Contei à minha mãe e às minhas amigas, escrevi no blog, mas não lhe contei. Porquê? Não sei bem porquê. Porque achei que não era coisa que lhe interessasse, que se ia aborrecer e ficar calado durante meia hora só porque eu tive a infelicidade de me cruzar com um toni na auto-estrada. Penso que foi essa a razão, não sei se o meu subconsciente tem outra. Não foi por mal, foi burrice, ingenuidade, ou outra coisa qualquer, porque, quando ele me perguntou, andávamos nós pelo Chiado à casal apaixonado e eu comia umas castanhinhas assadas que me sabiam que nem ginjas, se nunca mais tinha falado ou encontrado o fantasma do natal passado, respondi-lhe com a maior naturalidade do mundo “olha, vê lá que o encontrei na auto-estrada”. Ficou aborrecido. “E só mo contas porque te perguntei?” Não, não te quis chatear. Foi mesmo só por isso. Mas segundo ele, o não contar é quase como mentir. Se lhe conto o meu dia todo e omito esta parte específica é por alguma razão. E são nestas coisas sobre as quais se constrói a confiança... He's got a point. Entendo o que diz. Mas não foi por mal, juro que não.
Já me aconteceu uma parecida, e também tinha a ver com pessoas que passaram na minha vida.
Fico possesso.
E disse logo: "Estas a ver qual é a diferença entre mim e ti? É que eu conto-te tudo no momento e tu só passadas 3 semanas ou um mês é que me estas a dizer isso. E com essa descontração toda????"
Mas eu não fiz por mal, mas há coisas que não acho que tenham importância suficiente para serem ditas. Enfim...
Mas tenho aprendido...