quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Desejo a todos um óptimo ano! Que as passas se portem bem e realizem os desejos conforme descem em direcção ao estômago. Sejam felizes, tenham esperança e tudo correrá pelo melhor.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
sábado, 6 de dezembro de 2008
-Escrever uma lista com 8 coisas que sonho fazer;
-Convidar 8 parceiros(as) de blogs amigos para responder;
-Comentar no blog de quem nos convidou;
-Comentar no blog dos nossos(as) convidados(as), para que saibam da “convocatória”;
-Mencionar as regras.
Vou cumprir a maior parte das regras, deixo de lado a parte da convocatória. Fica em aberto para quem quiser.
Agora vamos lá ver se consigo encontrar 8 sonhos bonitos para revelar ao mundo.
O primeiro é óbvio, principalmente nesta altura tão bonita da minha vida (ler com uma lágrima no canto do olho): casar e ter filhos. Olha, afinal são dois em um. O ter filhos não implica o casar, mas gostava de ter a festinha e o vestido à princesa. Acho que o meu pai também ia gostar de ver as coisas feitas como-deve-ser.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
e não me apetece nada.
Quarto de hotel, cama vazia, televisão com uma língua estranha, e nem quero pensar no frio que deve fazer. Sei que não me devo queixar, mas há dias em que ir para fora custa.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Fomos, rumo ao frio e às montanhas.




sábado, 25 de outubro de 2008
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Contei à minha mãe e às minhas amigas, escrevi no blog, mas não lhe contei. Porquê? Não sei bem porquê. Porque achei que não era coisa que lhe interessasse, que se ia aborrecer e ficar calado durante meia hora só porque eu tive a infelicidade de me cruzar com um toni na auto-estrada. Penso que foi essa a razão, não sei se o meu subconsciente tem outra. Não foi por mal, foi burrice, ingenuidade, ou outra coisa qualquer, porque, quando ele me perguntou, andávamos nós pelo Chiado à casal apaixonado e eu comia umas castanhinhas assadas que me sabiam que nem ginjas, se nunca mais tinha falado ou encontrado o fantasma do natal passado, respondi-lhe com a maior naturalidade do mundo “olha, vê lá que o encontrei na auto-estrada”. Ficou aborrecido. “E só mo contas porque te perguntei?” Não, não te quis chatear. Foi mesmo só por isso. Mas segundo ele, o não contar é quase como mentir. Se lhe conto o meu dia todo e omito esta parte específica é por alguma razão. E são nestas coisas sobre as quais se constrói a confiança... He's got a point. Entendo o que diz. Mas não foi por mal, juro que não.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Apaixonei-me por esta música quando deu num episódio da Anatomia de Grey da temporada passada. Anda a tocar por aqui repetidamente. Muito boa.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
sábado, 27 de setembro de 2008
A nossa primeira crise, digo crise, não discussão, porque não houve gritaria nem troca de insultos. Apenas suspiros resignados, silêncios incómodos, meias palavras e só depois o esclarecimento da conversa mal acabada, comigo a chorar baixinho, enquanto conseguia e o escuro me deixava incógnita, até os soluços se apoderarem de mim e as fungadelas conseguirem ser ouvidas pelos vizinhos do lado. Posso dizer que foi a primeira vez que deixei que me vissem chorar a sério, sem que fossem umas lagrimazinhas a correr pela cara-a-baixo. Isto foi choro com banda sonora, choro a sério com sentimento, lavava a angústia que sentira na hora anterior, o medo que me deixou de olhos abertos sem conseguir dormir até ter aquilo resolvido. Era uma parvoíce, pensava eu, não podia estar a falar a sério, mas então porque é que está deitado a meio metro de mim? Porque é que não fala? Ainda há meia hora estávamos felizes e contentes da vida, como é que isto foi acontecer? O que é que eu disse? Mas será que não percebeu que estava a brincar? E ele, estaria a falar a sério? Não pode. Vá lá, abraça-me. Abraça-me! Um beijinho no ombro, o que quer que seja! E nada. Até que consegui trocar algumas palavras com ele. A muito custo. O diálogo estava todo na minha cabeça, mas não saía. Dessem-me um papel e uma caneta e escreveria tudo o que queria dizer, mas a minha boca estava muda. E depois percebi tudo. E então chorei. Agarrei-me a ele como se me agarrasse à vida e chorei de alívio até ao cansaço extremo. Deixei que me confortasse. Sem dizer nada, no silêncio da noite até adormecer.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Já me esquecia de contar. Fui ver a Colbie ao Coliseu e gostei. Gostei muito. Musiquinha leve, que me acompanhou neste verão.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
E, se falássemos em filmes que nunca se esquecem, eu diria sem pensar duas vezes “o Dirty Dancing!”, como se tivesse acabado de acertar na pergunta do jackpot do Quem quer ser milionário.
