas d'A Mulher do Viajante no Tempo. Fiquei de tal forma viciada nesta música que ouvi vezes sem conta. Adoro o tom sombrio.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Business Card

Hoje foi um daqueles dias de trabalho compridos e penosos. Ida e volta a Bruxelas e ainda uma viagem de ida para Genebra onde pernoitamos e de onde escrevo. O que valeu foi que na última perna (voo), apareceu a equipa do Benfica para nos animar e parecíamos umas miúdas de 15 anos com risinhos, e dúvidas existências. Ai, quero pedir-lhe um autógrafo e tenho vergonha. Ai, quero tirar uma fotografia com aquele e não lhe quero pedir. Vai lá tu. Não. Vai lá tu... Benfica à parte, no meio desta confusão toda, apareceu um passageiro na galley com a seguinte conversa:

- Acho que a conheço de algum lado? Posso perguntar-lhe de onde é?
- Sim, sou da B*******.
- Não, não é isso.
- Também sou de Paço de Arcos.
- Não. Coimbra? Figueira da Foz? Costa Alentejana?
- Não. Não. Não. Deve ser a minha irmã gémea.
- Que não tem.
- Pois.
- É mesmo estranho. Parece mesmo que a conheço e nem é daqui dos voos, que não costumo viajar.
- Pois. (E nesta altura eu olhava para a minha massa que arrefecia e rezava para que ele se fosse embora).
- E onde estudou?
- Na Lusófona. E estive umas semanas no Cenjor.
- Ah, jornalismo. Eu sou jornalista. Trabalhou no Diário Económico, é isso!
- Não... (E ele não ia embora). Mas veio com a equipa?
- Não, vou a um leilão de relógios. Nem sei nada de futebol.
- Ah...

Entretanto apareceu a colega com uns postais autografados, a conversa mudou de rumo, e o senhor seguiu para o seu lugar. Passado um bocado apareceu de novo com um cartão na mão. Com o contacto e nome da empresa. Agradeci. Ainda brinquei que preferia que me oferecesse um relógio em vez do cartão, mas fiquei sem saber o que fazer com ele.
Ora bem. Tenho uma aliança no dedo. É bem visível. Acho que não pareço deprimida como se tivesse problemas em casa, que não tenho, felizmente. Então o que é que ele quer? Se fosse para fazer negócio tinha dado um cartão também à minha colega que estava mesmo ao meu lado. O que raio é que ele queria? Uma amizade instantânea? Juro que às vezes não entendo.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O príncipe que mora cá em casa decidiu deixar de fumar (ALELUIA! ALELUIA!). Começou a reduzir a dose diária de quase um maço para 3/4 cigarros por dia. Ontem conseguiu, mas tive direito a vê-lo/ouvi-lo perder a paciência e começar a gritar umas 3 vezes só na parte da manhã (e juro que não fiz nada). À tarde foi trabalhar e os colegas que o aturassem. À noite pareceu-me calminho, mas hoje é um novo dia. Vamos ver como corre.


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Parece que 100 pessoas tiveram a mesma ideia que eu. Paciência... Valeu pela história para contar aos filhos.







Em Roma


Não foram férias, nem sequer um dia inteiro. Foram umas horinhas de caminhada intensa pela cidade, apenas com uma paragem de meia hora para almoçar. Uma espécie de "as obras completas de william shakespeare em 97 minutos", mas em versão passeio turístico. Tentei ver  a maior parte dos locais importantes, mas os pormenores tiveram de ser deixados de lado. Metade da cidade fica para a próxima, incluindo o coliseu. 
Roma está entre as minhas favoritas. Linda, linda. Em todos os cantos há alguma coisa para ver, nem que seja uma lojinha. O grande turn off é a montanha de turistas que há em todos os lugares. Faz-nos parecer formigas, faz-nos banalizar a cidade ao querer fugir das multidões. No entanto deve estar em todas as listas do "tudo o que tenho de fazer antes de morrer".



Tectos da Catedral de São Pedro - Vaticano


Fontana di Trevi

O percurso que fiz. A outra metade fica para a próxima visita

sábado, 5 de novembro de 2011

Estive a arrumar a roupa fresca e voltaram as lãs às gavetas. Adeus havaianas, olá botifarras.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O céu está tão escuro que vou fingir que ainda é de noite e deixar-me ficar na cama mais um bocadinho.



