quinta-feira, 30 de junho de 2011

A sogrinha

Às vezes fico com o estômago às voltas só de ouvir a sua voz numa altura em que queria descanso, ou tenho de respirar fundo para não gritar quando a senhora me pergunta pela milésima vez se não quero ir lá a casa comer alguma coisa e repete os 30 mil pratos que tem para me oferecer, sem esquecer que pode sempre grelhar um bifinho. Mas a senhora tem bom coração, acha que eu estou magrinha. E apesar de já ter ouvido a história de como quase morreu aos 7 anos de idade com uma peritonite aguda, acho-lhe graça. Sai-se com cada uma, que tenho de me controlar para não rir na cara dela.

Hoje fomos as duas comer uns caracóis e beber uns panaches. Lá ouvi as queixas sobre a ex-nora e sobre o filho divorciado. Yada, yada, yada. No regresso pus-me a pensar que até na sogra tive sorte. Pós-me sempre à vontade e nunca teve segredos. Fui logo acolhida na família e sei que me vai ajudar sempre que precisar. Nada mau.

0 Comments:

Post a Comment