Lembro-me exactamente do dia em que o vi pela primeira vez, na Lotação Esgotada do Canal 1 numa sexta-feira à noite. No dia seguinte não se falava noutra coisa. Até queria aprender a dançar, coisa para a qual nunca tive grande queda. O Patrick Swayze passou para o topo da minha lista de rapazes giros e a canção Time of my life era a mais ouvida lá em casa. Até ao enjoo.
Não me canso do filme. Tenho a banda sonora, que acabei por comprar, no carro. E volta e meia, por alguma razão transcendental, tenho a mesma conversa com a minha prima Marta. Falo do filme, ela diz que nunca o viu e eu digo “Eu não acredito que nunca viste o Dança Comigo!” Assim, sem tirar nem pôr.
Prima! Ao menos vê estas cenas. Mais tarde ou mais cedo prendo-te ao sofá para o veres por completo.
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
A Moo já é minha companheira há uns anos. Foi confidente em bons e maus momentos. Sofreu nas mãos de um parvalhão que, sempre que entrava no meu quarto, a escondia em cima do guarda-roupa e a chamava vaca idiota. Estúpido! Sofreu, mas continua lá no seu posto de guardiã, à espera que eu lhe diga algo como "Ó Moo, gosto tanto dele... Vá, vamos lá dormir."
No outro dia juntaram-se, tipo concelho médico, e debateram entre as duas a minha insanidade. O momento foi registado para a posterioridade, antes da partida da Tatauga para Lisboa.
Esta mensagem é dedicada à Nani, que se apaixonou pela Tatauga na sua última visita cá a casa.
terça-feira, 22 de julho de 2008
Não tenho vergonha de o dizer: às vezes dá-me para a pirosice. Ouço um Marco Paulo, uma Wanessa Camargo, e vejo uma novela mexicana. Infelizmente, já lá vai o tempo em que a TVI passava a tarde toda de sábado a transmitir este grande tipo de programas. A minha mãe era grande admiradora, e eu, apesar da dobragem em brasileiro, também ia achando graça. Agora desta telenovela era mesmo fã. Passava no canal 1 depois do almoço e eu não levantava o cu da cadeira enquanto não acabasse. Lembro-me de gravar o genério e decorar a música que cantarolava durante o dia. Queria ser a Cristina, achava graça ao Vitor Manuel. Ficou no meu imaginário, é o meu conto de fadas dos tempos modernos.
segunda-feira, 7 de julho de 2008
sábado, 5 de julho de 2008
sexta-feira, 27 de junho de 2008
quinta-feira, 26 de junho de 2008
domingo, 22 de junho de 2008

segunda-feira, 16 de junho de 2008
sexta-feira, 13 de junho de 2008
terça-feira, 10 de junho de 2008
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Credo, até parece que estou a falar de gado!
terça-feira, 3 de junho de 2008
Hoje mudei o meu estado do hi5. De solteiro para comprometido. Olhem que bonito! Como isto já anda. Depois aproveitei para cuscar um bocadinho nos amigos dos amigos e fui dar com a malvada ex-namorada do meu mais-que-tudo. E não é que até a achei parecida comigo?! Que caraças! Desta é que eu não estava á espera. Parvalhona! Eu sou mais gira, é claro, diz-me cá o meu ego engrandecido por estes meses de pure bliss, mas aborrece-me saber que há semelhanças, que lhe posso lembrar da outra. Isso é que não!! Eu sou mais eu! Não pode haver comparações. Para a próxima estou quieta e resisto à curiosidade de querer saber o que não devo.
quinta-feira, 22 de maio de 2008
E já que estamos numa de voltar atrás, e esta? Lembro-me de ficar colada à televisão depois do almoço e ter uma paixoneta pelo Dr. Sam Beckett. Era capaz de a ver de novo.
