terça-feira, 1 de abril de 2014
Ainda acho estranho quando me ouço dizer "a mãe está aqui" ou "a minha filha", embora me saia com naturalidade. A informação vai assentando aos poucos.
Tento dá-la ao mundo. Esconder a cara na asa quando pegam nela e me roo de ciúmes. Já não estou tão mal como nos primeiros dias em que me queria fechar num quarto sozinha com ela e o pai e nem a minha mãe teria ordem para entrar. Aquece-me o coração quando sente a minha falta, quando só se acalma ao meu colo. Sei que esta dependência não é inteiramente saudável, mas faz-me sentir a pessoa mais importante na vida dela. Começo a temer o dia em que tiver de voltar ao trabalho, penso nisso todos os dias.
Ela sorri. Sorri muito. Já adormece sozinha (na maior parte das noites) e deixa-me dormir 5 e 6 horas de seguida. Fala comigo como se fosse adulta, olha-me como se percebesse tudo o que digo. Faz-me querer dar-lhe o melhor do mundo. Todos os dias há descobertas novas que me deixam maravilhada. Cresce tão rápido…
A ficção com crianças assassinadas faz-me mais impressão. As notícias sobre crianças chocam-me mais (mas felizmente não tenho o hábito de ver noticiários).
2 Comments:
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- Luciana said...
1 de abril de 2014 às 21:47...e nem mencionaste que ela tem uns persuntinhos nas pernas que só apetece trincar :)- Luciana said...
1 de abril de 2014 às 21:48...sim porque são persuntos e não presuntos. E viva a dislexia da gravidez!