sábado, 20 de janeiro de 2007

Em Setembro de 2004

Deixei-me levar mais uma vez.
Tinha decidido que ia acabar com tudo, pela 7ª ou 8ª vez. Disse-lhe que não queria falar com ele, que não o queria ver de novo. Ele perguntou porquê. Porquê? Porque não me deixa feliz. Chorei um dia inteiro. E ele voltou a ligar. Mas é mesmo a sério? Queres mesmo deixar de falar comigo? Queres acabar? Quero. Mais 10 minutos de choro.
No dia seguinte a notícia de que estava à espera: o teu amiguinho foi com a namorada ao casamento do primo dela. Foi o quê? Mas o que é que ela tem que eu não? Porque é que ela aparece nos actos públicos e eu tenho de me contentar com escapadelas a meio da tarde ou da noite, em que ninguém nos pode ver?
Telefonei-lhe. Não atendeu. Devia estar amuado, coitadinho. Liguei de novo. Voltou a não atender. Mau! Já me recriminava por ter ligado. Pelo menos não tinha atendido. Não tinha feito figura de idiota. Mas ele ligou mais tarde.
Ouve lá, porque é que a escolheste a ela? Porque é que foi ela e não eu? Ela? Quem é ela? Eu não tenho mais ninguém. Só a ti. Não mintas! Porque é que continuas a mentir? Acabou! Mas não estou a mentir. Esse não sou eu...
Aparecia de novo a dupla personalidade. Duas pessoas numa só. Pronto. Chega. Esquece.
E fui a Turim. E fui procurar a revista que me tinha pedido. Mas porquê? Porque é que procurava pretextos para falar com ele?
Telefonei-lhe para dizer que não havia e ele percebeu que a minha birra estava a passar. Começou com a falinha mansa. Gosto tanto de ti. Tenho tantas saudades tuas. E eu sabia que neste momento faria o que lhe pedisse. Vem ter comigo logo à noite.. Estaria parva? Teria perdido toda a inteligência que me restava? Não saberia já o que ia acontecer?
Ia acontecer e aconteceu. Ele foi ter comigo. Conseguiu ter-me de novo. Fez-me mais umas promessas vãs e voltámos ao normal. Telefono, não atende. Telefono de novo, não atende. Liga mais tarde, fala durante um minuto, diz que tem outra chamada, que já liga, e nunca mais ouço dele. Será que não sabe que me deixa chateada? Claro que não. Só pensa nele. Só me procura quando precisa. Estou a ver que vem aí outra birra. Isto assim não vai lá.

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