terça-feira, 17 de abril de 2007

Até que...

Até que, num belo sábado, neste sábado, quando estava a conversar com uma amiga, a combinar um fim-de-semana no Funchal dedicado à gastronomia, vi que tinha uma chamada em espera. Nandinho back from the dead. “Estou aqui a apanhar sol na varanda, com uns amigos, e lembrei-me de ti. Não queres cá vir?” Dei graças aos deuses por estar a kms e kms de distância, longe de qualquer tentação. E amanhã? Está bem, vou lanchar contigo e com o teu amigo. Lá estava, aqui a menina ia enfiar-se na toca do lobo outra vez. Será que não tenho controle? Sou de impulsos, de extremidades, de passar da apatia à euforia. Devo ter alguma disfunção de personalidade. Quem no seu perfeito juízo entra na toca do lobo, depois de já lá ter estado e saber que ia ser mordida? Quem? Eu, que sou parva, que não sei o que ando a fazer da minha vida.
Ao menos portei-me bem. Fui uma mulher e só permiti uns beijinhos e uns abraços, umas enroscadelas no sofá enquanto víamos o CSI (acreditam que ele nunca tinha visto nenhum episódio?). Bati-lhe um pouco, uns estalitos que me dizia doerem a sério. Se não fosse para doer, porque o faria? Quem merece, merece. E voltei a casa, com a integridade intacta. Estou a ficar uma mulherzinha. Só é pena ter ficado a vontade de ter lá ficado.
Verdade, verdade, é que agora durmo que nem uma pedra.

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