domingo, 24 de fevereiro de 2008

Fantasma


Não queria voltar a falar nele, não queria dar-lhe qualquer importância, mas a verdade é que nos últimos dias me tem assombrado. Preferia que desaparecesse de vez, que esquecesse que existo. Não ia ficar triste, nem sentir a auto-estima em baixo por ter desistido de mim tão rápido. Ia ficar aliviada, isso é que ia. É que sempre que ele dá o seu ar de graça, com uma mensagem, ou telefonema, é como se passasse uma nuvem negra por mim. Nunca me arrependi de nada do que fiz, nem do que vivi. Foi tudo experiência de vida. No entanto, neste momento, se olhar para os últimos 9 anos da minha vida, não consigo lembrar-me de uma única coisa boa, não consigo dizer que valeu a pena por este ou aquele momento. Só me lembro dos traumas com que fiquei, do quanto alterada ficou a minha visão e opinião sobre relações entre homens e mulheres, do cepticismo que ligo à fidelidade. Não acredito em nada de bom e puro vindo dos homens, a desconfiança anda sempre por aqui. E a culpa é dele. E minha, porque deixei que o fizesse.

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