Pena é não ter cá ninguém que me faça uma tofinazinha e traga à cama. E a cozinha está tão longe...

terça-feira, 1 de novembro de 2011


Vi os primeiros episódios e fiquei viciada. É daquelas séries em que não se percebe nada, se estão vivos, se estão mortos, quem tem uma visão real das coisas, quem é filho de quem, etc e tal, e tudo isto com um toque de terror, realidade e suspense à mistura. Eu, que gosto de estar sempre a tentar adivinhar as coisas, fiquei presa.
No entanto, ao fim do terceiro episódio e já com o quarto disponível para ver, fiquei com um dilema: não sei se veja um episódio por semana, ou se espere que termine a primeira temporada para ver tudo de uma vez. É que é muito mais emocionante ver tudo de seguida, para que não se perca nenhum pormenor pelos passeios da memória enquanto não chega um episódio novo.

Link IMDB

Ai as botinhas!


E com o frio veio finalmente a oportunidade de usar as minhas ricas galochas compradas em Julho e que jaziam no armário dentro de um saco durante todo este tempo. São confortáveis, conseguem ser quentinhas, mas têm uns problemazinhos. Primeiro, como seria de esperar por serem de borracha, fazem aqueles barulhos como se estivesse a esfregar balões. E depois colam-se às pernas nas cadeiras de alumínio, que é como quem diz não deslizam como os outros materiais, e às vezes apanho-me a fazer piruetas. 

Gelada

E pela primeira vez, desde que as temperaturas acima dos 20ºC se foram, tive frio à noite na cama. O gajo lembrou-se de ter uma insónia valente até às 3 da manhã, por isso não tive direito a cobertor humano até lá. E quando se foi deitar eu estava gelada. Só me lembro de lhe pedir para não me largar que estava cheia de frio. Não sei como é que isto foi acontecer. Ontem nem esteve assim tanto frio, eu tinha um pijama de inverno vestido e um edredão de penas em cima. E então pus-me a pensar: frio, noite das bruxas, e cheguei à conclusão que deviam andar lá por casa algumas almas penadas.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Agora acordo sempre cedo e tenho tempo para andar a pastelar antes de ir trabalhar.
O mau é que quando chego vou directa à cama.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Emails antigos


E na minha vida errante de mulher solteira, em que fazia asneiras atrás de asneiras, apaixonei-me por este rapaz que me escrevia coisas tão giras. Lembro-me de pensar que o melhor daquela relação eram os emails que trocávamos nos primeiros dias. Foi triste quando acabaram e levaram com eles todo o encanto daquela relação condenada ao fracasso. Guardo-os como medalhas de batalha, como lembrança de tempos felizes, de uma vida diferente.

Assim escreveu ele, uma semana depois de nosso primeiro encontro, quando fui de férias para o Brasil:

é uma espécie de guerra fria, queria ver quantos dias estarias tu sem me enviar uma mensagem. Parabéns, conseguiste 3 dias o que só por si te deverá render uma trincadela de orelhas ou coisa assim. Não sei se tens visto os jornais, mas aqui em Portugal as coisas mudaram muito desde que te foste embora. O governo caiu. A av. da Liberdade mudou-se para cascais. Já há TGV e a viagem Porto Lisboa faz-me com uma rapidez que não calculas.

Saíste mas ficou um pouco de ti. Voaste mas eu fiquei colado ao chão e agora quando passam os aviões olho para o céu como se fosse para e pergunto-me "Será que ela vai ali!?" " Será que cansada do brasil, não aguentando as saudades aqui do giro, regressou mais cedo e veio-me visitar trazendo chás exóticos para bebermos agarrados? e quando penso nisto grito, muito, olhando para o céu grito o teu nome como se tivesse acabado de perder um filho . E os populares a dizerem: Ohh homem acalme-se lá!" e eu a berrar com mais força "Tenha lá calma senhor, essa maldita mulheer há-de regressar" e em prantos levanto-me mas a minha expressão facial diz que ainda estou ajoelhado naquele chão a pedir o teu regresso e homens e mulheres choram comigo a tua ausência e o choro converte-se numa inundação imensa, e as cidades alagam-se quando soa o teu nome e as cheias começam, de santarém a setúbal, do minho ao algarve, por todo o lado os bombeiros saiem furiosos dos quarteis  naquilo a que já se denomina como o furacão Patricia.

