Pois bem, não basta contar apenas as misérias, tenho ainda a tendência a fazer-me de vítima, disse-me ela. Está aí uma coisa em que nunca tinha pensado, nunca me vi realmente no papel de coitadinha, mas se calhar tenho mesmo queda para a tragédia. Mundo horroroso que só me trata mal! Será? Ou serei eu a meter-me em situações inconvenientes? Parece-me que o mais certo é esta última hipótese. Os meus amigos não me dizem que estou errada porque estão do meu lado. Mas qualquer pessoa que ouça falar da minha vida, vendo-a do lado de fora, ao ter de escolher um culpado a ser punido, iria apontar-me o dedo. Sim, sou eu que escolho ter um caso de anos com alguém que tem namorada, sou eu que decido sair com amigos casados (mesmo que não veja mal nenhum nisso), sou eu que inicio relações condenadas logo à partida e decido continuar com elas. Sou eu que faço isto tudo, são escolhas minhas, não tenho de culpar ninguém, nem de me vitimizar. Quem semeia ventos, colhe tempestades e a chuva forte começou a cair agora. Só tenho de segurar bem as paredes da barraca e esperar que não desabe.
Beijo enorme
Se "gostou",era suposto ficar feliz,não?
Na minha opinião não é preciso muito estofo para magoar-nos a nós próprios (nem aos outros!)....aliás!....é tão fácil,que já se tornou a coisa mais banal do mundo.....
bem-vinda!!!!!