Volta e meia lembro-me desta série. Não tinham saudades?
quarta-feira, 21 de maio de 2008
quarta-feira, 30 de abril de 2008
domingo, 20 de abril de 2008
Estava eu a ver revistas cor-de-rosa no meu belo quarto de hotel com vista para o aeroporto de Orly, quando reconheço uma música vinda de um canal manhoso da televisão francesa. Qual o meu espanto quando me apanho a cantá-la como se ainda ontem a tivesse ouvido. Isto de séries que se vêem na adolescência é como andar de bicicleta. Nunca se esquecem.
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Ele chateia-se quando me pede alguma coisa e eu não cumpro. Na maior parte das vezes tem razão. Na maior parte das vezes não faço o que me pede porque penso que ainda devo ter algum controlo sobre a minha vida, que não posso respirá-lo e alimentar-me dele. Como no dia em que fez anos e eu não pedi uma troca de escala para poder passar a noite com ele, e fui dormir a Paris, com a infeliz ideia de que assim é que devia ser, que não se pode ter tudo o que se quer, que a noite anterior e a manhã até depois do almoço eram tempo suficiente para celebrarmos o data juntos. Só não me lembrei da agonia que ia sentir quando me vi sozinha num quarto de hotel, a morrer um bocadinho por não estar com ele quando lhe cantassem os parabéns e fizessem um brinde com o vinho que lhe comprei. Morri um bocadinho com remorsos. Como morri ontem quando o deixei em Lisboa, a pedir-me pela vigésima vez que não fosse embora para a terrinha porque o tempo estava muito mau para eu fazer uma hora de viagem. E tu és louca a conduzir, e não vais ter cuidado, e já viste como chove? É melhor ires só amanhã. Não! Vou hoje. Disse que ia hoje e vou hoje! Nem que caia o céu. Por mais que queira ficar tenho de ir. Tem de ser. Fui, e o mundo caiu-me em cima em forma de chuva e quase tive de parar o carro em plena A1 porque não conseguia ver a estrada. A lembrar-me que podia estar aninhada com ele no sofá a beber um copo de vinho e a rir com um episódio do Californication. Burra! Burra! Burra!
sábado, 12 de abril de 2008
A pergunta do momento é: "Estás apaixonada?" Não sei como responder. Um simples sim não me parece suficiente. Um não também não é a resposta correcta. Posso estar apaixonada, sim. Talvez seja essa a definição para o rol de emoções que têm passado por mim nos últimos dias. Talvez seja por isso que coro quando mo perguntam ou finjo indiferença para não parecer uma tontinha de olhos brilhantes. Chegámos ao momento em que vou guardar o que sinto para mim. São só coisas boas e devem ficar entre os dois. O que eu sei escrever melhor são as chatices.
terça-feira, 8 de abril de 2008
quinta-feira, 27 de março de 2008
terça-feira, 25 de março de 2008
segunda-feira, 24 de março de 2008
sexta-feira, 14 de março de 2008
quarta-feira, 12 de março de 2008
A malta da aviação anda a delirar com a Pam. Ela é que sabe o que é trabalhar na cabine!
sábado, 8 de março de 2008
É oficial. Devo estar apaixonada.
sexta-feira, 7 de março de 2008
- Está muito mal. Aquela cabeca nao está nada bem. Ficou sozinha em Madrid desde que acabou com o namorado e nao conhece ninguém.
- A Maria chega no sábado. Vou buscá-la ao comboio e vamos tomar o pequeno almoco.
- Vens dormir cá a casa hoje?
- Afinal no sábado vou estar mais ocupado do que pensava. Vai nascer a minha sobrinha.
Mensagem escrita sem c's com cedilha, nem til, nem acentos circunflexos, porque estou na Alemanha, e os tonis aqui só tem tremas e outras coisas parvas que nao fazem falta nenhuma num teclado.
sábado, 1 de março de 2008
"O que me apetecia mesmo era pegar em ti, meter-te no bolso
e desaparecer durante 1 mês para a costa italiana. Capice?"
