terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Identificações

Há músicas com que me identifico, que dizem exactamente o que sinto ou o que queria dizer a alguém e não tenho coragem. Nunca fui daquelas pessoas que abrem a boca e desatam a dizer o que sentem. Nunca consegui dizer a uma pessoa que gosto dela, que a amo. Nem à minha mãe! Não sei porquê mas tenho um bloqueio mental que deixa essas palavras morrerem antes de chegarem à minha boca. Fico à espera que as pessoas percebam o que sinto pelas minhas acções, mas estas também são duvidosas. Depois penso em dar-lhes a música que diz o que sinto, mas até isso pode ser interpretado de outra forma. Ninguém lê uma frase da mesma maneira, interpretam-na sempre de acordo com a sua vida, a sua personalidade, a sua cultura. Talvez até só me identifique com as músicas porque na altura ouço o que quero ouvir. Quando mais tarde leio a letra não é nada daquilo por que eu estava a passar.
Por via das dúvidas fica aqui a declaração.
Mãe, amo-te.
Pai e mano, são as pessoas mais importantes da minha vida. Apesar de todos os encontrões que damos não sei viver sem vocês.

Se há músicas com que me identifico, também há personagens em séries de tv.
Descobri há pouco tempo a série Anatomia de Grey e adoro. Adoro. E quem sou eu na série? Nada mais do que a Meredith. É quase como quando éramos pequenos e escolhíamos as personagens dos desenhos animados para brincar. Eu sou a Ana dos cabelos ruivos! Eu sou o power ranger cor de rosa! Eu sou a Meredith. A que se apaixonou por um homem casado. Eu sou a Meredith, que conhece um homem capaz de a fazer esquecer o outro, mas ainda assim fica na dúvida com qual deve ficar. Eu sou a Meredith, que pede ao homem casado para a escolher a ela, para deixar a mulher e escolher ficar com ela.
É uma série de tv escrita por alguns génios e prende-me. Faz-me ver a minha vida do lado de fora, ver o que sofro e o que recebo por sofrer, ver o resultado das minhas acções na vida de outra pessoa.
Quem vais escolher Meredith? No fim ficas com quem?

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