Adiante. folgo em saber que há uns baianos - mariconsos dum raio - que se fazem a ti. Não gosto, não acho bem e tivesses aqui e estarias a ser repreendido com uma chibatinha que eu tenho aqui. aliás, vamos lá a criar situação, para percebermos o que é que eu pretendo de ti quando baiano se aproximar:

Baiano mariconso: oi garota, tudo bem com você?
Patricinha A****: não, claro que não, você apareceu!
baiano mariconso: Ouvi dizer que você é aeromoça?
Patricinha A****: é sou sim e vou fazer voar também você daqui. Sai fora, seu cachorro! Não tenho o menor saco para brasileiro e sinceramente estou apaixonada por um caro de portugau. lindo,inteligente, bem falante e cara, tou mortinha, por voltar a portugau para fazer as contas com ele, é , é isso aí!

portanto é isto que tens que dizer, nem mais menos, nada de conversas e vai mas é para a praia porque pode ser que vejas um arrastão. Podem levar tudo, menos roubar-te a ti!

beijos. muitos. Para a garota mais gostosa do Brasil!
Escrito a 29 de Outubro de 2006.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Ao telefone

Uma colega disse-me uma vez que fazia mal em telefonar sempre ao meu marido quando chego, quando vou dormir, quando saio para algum lado. Fica mal habituado, disse, e depois o caldo entorna quando algum desses telefonemas falha. A verdade é que continuo a telefonar-lhe na mesma. A distância não encurta, mas gosto que seja com ele que falo primeiro quando acordo e por último quando vou dormir. Gosto de lhe ligar a meio do dia, só para o ouvir, nem que seja para que me diga que não se passa nada. Gosto quando ele faz o mesmo. O roaming é caro, mas nada paga o estar a milhares de quilómetros de distância e poder ouvir a voz dele.
Mas voltando à questão do mal habituado. Tem o seu quê de verdade. Basta falhar num destes telefonemas para o senhor amuar. Tudo bem que estava em África, que podia ser perigoso, mas cheguei ao hotel às 5 da manhã na primeira noite. Não lhe ia telefonar a essa hora. Ainda nem sabia se lhe devia dizer que tinha chegado a essa hora tendo em conta que quando saímos não aguento para além das duas da manhã. Mas disse, que não lhe consigo esconder nada. Ganhei dois dias de respostas secas. E eu cheia de histórias para contar, a falar para uma parede. Xiça que enerva!
Deixei que esquecesse o assunto, agi como se não se passasse nada. E ele esqueceu.

Está-me a parecer que já posso tirar a roupa de Inverno para fora. Isto já não vai lá só com casaquinhos de malha.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

QUERO VER!


Sinto arrepios de emoção só de ver o trailer. Adorei todos os filmes destes criadores, especialmente o Castelo Andante, e tenho a certeza que vou adorar este. Já me estou a ver a chorar e a torcer por eles. E esta história lembra-me tanto da minha infância. Não havia uns desenhos animados ou uma série baseada neste livro?

