sábado, 21 de abril de 2007

Troca de sms com o João

Estava no Funchal há uns dias quando comecei a receber mensagens do João. Começava com:
Assim é que se vê quem não liga a quem.
Respondi: Nem sei que te diga. Olha lá bem para o teu telefone para ver se te liguei ou não. Só que não insisto quando não querem falar comigo.
Tenho muitas saudades tuas.
Há uns dias não tinhas.
Porque é que estás a dizer isso?
Porque desligas quando o assunto fica sério, ou não ligas quando achas que estou chateada. Perdes logo as saudades.
Eu perco logo, mas tu nunca tens saudades minhas
Aprendi a viver contigo longe.
Sinto uma grande indiferença. Estares comigo ou não é igual para ti.
És mesmo estúpido, não és? Indiferença é não querer saber. Se me chateio é porque me interesso, porque quero mais e melhor. Ou achas que é porque me apetece?
Porque é que ultimamente não me convidas para nada?
Achas que não convido ou és tu que não me ouves. Ainda me lembro de no outro dia te ter dito que era uma boa noite para irmos ao café.
Estou a ver que com tanta desculpa não queres saber de mim. Beijinho
E assim vejo que o que gostas é de me culpar. Será que sou mesmo eu quem falha nesta história?
No dia seguinte:
Quer acabar tudo, não é?
Tem graça. És sempre tu quem fala nisso.
Onde anda a menina?
Lisboa. Daqui a pouco volto à terrinha.
Ontem:
Não estás mesmo interessada em falar comigo. Não me ligas mesmo nada.
Queres levar-me ao café hoje?
Sem resposta.
Não respondes? I rest my case.

Depois ligou para perguntar o que queria dizer I rest my case. Tadito, inglês não é o seu forte. Não respondeu porque não podia. Já tinha coisas combinadas para aquela noite. Disse-lhe que lá sabia das suas prioridades. Que depois não se viesse queixar.
Anda a provar do seu próprio veneno. Quantas vezes esperei que me telefonasse ou que me convidasse para alguma coisa? Quantas noites esperei por ele e não apareceu? Agora pode ser que perceba que essas coisas não se fazem, que magoam, que nos deixam na mó de baixo a sentirmo-nos o mais rele dos seres. Não gostas, pois não?

1 Comment:

  1. brgigas said...
    :*

Post a Comment