quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Com dois é bem melhor


Fiquei louca depois do jantar. Não louca desvairada, mas louca de não conseguir parar de pensar naquilo tudo, de começar, de voltar a querer estar com ele. É que não me conformava com aquela aceitação tão pacífica. Queria lágrimas e sangue. Acabar uma história destas, de anos, com um aperto de mãos não estava certo. Tinha de haver drama e tragédia, ou então sentiria-me insignificante, reduzida a uma coisa qualquer. Não podia ser. Voltei atrás, voltei a telefonar-lhe. E vi a minha vida a recuar anos luz. No dia seguinte já me via com ele de novo, já estava capaz de voltar à mesma história de sempre. Com a vantagem de que agora ele até me fazia as vontades. Ao segundo dia perdi o gás. Não vi melhorias, não vi o que queria. Ao terceiro perdi o interesse, já me era indiferente, se me ligasse ou não, se viesse ter comigo ou não. É que ao terceiro dia já não era ele que eu queria, era o outro. Ou seja, aqui a P só está contente quando tem o harém reunido a bajulá-la. Se falha um, o mundo acaba. Estou perdida.

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