Ken

O Ken é o nosso condutor designado. Ganhou a sorte grande quando consegui este trabalhinho com os tripulantes que querem passear por Accra fora e consegue ganhar mais num dia do que provavelmente numa semana. E faz por ser o melhor. Nestes dois dias em que andei como sua passageira vi-o como motorista, guia turístico, entremediário e até guarda costas. Às tantas até o via como um pai vigilante.
Foi com ele que aprendi algumas coisas sobre a cultura do Gana.
Contou-nos como é importante o núcleo familiar. Como todos devem obedecer ao chefe da família e responder aos pedidos dos mais velhos. Tem um sobrinho nos EUA, que casou com uma branca e preocupa-o que a mulher dele não compreenda que se ele, o tio, lhe pedir, por exemplo, que me fosse buscar ao aeroporto em Miami, ele tinha de atender ao pedido.
Contou-nos como o olham de lado por falar connosco "gente branca tão importante", como são um povo fechado aos costumes dos outros. Seria impensável para eles falar com alguém, mesmo da mesma cor, que trabalhasse num posto superior, como o da aviação. O normal é nem olhar quando passam. O Ken diz que são todos idiotas, que quando está connosco quer absorver tudo o que temos de bom. Quer aprender os nossos costumes. Se gosta do nosso perfume, quer saber qual é para comprar um igual. Quando me viu a dividir umas tangerinas com todos, disse que isso era impensável no meio deles. Partilha, só com a família.
Os muçulmanos do Gana são um povo sujo, e sem objectivos de vida. Andam por ali sem propósitos. Se falarmos mais de um minuto com eles acham que estamos a faltar-lhes ao respeito. Conduzem como loucos, como se não houvesse mais ninguém na estrada.
Na praia, disse ser estranho ver-nos de biquíni. O povo de lá toma banho vestido. Poucos sabem nadar.
Quando uns nigerianos se meteram connosco no segundo dia, perguntou-lhes logo o que queriam e disse-lhes que seguissem com a sua vida e nos deixassem em paz. Ofende-o essa "conversa da treta". Segundo ele, aquela gente só traz problemas. As praias estão desertas durante a semana, porque são dias de trabalhar. Se estás na praia na segunda feira, ou és irresponsável ou criminoso.
O Ken perdeu uma das filhas há pouco tempo. Não fala muito da família, só sabemos que tem 2 filhas com 18 e 15 anos, e um menino com 12. Tem uma quinta onde cria porcos, mas não gosta da carne.
Contou que guardou umas sandes no frigorífico que um colega lhe levou e que as comeu durante duas semanas. Pão com duas semanas? Mas estava bom? Diz que sim.









É justo mencionar que para aqui chegarmos demoramos mais de hora e meia num trânsito de loucos. Mas vale a pena quando percebemos que temos a praia só para nós.

domingo, 23 de outubro de 2011

Accra

Estou em Accra, no Gana. Onde? Pergunta a Cátia da Casa dos Segredos. Ali no corno do continente africano?
Tenho pouca experiência com o continente africano. Estreei-me no início do mês com a ida a Cabo Verde e isso foi coisa de resort, não se pode comparar com o andar no meio dos nativos. Foi o que fiz desta vez, eu e a tripulação inteira.
Começámos por sair na noite em que chegámos. A maior parte dos colegas já era experiente nestas andanças e sabia exactamente onde ir. Geralmente torço o nariz a sair à noite quando sei que me espera uma acordar cedo no dia seguinte e um dia de praia, mas não é todos os dias que se vem ao Gana, e fui ver como era. Uma coisa é certa: gostam todos de dançar. Não havia um pézinho parado. As moças andam de saltos altos stiletto, que me faziam confusão só de ver como se equilibravam com aquele movimento todo, e uns microvestidos que terminavam mesmo abaixo do rabo. (E eu vestida à safari com umas sapatilhas Merrel nos pés que mais parecia que ia para as obras...)  Os rapazes, meio atrevidotes, a querer dançar "à africana", que é como quem diz coladinho, mas boas ondas, percebiam onde não eram  queridos.
Chegámos às 5 da manhã ao hotel e eu, arrependidíssima de ter ido, porque se há coisa que priveligio é o meu sono, e esse ia ficar seriamente prejudicado.
Hoje, 9 da manhã e de pé para seguir para a praia. Deu para ver a cidade, uma cidade muito diferente do nosso conceito. Prédios são poucos, muitos bairros habitacionais, nenhuma "baixa", e uma avenida enorme de barracas onde se vende de tudo na rua. Vendedores ambulantes é o mais normal. Andam no meio da estrada com sacos enormes na cabeça e a melhor postura já alguma vez vista, a vender pelas janelas dos carros. Água, sumos, bolachas, pastilhas elásticas, grandes inhames. O que for. Gente branca nesta avenida, acho que só mesmo nós.
A condução dos locais é de loucos, em vez de pisca quando ultrapassam buzinam e mandam-se para a frente uns dos outros à maluca. A estrada que nos levava à praia, Bojo Beach, estende-se por uns 5 km de terra batida e mais de 20 000 buracos. É sem dúvida o pesadelo de qualquer condutor.
E depois chegamos à praia. Uma maravilha. Um mar quentinho. Uma temperatura perfeita.
Amanhã há mais que isto já se está a alongar e a ficar chato.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Não há discussões sobre quem vai levar o lixo à rua.

