domingo, 1 de julho de 2007

Porquê?


Não imaginam o que é sair à noite, estar um bocado com os amigos, ouvir as histórias deles, partilhar os seus problemas, rir com os disparates de alguém, com a nossa própria embriaguez e, de repente, aparecer alguém que nos diz “Pois, mas tu gostas do João. Vi na tua expressão na outra vez que falámos dele.” Aí, o olhar brilhante torna-se baço, lágrimas de impotência ameaçam cair pela cara abaixo. Só não o faço porque estou em público e jamais chorarei em público. Colo o sorriso habitual e encolho os ombros como sinal de derrota. Não há nada a fazer. Já não sei, eu mesma, se ainda gosto dele. Sei que aprendi a não sentir a sua falta, sei que não sinto qualquer vontade de falar com ele, de conversar com ele. Afinal para quê? Sei que não vai mudar nada. Sei que vai ter de ser como um jogo em que o árbitro apitou para assinalar o final da partida. Não dá para voltar atrás, há regras para serem cumpridas, há outros jogos para jogar. Não há nada a fazer a não ser regressar a casa e pensar no que há de vir, que o amanhã será melhor, que o próximo jogo será ganho. A derrota fica marcada. Não há como esquecer todos aqueles treinos, todas aquelas técnicas, todas aquelas jogadas para chegar à vitória, todo aquele empenho, todo o amor à camisola... Não dá para esquecê-lo. Não dá para não sentir o aperto no estômago cada vez que me dizem “Então e o João? Gostava era mesmo de vos ver juntos, tu e ele, em vez daquela namorada que ele arranjou.” Então e eu e o João? Porque é que não foi? Porque é que não aconteceu? Desculpem continuar a insistir neste assunto, mas é que continuo a não entender.

3 Comments:

  1. Anónimo said...
    mas quem que disse isso?? eu n ouvi!!!!
    S.R. said...
    Yep! Eu sei como isso é! Mas já começa a ficar farta. Será que isto não passa, pá?
    Anónimo said...
    Passa à frente, atrás vem gente!


    Ele que tire a senha... Gosto do A, pa!

    Beijos e abraços. Excelente dia ;D;D;D

    R

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