Finalmente!! Dois meses depois, dois meses de regresso às aulas, de horário das 9 às 5, de exigências, de raspanetes, de lavagem ao cérebro, dois meses depois, estou finalmente largada. Vou começar de novo, conhecer novas pessoas, novos mundos, novas culturas. Espero que o arranque não seja difícil, que o carro não custe a pegar, e que comece logo a zarpar por essas cabines fora. Viva!!!
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
domingo, 24 de fevereiro de 2008
Não queria voltar a falar nele, não queria dar-lhe qualquer importância, mas a verdade é que nos últimos dias me tem assombrado. Preferia que desaparecesse de vez, que esquecesse que existo. Não ia ficar triste, nem sentir a auto-estima em baixo por ter desistido de mim tão rápido. Ia ficar aliviada, isso é que ia. É que sempre que ele dá o seu ar de graça, com uma mensagem, ou telefonema, é como se passasse uma nuvem negra por mim. Nunca me arrependi de nada do que fiz, nem do que vivi. Foi tudo experiência de vida. No entanto, neste momento, se olhar para os últimos 9 anos da minha vida, não consigo lembrar-me de uma única coisa boa, não consigo dizer que valeu a pena por este ou aquele momento. Só me lembro dos traumas com que fiquei, do quanto alterada ficou a minha visão e opinião sobre relações entre homens e mulheres, do cepticismo que ligo à fidelidade. Não acredito em nada de bom e puro vindo dos homens, a desconfiança anda sempre por aqui. E a culpa é dele. E minha, porque deixei que o fizesse.
sábado, 23 de fevereiro de 2008
Li o livro Killing me softly, de Nicci French, há já uns anos (do qual foi feita uma versão de cinema ranhosa, sem jeitinho nenhum), e hoje veio-me à memória a história de amor doentio dos personagens quando, às 3 da tarde, me apanhei na cama a ouvir música, a conversar, a rir, a sofrer uns amassos, a beijar e a ser beijada, sem ter comido nada, nem almoço, nem pequeno almoço. Nem sequer uma bolachinha! E levantar da cama - só para ir à casa de banho. Não tivesse eu uns compromissos e ficava lá até ao desmaio, até já não ter forças para levantar um dedinho para lhe puxar uns pelinhos da barba pela 3ª vez, para o ouvir resmungar e dizer que aquilo é razão para bater a sério em alguém, a ver se se calava com a história do socialismo e da revolução russa. Vamos levantar? Não, só mais um bocadinho. Chama-me lá mimada e egoísta mais uma vez para me fingir de amuada.
E quando finalmente nos levantámos, quando nos despedimos, pensei que estava doente, que vivia uma história como a do livro, porque por mim, ficava pendurada ao pescoço dele o dia inteiro. Não me lembro de alguma vez o ter pensado em relação a alguém. Se calhar até é normal nestas histórias, mas para mim é novidade. Tal como é novidade ouvi-lo chamar-me amor e deixar, não gritar logo um não me chames isso como sempre fiz, porque toda a vida pensei que se devia ganhar o direito para alguém mo chamar, fosse quem fosse. Coisa nova também é acreditar quando diz que nunca me vai fazer mal, porque sabe o quanto estou danificada e o quanto custa confiar. Sabe que está a apanhar os cacos, vai tendo paciência quando deixo as frases a meio, porque me arrependo do que ia dizer com medo do que possa pensar, e avisa que aquilo tem de acabar um dia, que mais tarde ou mais cedo vou ter de dizer o que penso. Acho que faz bem em ameaçar, em forçar-me a construir opiniões com pés e cabeça, é terapêutico. Melhor do que ir ao psicólogo! Vai custar um bocado, mas lá chegarei.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Fez-me um teste na última vez que saímos juntos. E eu quase chumbei. Ooops. Queria que dissesse onde fomos nos nossos primeiros encontros, com detalhes. Agora é que me lixaste! Lembro-me do primeiro, mas os outros foram todos enfiados no mesmo saco ao acaso. Não sei em que dia fizemos o quê. Mas ele lembrava-se se tudo. E saiu-se com um “pensava que as gajas apontavam estas coisas no diário”, quase magoado. Se calhar até apontam. Eu é que não. Não me lembrei, não dei importância. Se calhar devia ter dado... Enfim, para que não me esqueça ficam aqui registados os primeiros 3 dates. Jantar no italiano e Chapitô, depois cinema, “Cassandra's dream” no Monumental e ida ao Royal, depois cinema com a M, “Jogos de Poder”, no El Corte Inglês com ida ao supermercado para comprar Martini e pasta de dentes. Depois disto está meio confuso. "Expiação", indiano, restaurante chinês manhoso, FNAC do Chiado, Enoteca, filme na casa dele, The darjeeling limited, Alecrim às Flores, Mercearia, Japa e não sei que mais. Foi um mês preenchido.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Estou farta de estar doente. Se não estou constipada, tenho febre e gripe. Passa a febre, vem a otite. Depois da otite, uma aula de piscina mais puxada depois de anos e anos sem mexer um músculo no que se refere a exercício físico, e parece que tenho um pulmão furado. Até dói respirar. Não aguento mais. Vou abaixo. Estou na últimas. A boa disposição que consegui ter até agoa acabou de fugir para terras longínquas. Chegou a rabugice, o desespero, o não quero ver ninguém. Odeio isto. Odeio! Quero a minha saúde de volta!!!
