quarta-feira, 18 de abril de 2007

Não sei o que quero

Aquele Nandinho é mesmo um charme. A última coisa que me disse quando nos despedimos no sábado, foi para lhe mandar uma mensagem ou telefonar para marcarmos um dia para terminar o que ficara pendente. Que é como quem diz, para dormirmos juntos e eu fazer de ti o que quiser. A minha resposta à senhora: só para o mês que vem, estás de castigo. Para além disso vou de férias e só venho a Lisboa para alguma coisa muito importante. Acrescentei ainda: convida-me para alguma coisa, embebeda-me e pode ser que tenhas sorte. Aqui já estava a fraquejar, é verdade. Mas fugi para casa antes que dissesse mais alguma asneira.
Hoje liguei-lhe. Lembrei-me que ele podia vir ter comigo, em vez de ser eu a ir a Lisboa. Assim estava nas mãos dele, via o quanto me queria ver ao fazer 100 km só para estar comigo. Só que o desgraçado não me atendeu. O que foi uma coisa boa, de estranhar que não esteja a fazer uma cena, a sentir-me ignorada, a mais desgraçada das mulheres. Na verdade sinto-me aliviada por não ter falado com ele, de não o ter convidado para nada, de não ter que o ver. Se nuns dias gosto dele, noutros não consigo ver nada de bom nele, não me imagino sequer a conversar com ele, a olhar para ele. Já disse que me custa muito olhar para ele? Que geralmente concentro o olhar na camisola, no chão, no que está ao seu lado, ou fecho mesmo os olhos. Acho que só gosto mesmo dele de olhos fechados. Hoje é um desses dias, dia de olhos fechados. Se tivesse de olhar para ele ia ter um troço.

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