domingo, 1 de abril de 2007

Abrir os olhos

Estava a ver a Oprah e mostravam uma série de curtas-metragens baseadas em histórias reais. Na verdade o que me fez parar de fazer zapping e dar atenção ao programa foi a presença da Jennifer Aniston, que eu até gosto. O meu lado cusco quis saber se estava a falar da separação do Brad. Se tivesse de escolher entre ela e a Angelina Jolie, escolhia a Jen. É mais normal, mais como eu. A Jolie é demasiado ‘fatal’ para o meu gosto, é mais 'porno' apesar de todas as coisas bonitinhas que faz nas Nações Unidas e de adoptar as criancinhas pobres. Enfim, continuando, é claro que não estavam a falar da separação dela. Na verdade quase nem a ouvi falar. A vez dela já tinha passado. O que me fez parar foi ver as curtas-metragens e as histórias reais por detrás de cada uma. Uma em especial. “Blinders” A história de uma rapariga que só trabalhava, não saía com rapazes, nem estava interessada em conhecer pessoas novas. Não tinha nenhum contacto com o sexo masculino que envolvesse qualquer sentimento que não o da amizade. Ela contava que as amigas diziam-lhe muitas vezes para se concentrar menos no trabalho e ser mais receptiva a conhecer pessoas novas. Perguntavam-lhe “Porque é que não sais mais e conheces rapazes? Sê mais aberta. Namorisca.” Aceitou a sugestão. Decidiu que ia dar uma oportunidade a quem quer que se atravessasse no seu caminho, mesmo a um estranho. Até que num dia, no metro deu de caras com um rapaz mesmo giro que olhava fixamente para ela e sorria. Decidiu retribuir o sorriso. Ofereceu ainda olhares matreiros, piscadas de olhos. Chegaram à estação e ele levantou-se para ir embora. Antes de o fazer sacou da bengala desdobrável da maleta. Era cego! Tinha estado a namoriscar com um cego que nem sabia que ela estava à sua frente.
Para além da história ser engraçada o que mais me fez matutar foi o comentário da realizadora. Disse ter muitas amigas assim, que são giras e espertas e que se queixam de nunca conhecerem ninguém. E que depois passava uma tarde com elas e havia mil pessoas a tentarem meter-se com elas, mas elas não o percebiam. Não recebiam o sinal. Simplesmente não estão abertas a isso.
Percebi o meu mal. Estão sempre a dizer-me que devo ter muitos rapazes interessados em mim e respondo sempre que não. Não há nenhum. Se calhar sou eu que não o percebo, estou fechada, nada receptiva. Mas amanhã vou dar muito mais atenção aos homens que se cruzarem comigo. No supermercado, nas bombas de gasolina, aos seguranças do aeroporto e do centro comercial, ao assistente da Zara… Vão ser todos olhados profundamente e brindados com o meu melhor sorriso. Logo vejo se algum faz clique.

2 Comments:

  1. Anónimo said...
    :)

    e assim se recomeça...

    (soaumaparte: tu ve la se nao fazes o olharmatador mas ja sabes a quem, ta??! humpf!)
    Anónimo said...
    tambem vi esse episodio da oprah..e sim, dá q pensar. Espero q te tenhas apercebido d q algures há alguem q te qr a ti..e só a ti. Só a ti p mimar..só a ti p estar...amar. Isso existe! E já xega de tanta lágrima por homens q n estão nem ai... go go go e arrasa!!

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