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Eu? Aquela que andava pelo supermercado do El Corte Inglês, de mão dada a um rapaz que carregava o cesto e procurava os ingredientes para o jantar daquela noite? Eu? Aquela que, quando paravam junto à prateleira dos vinagres, encostava a cabeça no ombro dele e esperava que dissesse que já faltava pouco para irmos para casa? Eu, essa? A que mal chegou a casa se foi enfiar na cama porque já não se aguentava nas pernas de tão doente e o deixou andar por lá a cozinhar e a tomar conta dela a noite toda, sem medo que a visse naquele estado deplorável, febril, despenteada, olheirenta, entupida, a tossir as tripas para fora de 5 em 5 minutos, com sangue a escorrer pelo nariz, a quase vomitar o jantar que ele fez, a tocar trombone cada vez que se assoava ou tentava respirar pelo nariz? Essa não sou eu, não. É a outra. A que aparece de vez em quando e até acha que aquilo está muito bem e muito certo, como deve ser. É isto que merece. É a doente, que não podia estar sem atenção durante mais de cinco minutos. É a que gosta de o ter por perto porque até dá jeito, porque ele até faz o que ela pede, porque até a faz rir e lhe faz festinhas no cabelo até adormecer. É a que lhe pede para faltar ao trabalho na hora em que tem de se levantar para ir embora. É diferente da que acorda no dia seguinte com uma mensagem dele, a pedir que não vá passar o fim de semana fora, que fique com ele, e pensa “ai a minha vida! Isto assim não pode ser. Tenho de ter tempo para mim caramba.” Diferente da que começa a sentir-se sufocada, pouco à vontade. Da que quer fugir e não sabe para onde. Da que não o merece, que só lhe vai trazer dissabores, discussões mudas. A P que eu sou anda perdida pelo meio. Sem rumo, a ver o que o destino lhe trás, sem levantar ondas, escondida atrás dos óculos de sol e de coisas para fazer. Anda a adaptar-se à novidade.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
Este foi dos bons! Divertido à séria, sem grandes complicações. O meu karma maldito por lá andou, escondidinho atrás das cabeleiras, guardado como uma ovelha com um canito sempre por perto (ou canita). Mas isso não interessa nada. Aborreceu-me um pouco, pela falta de civismo e boa educação, que diz que devemos sempre cumprimentar quem conhecemos. No entanto lá mais para a frente na noite e duas vodkas já ingeridas, entre outras coisas que já não lembro, fiquei mais eu. Encostei-me e observei como se sobrevoasse por ali, por entre as máscaras e cabelos armados (não sei qual era a bebida, mas devia ser mesmo boa). E achei graça. Graça para mim, triste para eles. Não sei que história vivem aqueles dois, mas é muito mau ela ter de andar a dançar agarrada a tudo quanto é homem que lhe pegava, enquanto o seu dono e senhor “córtia”com os amigos sem lhe prestar a devida assistência. Quando era mais nova fazia isto para chamar a atenção de alguém, mas na altura tinha 19 anos. Com mais de 30 parece-me infeliz e desesperado. Enfim, pode ser que ela até goste mesmo de dançar. Ainda assim, mais triste me parece que na hora de irem para casa, (na hora em que, se fosse eu com um namorado, lhe saltava para a espinha e até fazíamos uma coisa gira com o estado embriagado em que estávamos), ele tenha fugido para algum canto para me telefonar 20 vezes e mandado 30 mensagens, e a tenha deixado perdida, sem ovelha para guardar. Isso é triste e é coisa que não quero viver nunca na vida. Este caso está arrumado. Sem história bonita para contar aos netos.
