domingo, 24 de junho de 2007

Domingo Parte II


Afinal saí de casa e fui almoçar com a minha mãe e os meus tios. Passadas muitas horas quase me arrependi de ter ido. De almoço no Valado dos Frades, passámos a gelado em S. Martinho, passeio de jipe pelos montes na costa para os lados de Salir, seguimos para a Foz do Arelho e acabámos a lanchar nas Caldas da Rainha às seis da tarde. Se ao princípio achei graça, lá para o meio comecei a achar que nunca mais chegava a casa, e nos últimos minutos já nem abria a boca. Não é por mal, mas gosto de ter o meu espaço, não aguento muito tempo de socialização, começo a ficar nervosa e mal disposta, quase começo a responder mal a quem me rodeia. Cheguei a um ponto em que aquele domingo à frente da televisão já me parecia o paraíso. Mas foi bom ter ido, ouvido algumas histórias da sua juventude, histórias da minha avó, de como foi uma mulher forte (ficou viúva com 4 filhos para criar e o mais velho só tinha nove anos!). Desconfio vir de uma família de mulheres de fibra, mas isso é pano para um post inteirinho. Deste dia ficou na memória a forma como a minha avó lidava com os filhos jovens e os posters de mulheres nuinhas que penduravam nas paredes do quarto. Não fazia uma cena, não os arrancava e queimava como se fossem tentações do demo, simplesmente agarrava numas canetas e pintava uns belos biquinis sobre as partes íntimas das meninas. Elegante, não?

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