Começou a aquecer.
Parou de arrefecer.
Deixou de fazer aquele barulho horroroso pela noite fora que nos diz que está vivo e de boa saúde.
Deixámo-lo descansar uns dias e pareceu recuperar da maleita, mas poucos dias depois estava na mesma: quentinho, silencioso.
Chamámos o senhor doutor e dez minutos e 50 euros (!!!) depois deu-nos a má notícia. "É para abater. Não há nada a fazer."
Mas era uma criança, só tinha 2 anos e meio. Como é que isto foi acontecer?
Resta chamar o coveiro para enterrar o defunto. Logo haverá outro para o substituir.
Adeus frigorífico! Que sejas feliz no ferro velho da beira da estrada. Ou seja lá onde vos enterram.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Achava que a música dos Roupa Nova era sobre uma senhora chamada Dona. Dóna e não Dôna.


Há dias em que se junta uma tripulação de boa gente e aqui a reclusa que geralmente chega e se enfia no quarto decide aproveitar o bom que o trabalho oferece e sair para jantar com ela. Ontem acabámos no bar do terraço no hotel Porto Palácio. A vista para a cidade do Porto é fenomenal, o serviço excelente e dá para passar um bom momento sossegado. Aproveitei para pôr o meu eu Sexo e a Cidade e pedi um Cosmopolitan. Segundo o colega que estava ao meu lado, sou a Charlotte da série. Será?

terça-feira, 11 de outubro de 2011

E não me apetece nada.

domingo, 9 de outubro de 2011


Achava que os Guns'n'Roses tinham dois vocalistas, um bonzinho e outro mau. Nem me passava pela cabeça que pudesse ser o mesmo homem, que simplesmente fazia a barba.


A Bimby da minha mãe veio fazer-nos uma visita. A intenção é perceber se começo a cozinhar com mais frequência, mas parece-me que o problema não é a falta de vontade de cozinhar, é a falta de vontade de ir ao supermercado. A ver vamos. Até pode ser que o rapaz se anime com o livro de receitas e com os botõezinhos e corra já para o Continente.

E continuamos com o frigorífico avariado, que agora parece ter vontade própria. Ora arrefece, ora deixa de funcionar. Ora congela, ora só mantém congelado. 

Cabaz da Pipoca

Cheguei agora a casa depois da produção para o passatempo do mega cabaz da Pipoca. Estou morta de cansaço e se não ganhar nem que seja o 3º prémio juro que tenho um desgosto. Meto baixa psicológica e tudo. Merecia, só pelo trabalhinho que tive, pela agonia que sofri e pelo tempo que roubei aos meus primos que me ajudaram prontamente. Ainda não vi o resultado final, mas tenho a certeza que vai estar digno de ir para a exposição da world press photo.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Uma pessoa vem de férias e cai na cama com o desgosto. Ele é intestinos desarranjados, ele é nariz entupido e garganta a arranhar, ele é acordar às 4 da manhã com a boca toda seca e quase sem conseguir respirar. Comi uma torrada ao pequeno almoço que me soube a papel. Já o marido também está com uma inflamação no olho digna de ida ao oftalmologista. Eu fugi para casa dos papás, ele ficou sobre a alçada da sua mãezinha. Voltamos a reunir-nos com plena saúde.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Chama-se frigorifico. Está para ali largado à espera que alguém faça alguma coisa dele.

terça-feira, 4 de outubro de 2011



E soube a pouco. Foram só 3 dias de praia e calor abrasador, numa escapadinha para comemorar o primeiro aniversário de casamento e arrastámo-nos  de volta para casa com planos de voltar já na próxima oportunidade. Veio connosco o escaldão e a areia no fundo da mala.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Gosto

terça-feira, 27 de setembro de 2011

'Pan Am'


Vi ontem o primeiro episódio desta série. Passa-se nos anos de ouro da aviação, em que tudo era charme e glamour e a guerra fria espreitava atrás da porta. As meninas eram pesadas e examinadas antes de entrarem a bordo (estado da farda, das meias, das mãos, e se tinham cinta). Gostava de ver isso na companhia em que trabalho. Os voos nem saíam com tanta irregularidade que se vê hoje em dia. É triste perceber que este glamour se está a perder, que a profissão está a ser banalizada, mas tenho de admitir que a culpa é nossa ao não seguir os padrões da empresa em que trabalhamos por preguiça de acordar 5 minutos mais cedo para ter tempo para arranjar melhor o cabelo e a maquilhagem, ou não tratarmos a farda com o cuidado que merece. O orgulho de trabalhar numa cabine de avião já não existe em todas nós e isso acaba por ser a grande causa. É pena...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Oh Ryan!!



