sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Quem? Eu?

Publicada por P à(s) 23:27


Pois bem, não basta contar apenas as misérias, tenho ainda a tendência a fazer-me de vítima, disse-me ela. Está aí uma coisa em que nunca tinha pensado, nunca me vi realmente no papel de coitadinha, mas se calhar tenho mesmo queda para a tragédia. Mundo horroroso que só me trata mal! Será? Ou serei eu a meter-me em situações inconvenientes? Parece-me que o mais certo é esta última hipótese. Os meus amigos não me dizem que estou errada porque estão do meu lado. Mas qualquer pessoa que ouça falar da minha vida, vendo-a do lado de fora, ao ter de escolher um culpado a ser punido, iria apontar-me o dedo. Sim, sou eu que escolho ter um caso de anos com alguém que tem namorada, sou eu que decido sair com amigos casados (mesmo que não veja mal nenhum nisso), sou eu que inicio relações condenadas logo à partida e decido continuar com elas. Sou eu que faço isto tudo, são escolhas minhas, não tenho de culpar ninguém, nem de me vitimizar. Quem semeia ventos, colhe tempestades e a chuva forte começou a cair agora. Só tenho de segurar bem as paredes da barraca e esperar que não desabe.

 

4 Comments:

  1. Isa David said...
    4 de agosto de 2007 às 10:51  
    As escolhas que fazemos não têm de ser catalogadas como certas ou menos convenientes, fazem parte da nossa aprendizagem. Quem vê tal casca de banana e mesmo assim se atira de cabeça para ir a patinar nela até ao fim do mundo e tem a coragem de o admitir é alguém de coragem. Sim, atiramo-nos para o poço e gostamos. E conseguimos sair de lá lindas e maravilhosas. Para nos enfiarmos noutro logo depois. É um género de clube suicida, mas gostamos. E é preciso estofo.
    Beijo enorme
    Francisco o Pensador said...
    4 de agosto de 2007 às 11:52  
    Sim...mas quem se atira ao poço e gostou de o fazer,não vai posteriormente lamentar-se de o ter feito!

    Se "gostou",era suposto ficar feliz,não?

    Na minha opinião não é preciso muito estofo para magoar-nos a nós próprios (nem aos outros!)....aliás!....é tão fácil,que já se tornou a coisa mais banal do mundo.....
    Anónimo said...
    4 de agosto de 2007 às 18:46  
    bem, tu pode tb escolher sair da barraca e ir ver a tempestade de perto, sentir a água lhe chicoteando o corpo... há blz (e serventia) nisso, acredite.
    Anónimo said...
    5 de agosto de 2007 às 20:41  
    ainda nem li este post... respondo ao que me deixaste e como não sei fazê-lo de modo a ficar na minha pág, vai assim... sim sou euuuuuu. mnas tu foste avisada, enviei-te um mail a comunicar o "lady..."
    bem-vinda!!!!!

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