Moving on, fui mascarada de noiva cadáver, mas a minha caracterizarão não demorou a desaparecer. Lá para o meio da noite já era uma gaja enrolada em tule branco com um copo na mão. Já o noivo não apareceu e até fez falta para me carregar ao colo na hora de ir para o carro. Não sei porquê, mas só conseguia andar com passinhos de gueixa. Isto para não falar nas cãimbras ao início da noite. A prima esteve no seu melhor, juntamente com a Claudette, na hora de defender aqui a pobre noiva perdida. Valeram também os telemóveis na hora de ir à casa de banho sem luz. Muito bom! Para não esquecer.
sábado, 2 de fevereiro de 2008

Há coisas que nos deixam no chão, desorientadas, incrédulas, em choque, de boca aberta, em negação, de lágrimas nos olhos e coração apertado. A vida deixa de ser cor-de-rosa. Passa a ser negra, horrorosa, injusta. A minha querida Vanessa, irmã de uma amiga minha do colégio, que sempre me recebeu com um sorriso, que me acompanhou em grandes momentos da minha vida, daqueles que nunca vou esquecer. Foi-lhe diagnosticado um cancro no cérebro e lhe dada a pior notícia que se pode ouvir na vida. Tinha dois meses de vida. A notícia só chegou até mim hoje, quando os dois meses já tinham passado. Esta era a sua última semana. Não posso estar com ela porque mora em Manchester. Não posso estar com a Belinda, a minha querida amiga Belinda, porque está em Manchester. Fico por cá, no meu canto, a chorar de incredulidade, sem saber o que pensar, sem saber o que dizer.
Estava a ser um parto difícil, ah pois estava.
Resumo da semana.
Comecei com um voo na companhia nova, como trainee. Correu muito bem, tirando a porcaria dos sapatos, que conseguem ser piores do que os da minha farda antiga, e me deram cabo dos pés.
Na terça-feira, houve teste e tive 100%. Melhor ainda: à noite houve jantar com o menino novo. Fomos ao Chiado, depois a um restaurante chinês a sério (Horroroso, detestei a comida. O meu rico chau-min que é tão bom ao pé daqueles pudins esquisitos e texturas manhosas. Vou matar quem me disse que era muito bom). Fugimos de lá logo que pudemos e voltámos ao Chiado para um chá. Conversa pela noite fora, sempre muito animada. Voltei a casa desesperada. Pura e imaculada. Sem um amassinho para contar a história.
Na quarta-feira, voltámos a jantar. Ele escolheu o restaurante. Mas antes passámos pelas Amoreiras e por um café para um aperitivo antes do jantar. Já no restaurante, foi dia de contar as histórias dos fantasmas passados. Odiei ouvi-lo falar das outras mulheres que passaram pela sua vida. Estúpidas! Eu posso contar-lhe a minha vida para desculpar o meu comportamento estranho. Mas ele não! Toca a apagar essas memórias! Voltei a chegar a casa mais desesperada, ainda pura e imaculada.
Na quinta-feira foi dia de descanso. Uma coisa estranha na verdade. A presença dele já parece uma constante. Enviei-lhe um sms a dizer que me faltava alguma coisa. Nem digo o que respondeu, mas posso dizer que me deixou corada e com o estômago apertadinho.