Acabadinha de chegar do cinema. Gostei do filme. Gostei do homem. (O marido gosta da Emma Stone, por isso estávamos em pé de igualdade).

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A parvoíce, quando bate, bate forte. E eu às vezes ainda ajo como se tivesse 16 anos. Voltaram os Diários do Vampiro. Todas as sextas vai sair um episódio novo. Já vi o primeiro e parecia uma tontinha a chorar e a viver aquilo como se fosse eu. O que é que eu posso fazer? Dá-me para isto. E para piorar, descobri que há livros da série e já fui comprar o primeiro... Talvez precise de ajuda psiquiátrica para sair deste estado adolescente.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Toda podre

Foi assim que me senti no fim de uma consulta/sessão de fisioterapia.
Resolvi marcar depois de sentir de novo uma dor chata no ombro que aparecia sempre que estava para chover. Incomodava-me, fazia-me andar sempre a rodar o braço tipo helicóptero e nem as raras massagens do marido ajudavam. Chego lá, com a ideia que vão pensar que sou uma mariquinhas que prali foi só para ver se ganhava uma massagem porque aquilo só deve ser um osso fora do sítio ou um mau jeito sem importância nenhuma, até que o mocinho me põe as mãos em cima e faltou pouco para gritar de dor. Foi directo a cada pontinho em que me doía e espetava lá o dedo até eu me contorcer de dor. "Ah pois, estão aqui umas tendinites, e também já está aqui a começar um avançamento do não sei quê. Deixa ver o diafragma. Pois, este lado também já está alterado. E as costas? Ui! Que bela escoliose. Temos aqui muito trabalho pela frente. Já andas assim há quanto tempo? Há mais de um ano com certeza. Pois, e depois vai passando o tempo e isto fica assim, bonito." Estive lá mais de uma hora a ser mexida de um lado para o outro. A descobrir que tinha dores em sítios que desconhecida. Saí de lá com um autocolante no ombro azul turquesa "para que não se perca o trabalho de hoje até à próxima sessão". Senti-me uma velha, toda perra e empenada. Quarta-feira há mais.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Ai as férias

Estava tudo alinhavado nas nossas cabeças. Vimos os voos, decidimos o hotel e ontem íamos marcar tudo. Cabo Verde, 4 diazinhos para substituir um verão inteiro. Uma coisa baratinha para não se gastar muito dinheiro. E eis que, abro o congelador para tirar o puré do Pingo Doce para o jantar e está tudo mole. Eis que começo a pôr a mão nos outros congelados e está tudo mole. Eis que noto que a parte debaixo da porta está quente demais. Toca a mandar tudo o que estava lá dentro para o lixo. Toca a ter um desgosto quando se percebe que a garantia se perdeu há uns míseros 8 meses e que um frigorífico novo nos leva o orçamento das férias.
Hoje, em vez de reservar o voo e marcar o hotel, estive a ligar para a assistência técnica, a tentar perceber onde está a avaria, se há uma avaria e a rezar umas quantas Avé Marias e Pai Nossos para que isto seja apenas o motor a funcionar demais por causa do calor que tem estado.

Coisas da sogra

Tem uma fixação sobre o que eu como e o que eu não como. Por ela eu estava sempre sentada na sua cozinha a comer sopa, um bifinho com arroz e fruta. Mora mesmo ao meu lado e deve fazer-lhe confusão não sentir o cheiro a refogado todos os dias, a sair da minha cozinha. "Só comes porcarias... Já te disse que se precisares só tens de bater aqui à porta que tenho sempre comida feita" O mal é que eu fui habituada a comer comida de alta qualidade, que a minha mãe é uma grande cozinheira, e, verdade seja dita, a comida que a empregada lhe deixa feita não é das melhores. Para além disso, eu gosto mesmo é de andar de pijama em casa o dia inteiro sem ter de pensar no que vou ou não comer. Se tiver fome como uma bolacha, ou uma maçã, ou um pacote de amendoins, e fico feliz com isso. Não é muito saudável, mas é o que gosto. Já na casa dos meus pais era assim. Chegava a hora de almoço e eu punha-me a comer laranjas à maluca e depois era capaz de comer caldeirada de lulas ao lanche. Bem, isto tudo para dizer que a senhora agora arranjou outro argumento: "Tens de que engordar senão não consegues engravidar". Olhem qu'esta! Até parece que estou anoréctica e louca para ter um filho ao ponto de me pôr a comer à maluca para engordar e lhe fazer a vontade.

