segunda-feira, 5 de março de 2007

No hard feelings

Estive com ele, com o Nandinho. Passado um mês deixei que reentrasse na minha vida. Se calhar nem nunca tinha saído.
A culpa foi minha, que lhe telefonei, e ele, como menino obediente, achou que era uma chamada ao serviço e teve de ir picar o ponto. Nem vi bem o que estava a fazer quando concordei que passasse pela minha casa às 2 da manhã. Pior! Fui eu que fiz o convite para me desviar do dele para ir à casa dele. Fi-lo com a naturalidade que tinha há um mês atrás, com o mesmo hábito. Ele veio da mesma maneira. Chegou e beijou-me como se não me visse há uma semana. Respondi da mesma maneira, que se enfiasse depressa na cama porque estava frio. De repente, despertei. Aquilo não devia ser assim. Devíamos estar sentados no sofá, nervosos, a olhar-nos com desconfiança, a fazer perguntas estúpidas como “como estás” e “o que tens feito”. Ele devia estar a dizer porque não me tinha dito nada durante aquele tempo todo, ou que tinha saudades minhas, ou que lhe tinha feito falta, aquelas coisas que as mulheres gostam de ouvir. Eu devia estar a chamar-lhe nomes, a pedir explicações. Mas nada disso ia parecer normal. O normal connosco era o que estava a ver, o não aconteceu nada, o está tudo na mesma. É que está mesmo. Não há ressentimentos, amargura, coisas más para dizer um ao outro. Há um entendimento, porque quando estamos juntos, com a atenção presa um ao outro, até nos damos bem. Assim o Nandinho junta-se ao clube do João. Perto da vista, longe do coração…

1 Comment:

  1. Anónimo said...
    perto da vista, longe do coraçao??!!

    creio que será melhor perto do coraçao :)

    beijo enorme
    (já sabes que continuo enamorada ;D )

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