Ontem enviou-me uma mensagem a dizer que eu nem me atrevesse a ir para a santa terrinha. Não senhor, farei tudo o que me mandar. Voltámos a encontrarmo-nos à noite quando saiu do trabalho. Fomos comer alguma coisa e fechámos o restaurante. E agora, para onde vamos? Passear. Carro parado ao pé da praia e mais conversa. Muitos risos. E agora? São 4 da manhã, não tenho sono nenhum. Filme na minha casa? Ora aí está uma rica ideia! Muito bem. Já lá devíamos estar. A ver o filme, braço por cima dos ombros. A imagem na televisão desfocou e toda eu pensava “Ai mãe do céu, que é hoje. É hoje!” Aconcheguei-me mais. Adormeci. Acordei e o filme acabou dois minutos depois. E agora? Cabeças encostadas, conversa da treta sobre o filme, e ... tcharam! Lá apareceu o primeiro beijo! Muito custoso, devo dizer. E depois? Mais beijos. E está na hora de ir embora. 6 e meia da manhã. Estavam à minha espera em casa às 7, com muita pena minha. O caminho para casa foi feito em silêncio, o que foi uma novidade entre nós. Segiu-se a despedida à porta da minha casa, que começou por ser estranha. Já estava com as chaves de casa na mão e a ver que me ia deixar ir embora só com um bom fim de semana nos ouvidos. Perguntei “só isso?” e saiu-me um “vá. Agarra-me outra vez”. E foi a desgraça. Tive de fugir para me manter pura e imaculada. Com muita pena minha, mas tinha de ser.
domingo, 27 de janeiro de 2008
Fez-se de vítima. Tem-no feito vezes demais nos últimos tempos para o meu gosto. Deve ser muito burrinho para não perceber que isso me afasta mais dele, que me irrita até às pontas das unhas dos pés. Já não me ligas nenhuma. Já não tens tempo para mim. Já não gostas de mim AHHHHHHH!! Só me apetece bater-lhe. Não foi deste homem que eu sempre gostei. Foi do outro, do estúpido que me tratava mal e deixava nas últimas. Queixa-se, queixa-se, e eu, já sem paciência, dou-lhe um dedinho. Está bem, vamos jantar amanhã. E o que é que ele faz no amanhã? Ora ora. Ou vai de férias com a namorada, ou vai jantar com a namorada, ou qualquer outra coisa com a namorada. E eu odeio, ODEIO que me ponha em segundo lugar, que prefira ficar com a parvaça, com quem está todos os dias, e fazer de menino servente e obediente. Resultado: se volta e meia fazia um sacrifício para o ouvir, nestes dias não tem qualquer resposta destas bandas. Telefone, mande mensagens, faça-se de vítima o quanto quiser, de mim não ouve nem um olá. Idiota! Já era tempo de ter aprendido como é que se fazem as coisas.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
Já não sei o que fazer, vou enlouquecer. Para muitas pessoas isto pode parecer normal, pode ser atitude de menino sério e ajuizado. Mas para mim não é nada normal, é tortura! Falta pouco para começar a puxar os cabelos, para começar a retorcer-me em agonia. Porque carga de água é que ele não me empurra para um canto escuro no cinema e me agarra? Nem que seja à homem das cavernas! Já não quero saber. Desde que o faça. Não sei que história é esta de jantares e idas ao cinema sem outra coisa pelo meio que não seja ver o filme e comer. No meu mundo, retorcido e pouco saudável, estas actividades envolvem sempre algum tipo de amasso, nem que seja um simples dar as mãos, como fazia quando era mais nova. Agora a chegar sempre pura e imaculada a casa não tem graça nenhuma. Faz-me querer gritar. Deve ser este o tipo de homem que o meu pai sempre sonhou para mim. Se ele souber disto elege-o já como o santo salvador da filha pecaminosa. Só que no entretanto dá-me um treco e tenho de ser internada num sanatório mental. Já não sei como me sentar no cinema, já não sei comer com os talheres, se devo fugir do carro enquanto ele ainda está em andamento, ou se ficar mais uns minutos e inventar mais algum tema de conversa. Não sei se rir, se chorar. Se pensar que isto assim é que deve ser, ou se é sinal para desistir enquanto é tempo. Se até me acha graça, ou se só não tem nada melhor para fazer. Que saia logo o beijo maldito para se ver que rumo dar às coisas. Caraças!!! Que caraças!!