domingo, 11 de setembro de 2011

Dez anos depois


Ainda fico arrepiada e com lágrimas nos olhos quando vejo as imagens do 11 de Setembro, quando vejo aqueles homens em queda livre, num mergulho para a morte porque se vêem encurralados num mar de chamas, quando ouço as gravações dos telefonemas daqueles que percebem que aquilo é o fim e usam os últimos minutos para se despedir de quem amam.
Ainda me parece impossível que uma coisa daquelas tenha acontecido.

Se há coisa que gosto é ver e ouvir a minha mãe a rir à gargalhada. Fica tão engraçada.

sábado, 10 de setembro de 2011

Perdi o meu livro do Domingos Amaral. Deixei no avião e foi dado como "missed in action". Paciência. Ainda nem ia a meio. Pena foi com ele ter ido um postal do monte Fuji que uma amiga me mandou em 2007 a anunciar que se ia casar e estava a servir de marcador.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011



Gostei tanto de ver a actuação da Beyoncé com o seu baby bump e confesso que me veio uma lágrimazita ao canto do olho quando no fim ela abre o casaco e começa a fazer festinhas na barriga e mostram o Jay-Z feliz da vida na audiência. Tão emocionante.

domingo, 28 de agosto de 2011

Comentários

Não consigo fazer comentários em alguns blogs que sigo. Diz que o meu perfil não está autorizado. Lu, o teu é um dos tais e outro é o Bem Me Queres. Sabem porquê?

sábado, 27 de agosto de 2011

Uma gaja fica um bocado deprimida quando percebe que a barriga de grávida da Diana Chaves é do mesmo tamanho do que a dela num dia normal. Mas tendo em conta que hoje a única coisa que meti para o bucho foi iogurte grego com mel (mesmo grego, vindo de Atenas porque tive a sorte de passar a noite acordada a fazer o dito voo - e isto é para ler com tom irónico), queijo grego (alumi, penso), umas 3 fatias de salame e meia farturinha, não é de admirar.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ai senhores!

O que é que a Judite Sousa fez à cara?

domingo, 21 de agosto de 2011



Ian Somerhalder






Acho tanta graça ao irmão mau dos diários do vampiro com aquele arzinho sarcástico. Sabia que o conhecia de algum lado e só hoje é que percebi que era o irmão da loira nos perdidos que morreu logo na primeira temporada.

Colin Egglesfield



Ia ali ao lado aos EUA procurar este mocinho que me arrancou tantos suspiros enquanto via o Something Borrowed. É que até à minha fase Gary Barlow sempre disse que gostava de morenos de olhos verdes. Depois passou-me.

sábado, 20 de agosto de 2011

Os pais estão no Algarve.
O mano está no Algarve.
O marido está no Algarve.
Até os sogros estão no Algarve.
E eu estou práqui largada sozinha em casa, porque o trabalho assim o obriga.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Ontem:
Estive duas horas e meia na loja do cidadão para renovar o passaporte (quando tirei a senha tinha mais de 100 números à minha frente, o bom foi que metade desistiu da espera e sempre deu para dar um grande avanço no livro que estou a ler).
Fui ao supermercado.
Vi episódios da série Os diários do vampiro.
Fiz o jantar.
Vi a telenovela Anjo Meu (sou pirosona, pronto, não há nada a fazer).
Lavei a loiça.
Meti-me na cama e recebi 3 minutos de uma massagem nos ombros. Vá lá. Podia nem ser 1.

