sábado, 27 de janeiro de 2007

Transportes públicos

Não andava de metro há tanto tempo, desde os meus tempos da universidade. E hoje andei. Na verdade foi mesmo uma viagem ao passado, fui almoçar com um colega de curso que também não via há anos. Foi um reencontro engraçado, como se o tempo não tivesse passado por nós. Olhámos um para o outro e foi a desilusão do 'oh, estás na mesma'. Eu posso ter uns traumas a mais, ele ganhou uns cabelos brancos, mas entre nós estava tudo igual, a mesma boa disposição, o mesmo à vontade para contar tudo o que se passa nas nossas vidas, para dizer mal um do outro.
Almoço terminado e eu regresso ao metro. Aí uma menina olha para mim e comenta com a irmã como eu era bonita. Achei graça e sorri-lhe. Depois encostou-se à mãe e segredou-lhe "quero ser ela". Subi ao céu e desci. O meu melhor elogio de sempre. Inchei. Senti-me uma das modelos da revista que estava a ler. Nunca me tinha sentido tão inspiradora na vida de alguém. Nunca ninguém tinha dito que queria ser eu. Que emoção. Que bom andar de metro!

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