terça-feira, 3 de março de 2009

Vida a dois

Passei os últimos dias, como já disse, feita gata borralheira. Como o moçoilo andava no turno das madrugadas, deixava que dormisse uma sesta enquanto eu andava para trás e para a frente com paninhos e esfregonas. Trabalho terminado saltava para a cama e acordava-o, ou melhor, tentava acordá-lo e obtinha respostas feias, deixa-me dormir e coisas piores. Aí amuava, pois tá claro. Então, anda uma pessoa a estafar-se para deixar a nossa casinha mais apresentável e ele manda-me passear. Esperei uma hora, pus a máquina a lavar, limpei a cozinha, e olhei para a rua para ver o que os vizinhos andavam a fazer. Passei pelo quarto e disse "são 5 da tarde, levanta-te". Nada de resposta. Fui tomar banho. Ainda nem tinha almoçado! Vesti-me e preparei-me para sair. "Onde vais?", disse meio a dormir. À rua. Levanta-te. Saí. Pelo caminho já pensava em ir embora para casa, deixava-o a dormir e logo havia de ver que não estava lá. Que raiva que sentia! Não era capaz de se levantar, sabendo que eu estava à espera dele! Quando cheguei a casa, já mais calma, mas ainda amuada, estava a haver uma perseguição na nossa rua, com direito a polícia de choque e tudo. Quando lhe disse saltou logo da cama para ver o que se passava. Parvalhão! Entretanto saímos e levou-me ao meu sítio favorito para comer hamburgers, depois fomos à Area comprar coisinhas e lá me passou a birra. À noite fez-me cházinho enquanto eu forrava as gavetas da cozinha.
Ontem, a conversa foi outra. Iniciei-me no ginásio lá da rua. Armada em esperta fiz logo o circuito todo praticamente em jejum (só tinha bebido um leitinho com chocolate). Cheguei a casa de rastos e só consegui deitar-me no sofá. O moçoilo estava no computador, mas quando lhe pedi para me fazer chá, saltou logo para a cozinha. Apareceu com chá e pãozinho com manteiga. Eu, enfadonha como estava, em vez de agradecer, reclamei. Ora, com pão com manteiga não se bebe chá, bebe-se tofina. Com chá come-se pão com doce, a não ser que sejam torradas. Assim dita o meu estômago. O mais-que-tudo não se fez de rogado. Fez-me a tofina, e voltou a levar-ma ao sofá onde eu estava prostrada há mais de uma hora. No fim disse-lhe para se deitar no sofá comigo, ele que era tão bonzinho para mim.

3 Comments:

  1. Anónimo said...
    Nesta história toda, algo falhou.Trata melhor o moçoilo, que assim não dura muito ( ninguém gosta de ser maltratado).
    Mrs. Sea said...
    Ele é querido! Remediou o erro! Se calhar seria mais divertido se dividissem as tarefas domésticas não?! :)
    Bjins
    Anónimo said...
    Conselho?? Nâ arrumes nada!
    Enfia te na caminha c ele. Aproveita ouvir a chuva la fora e ver os teus cartoons preferidos ;)

    (desisti de o fazer ver q estou feita uma fada do lar...)

    Beijocas e boas arrumações

    Rute

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