quinta-feira, 23 de setembro de 2010

José Luís Peixoto

Houve um tempo, não muito distante, em que tive a sorte de poder cirandar no meio da cultura, dos áudio-visuais. Já falei disto, com certeza. Conheci actores, locutores, realizadores, apresentadores, músicos e escritores. Não privava grandes horas com eles, mas o tempo que passava naquele meio e respirava o mesmo ar carregado de ideias e conhecimento, fazia-me sentir outra pessoa. Era para aquilo que tinha nascido, para aquele mundo, foi para o que estudei. Infelizmente a vida dá voltas, o dinheiro fala mais alto, e fui parar a outra profissão, uma que não podia ter menos a ver com tudo isso, mas que, apesar de tudo, adoro. No entanto, se puder, vou voltar àquele círculo. Uma pessoa não volta a ser a mesma quando sente o cheirinho de uma regie e a adrenalina de um programa em directo, nem quando participa de uma reunião sobre um novo programa.
Uma das minhas pessoas favoritas era o José Luís Peixoto. Vi-o agora no jornal das 10 a lançar o novo "Livro" e bateu aquela saudade. O Zézinho é um amor. Não me conhecia de lado nenhum e sempre me falou como se fosse uma amiga. Enternecia-me só de o ouvir falar, aquele jeito de menino. Tenho saudades daquilo. Tenho mesmo saudades.

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