sábado, 6 de dezembro de 2008

Adivinhem quem me tem aparecido em sonhos nos últimos tempos? Várias vezes, posso dizer. Não, não é o Gary Barlow. Não é o mais-que-tudo, nem nenhum dos tonis do passado. É um peso na consciência, um remorso que não ficou esquecido e que me atormenta nos meus sonhos, que deviam ser descansados e bonitinhos. Lá está, cá se fazem, cá se pagam. Com quem é que ando a sonhar? Com ela, com a namorada daquele com quem andei uma vida inteira a fazer-me de cega e a fingir que não existia outra pessoa na sua vida. Existia, e, agora que ando feliz e contente com o meu mais-que-tudo, imagino o que seria se ele me aprontasse uma parecida. Não ia gostar, ah pois claro que não ia. Penso que nem ia tolerar, que ia fugir dali para fora sem sequer discutir. Mas ela aguentou ao lado dele anos de traição, e ainda estão juntos. Se alguma vez soube de mim ou de outras, não faço ideia. Sempre achei que sim e na minha burrice, parvoíce e idiotíce, fazia daquilo a nossa luta pessoal, o vamos lá ver quem fica com ele. Como me magoava que ele tivesse outra pessoa não me passava pela cabeça que ela também pudesse sair ferida desta história toda. E agora é um tormento sempre que a encontro na rua, fico nervosa, como se lhe devesse dinheiro e não tivesse como pagar. Sonho com esses encontros, com o não saber se devo dizer alguma coisa ou se nem tenho o direito de lhe falar. Talvez um dia aconteça estarmos juntas nalgum evento, com os amigos que temos em comum e isso nos obrigue a esquecer o passado. Talvez um dia lhe peça desculpa, ou talvez não para não a lembrar de momentos infelizes das nossas vidas. O que queria mesmo, neste momento, era paz de espírito, mas talvez ainda não a mereça .

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