Hoje:
Vi emails.
Vi o Facebook.
Comi 3 pêssegos como pequeno almoço.
Pus a máquina a lavar roupa de cor.
Vi episódios da série Os diários do vampiro.
Almocei o resto do jantar.
Estendi a roupa de cor e pus a máquina a lavar roupa escura.
Vi a telenovela Alma Gémea (pirosona, avisei).
Fui finalmente tirar o pijama e tomar banho.
Estendi a roupa escura lavada.
Fui ao Pingo Doce. Comprei melancia, pão e pipocas.
Vi episódios da série Os diários do vampiro.
Comi melancia e pipocas.
Vi episódios da série Os diários do vampiro.
Telefonei ao marido para convencê-lo a acabar com as sobras do jantar de ontem. (Shame on me).
E cá estamos. A tentar não ver mais episódios dos vampiros.

sábado, 13 de agosto de 2011


Podem dizer que é para adolescentes, que a cena dos vampiros já enjoa, o que quiserem. Eu adoro.


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Não sei como há pessoas que conseguem fazer daquelas férias de verão só de praia e noitadas, todos os dias sem descanso. A mim a praia (ou a piscina) rouba-me todas as energias. Chego a casa derreada, quase a desmaiar. Se pudesse metia-me logo na cama sem sequer tomar banho. Nas vezes que fui às caraíbas era a chata. Depois do jantar já estava a abrir a boca de sono. Beber uns copos? Nem pensar nisso. Vou meter-me na cama. O marido já sabe que comigo é acordar cedo para enfardar ao pequeno almoço (o melhor dos hóteis) e deitar cedinho. Não se importa porque também fica sem forças muitas vezes. Deixem-nos ficar em casa a ver concursos de culinária que somos um casal feliz.

Não comi grelos.
Não comi espinafres.
Não comi sopa.
Não comi alface.
Não comi kiwis.

Então porque raio é que fiz cocó verde?

quinta-feira, 4 de agosto de 2011





















Portinho da Arrábida.


Meia hora para conseguir mergulhar.

Mil pedrinhas no fundo do mar para lixar os pés.
Não sei dizer o que era pior, se a temperatura da água, se a dor na planta dos pés.
Fugimos cedo porque já se adivinhava o escaldão.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Santini

Volta e meia rumamos a Cascais depois do almoço, ou depois do jantar para ir comer um geladinho ao Santini. Melhor que estes, só comi mesmo em Milão. Chego lá, leio a lista de sabores uma e outra vez, faço a conjugação de sabores na minha cabeça e acabo sempre a escolher a mesma coisa. Morango e chocolate. É tão bom! Era capaz de comer um balde inteiro!

sexta-feira, 22 de julho de 2011


Hunter Regent Savoy




Deu-me a louca e fiz uma extravagância em Amesterdão. Chovia água que Deus a dá e andava com umas sapatilhas de pano todas encharcadas. Numa das nossas paragens para fugir ao mau tempo deparei-me com estas meninas, (que já andavam debaixo de olho há ano e meio, mas noutro modelo), e pensei, "não é tarde nem é cedo, é já!" Saí da loja com elas nos pés e tive de me segurar para não ir pular nas poças de água. São do mais confortável que há e espero que me durem anos e anos sempre bonitinhas para fazer render o dinheirinho que me levaram.

terça-feira, 19 de julho de 2011










Nunca o neguei, nunca tive vergonha de admitir a minha paixão de adolescente pelos Take That. Passei a fase dos posters no quarto, do falar 24 horas por dia sobre eles, de imaginar o meu casamento com o Mark Owen, depois com o Gary Barlow. Gastei milhões em cds, vídeos e revistas. Dava pulinhos de alegria sempre que ouvia alguma das suas músicas na rádio, decorava as letras no mesmo dia em que as ouvia pela primeira vez, fazia as coreografias em frente à televisão e enlouquecia quem estava à minha volta sempre com a mesma conversa. E depois eles acabaram. E depois eu cresci. E depois eles reuniram-se. E eu voltei a segui-los. Claro que sem a mesma obsessão, mas com o interesse de uma velha amiga. Fui a um concerto a Manchester há uns 5 anos. A primeira vez que os vi ao vivo. E a segunda foi ontem em Amesterdão. Lá estavam os 5, já velhinhos e ainda a conseguir encher estádios. Até me vieram as lágrimas aos olhos de emoção quando cantaram as músicas dos primeiros anos. Tinha 16 anos de novo. E quando acabou ficou aquela sensação de vazio, aquela sensação de que era a última vez que os ia ver ao vivo. Será? É que se pudesse ia vê-los de novo já amanhã.

;;