quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Sem saber o que quero


Tenho dias em que me apetece mesmo muito fazer uma asneira. Telefonar a este ou àquele e ir ter com ele, rebolar um bocado nos lençóis e vir embora. Horny days, talvez. Mas por uma ou outra razão cortam-me as asas, adiam-me o encontro para o dia seguinte, ou para dias depois. Só que, quando chega a esse dia, a vontade que tinha já era. Foi-se. Esfumou-se. Nem mesmo ver a pessoa em questão me apetece. Mas vou na mesma. Está combinado, está combinado. Fico meio mosca morta, meio calada, com respostas monossilábicas, à espera que desça em mim a louca. Nuns dias aparece, noutros não. Quando não aparece deixo-me ser manipulada, vou ao sabor do vento, quero ver o que se vai passar a seguir. Digo muito não quero, não me apetece, não faças isso, fica quieto, pára. Ouço e não falo. Deixo-me andar por ali até chegar à hora de ir embora. Mas há dias em que se acende um rastilho. Uma conversa que ouço, uma memória de alguma coisa que me irritou, uns ciúmes desmedidos, nunca são coisas boas. Aí enlouqueço, fico chanfrada. Vais já ver o que é que te acontece! A asneira transforma-se em burrice.

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