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Vim a gritar isto pelo caminho até casa. Sem razão aparente. E com que grande frase termina. "Para nos lembrar que o amor é uma doença, quando nele julgamos ver a nossa cura"
domingo, 13 de janeiro de 2008
Correu bem. Correu tão bem que ficava no carro mais uma hora a conversar quando parou à minha porta para me deixar. Correu tão bem que era capaz de repetir a dose logo no dia seguinte. Ri muito, ri tanto! Não que tivéssemos passado a noite a contar anedotas, mas porque foi divertido, porque foi engraçado, surpreendentemente agradável. E falámos de tudo um pouco, como ele disse, como se fosse uma entrevista. Pratos favoritos, música favorita, filmes favoritos, família, trabalho, experiências passadas. Não houve momentos de silêncio incómodo, se não falávamos, sorríamos com alguma parvoíce. E gostei. No geral gostei. Ele não é perfeito. Já lhe marquei todos os defeitos (e espero não encontrar mais nenhum), mas isso eu também não o sou. Se ele acha que tem sempre razão, eu acho que sou eu quem manda.
Agora começa a dança. Quem liga primeiro, se alguém liga de todo, se valerá a pena. Não tenho treino nestas coisas, sou novata. Espero que ele tome as rédeas da situação. Se não, é mais um que fica pelo caminho dos “e se”.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
domingo, 6 de janeiro de 2008
Gostei tanto desta mensagem que tenho de a partilhar com o mundo. O cenário é uma troca de sms para perceber qual o melhor dia para o date a sério. Sai-se ele com isto:
Resumindo, concluindo e baralhando, a decisão é: 1 Passar 4 horas contigo a dormir em pé depois de um dia de formação em que acordaste cedíssimo. Ou, 2 – Ir buscar-te ao fim da tarde e ter-te até às tantas da manhã porque quando chegaste do curso bebeste 7 bicas para te aguentares e mais para mais sabes que se chegares tardíssimo não faz mal porque podes dormir até tarde no outro dia porque os o fim de semana na terrinha foi prós tomates. É isto?Gostei da parte do ter-te até às tantas da manhã.
Já agora, imagino que não ache grande graça se souber que ando a publicar as mensagens que me manda num blog. Mas não resisto. É mais forte do que eu. Sou miúda outra vez. Tenho de contar tudo.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
Diz a tradição que se devem vestir cuecas azuis na noite da mudança de ano, que se deve ter uma notinha guardada no bolso e comer 12 passas à meia noite. Diz a tradição que deve ser uma grande festa, que a forma como passamos a meia noite será um prelúdio para o ano que aí vem. Abre-se champagne, lançam-se foguetes, beijam-se os apaixonados, abraçam-se os amigos. Mas eu não gosto da passagem de ano e até me propus a trabalhar nestes dias, mas uma constipação valente impediu-me de cumprir as minhas funções. Resignei-me. Fui obrigada a partilhar o momento com a família contrariamente à minha ideia de ficar sossegada em casa enrolada num cobertor a ver filmes e séries na tv cabo até adormecer. É que a passagem de ano lembra-me sempre que estou a ficar mais velha, que foi outro ano perdido sem grandes eventos a recordar. Talvez ainda tenha de aprender que tenho de olhar para a frente e não para trás, que o destino ainda me reserva grandes coisas e que tenho de dar as boas vindas ao ano novo, porque nunca se sabe se o dia em que ganho o euromilhões virá já no mês seguinte. Moving on, o que eu queria dizer era, que das tradições, só comi as passas. Até bebi um copinho de champagne, mas pouco porque estou a tomar comprimidos. Nada de cuecas azuis, nem de festejos. Sossego no sofá com família à volta, ou o que restou dela já que metade correu para a rua para ver os foguetes e gritar de alegria para o mundo. Mas estava contente, de sorriso aparvalhado, de louca que está a fazer mais uma asneira e ainda se ri. Sim, a chanfradice desceu em mim e já andei no engate mais uma vez. A vítima? Um quase ex-colega de trabalho. Diz ele que cafés bebe no aeroporto, mas que comigo ia ao cinema, jantar e depois beber um copo, necessariamente por esta ordem. Olhem que bonito! Eu que lhe ligasse. Ligas? Já marquei o dia e tudo!!
Num cantinho também rejubilei quando recebi uma mensagem de um idiota. Bom ano miúda. Ao menos lembrou-se de mim.