quinta-feira, 25 de outubro de 2012



No outro dia, ia eu no carro da minha mãe quando começou a chover e eis que as escovas começaram a funcionar sozinhas. Fiquei fascinada.
Noutro dia, liguei o disco externo à televisão e eis que, via USB, consegui aceder a todos os filmes, mesmo os que estão num formato mais esquisito, legendas incluídas. Fiquei fascinada e dei pulinhos de alegria.
Noutro dia, recebi a notícia de que já havia internet nos aviões. Caríssima, mas há. Fiquei fascinada.


Volta e meia ponho-me a pensar no que a tecnologia evoluiu no meu tempo de vida, e continua a evoluir. Ainda me lembro de ter só um telefone fixo em casa, de ter um telex no escritório que fazia furinhos numa fita de papel, e de depois aparecer o telefax, muito mais moderno. Lembro-me do computador com disquetes, e de outro mais pequenino que fazia uma ligação aos bancos via telefone. Tive discos, tive cassetes, tive cds. Tive vídeos beta, vhs, dvds. Tive um walkman e um discman. O meu pai foi dos primeiros que vi ter telefone no carro, e mais tarde um portátil enorme. Cresci sem cintos de segurança no banco de trás, sem cintos obrigatórios no banco da frente, com bebés a viajar em alcofas e a ir para a natação sentada na bagageira de um carro comercial. Tinha de consultar dicionários e enciclopédias para fazer o trabalho da escola e tinha de enviar cartas para os meus amigos de verão. Agora fico zonza só de pensar que numa mini pen consigo ter filmes e músicas. Mas como raio é que aquilo funciona? Nunca cheguei a perceber como é que os discos de vinil funcionavam (nem as cassetes, nem os cds) e agora dizem-me que já nem isso é preciso. Basta um telefone e temos tudo na palma da mão, onde quisermos. E o wi-fi ou o bluetooth? Alguém me explica como é que a informação passa no ar de um aparelho para o outro? É que fico fascinada.

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