terça-feira, 17 de abril de 2007

Noites mal dormidas

Estou de férias! De férias! Amanhã posso sair da cama quando me apetecer, posso ver os desenhos animados da dois até adormecer de novo, fazer ronha até ficar mal disposta com fome. Como hoje tive de acordar às 4.30 da matina, o mais certo é abrir a pestana por volta das 7. Mas não me vou levantar. Não vou! Vou fechar os olhos e esperar que o sono acumulado apareça. Sim, que esta semana foi com despertares todos os dias antes das 7 da manhã. Não faz nada bem à saúde. Sempre que o despertador tocava tinha um ataque cardíaco. Eu que não andava a dormir muito bem, sempre com sonhos estranhos. (Num deles o elevador onde estava caía do 6º andar e estranhamente todos os ocupantes se safavam, só eu ficava com umas costeletas partidas.) Então, bastava ouvir o rádio, ou telefone, dependendo do sítio onde estava a dormir, para ser arrancada do meu sono perturbado à força, como se me tivessem dado um estalo. Até ficava mal disposta. Depois levantava-me com aquela ideia “pronto, tem mesmo de ser, quando chegar vou dormir uma bela sesta”. Lavar a cara, lavar os dentes, ver que as olheiras estão cada vez maiores e fazer nota pessoal para comprar outro creme dos olhos. Lá vamos nós para o trabalho. O que custa mesmo é sair da cama. Depois no trabalho ainda nos rimos e passamos uns bons bocados. Gosto do que faço.
Voltando ao dormir mal. É verdade, andava a dormir mal. Às vezes, por mais cansada que estivesse custava a adormecer. A cabeça teimava em dar voltas. Sempre a pensar, sempre a pensar. Em quê? Principalmente em homens. Um estava estúpido, com o outro não falava. Inventava mil cenários, mil diálogos, mil decisões. Finalmente comecei a dormir melhor. O meu eu independente ressuscitava. Cheguei até a ponderar com seriedade o fim da minha história com o João. Ele já não precisa de mim, já está restaurado, como novo. Parvinho como sempre. Reavaliava a história com o Nandinho. Tinha dado demasiada importância àquilo tudo. Sabia que mais tarde ou mais cedo ia reaparecer, tinha quase a certeza, ou talvez não. Comecei a sair com as amigas, a ir às compras, a planear coisas para as férias, e voltei a ser eu de novo, bem disposta, feliz com a vida. Voltei a adormecer mal punha a cabeça na almofada.

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