quinta-feira, 29 de março de 2007

Recaídas

Já percebi como tem sido a minha vida nos últimos anos. Primeiro com o João, agora com o Nandinho. Com o João era dependência pura. Para mim ele era pior que droga, penso que já o disse. Se não consumia, era uma morta viva. Depois passava a ressacada e quando estava quase desintoxicada voltava a consumir. Aí começava tudo de novo. Euforia, ressaca, desintoxicação, recaída. Com o Nandinho começa a ser o mesmo. Ele é uma droga mais leve, não envolve a paixão desenfreada e o amor psicótico que sentia pelo João. Mesmo assim começa a causar dependência. Depois do encontro há a euforia, depois a ressaca em que ando como um carneiro mal morto, e quando começo a erguer de novo a cabeça e a pensar que eu sou mais eu, que não tenho nada de andar cabisbaixa à conta de homens, quando tomo uma dose de João para despertar (que já não faz assim tanto efeito mas ajuda a elevar o espírito) e encarar de novo a vida com outros olhos, zás. Toca o telefone. Lá vem o Nandinho de novo oferecer mais uma dose de euforia.
Ando nisto há já uns anos. Não há maneira de aprender. Não sei ter uma relação normal. Não sei pedi-lo nem forçá-lo. Há quem me diga que é uma defesa. Defesa de quê? De ter alguém que goste de mim a 100%? Ou de ter de gostar de alguém a 100%?

2 Comments:

  1. Anónimo said...
    :)

    afinal chegaste lá...
    aquela conclusão q a "culpa" não é deles... a serio, é nossa.

    somos nos q nao queremos crescer, babe...

    beijos
    Anónimo said...
    sim, "tu" estás a matar-te por dentro aos poucos...

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